“...[Em Apoc.
19,] os livros de Daniel e Apocalipse, com seus numerosos aspectos proféticos,
atingem o clímax. As esperanças do povo de Deus, que às vezes têm sido débeis,
serão recompensadas. Por exemplo, a promessa de Daniel 2:44: ‘Nos dias destes
reis, o Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído’,
cumprir-se-á finalmente. O reino será dado ‘ao povo dos santos do Altíssimo; o
Seu reino será reino eterno’ (Dan. 7:27). Quando Cristo vier estabelecer esse
reino, ‘todo olho O verá... E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele’
(Apoc. 1:7).
“Apocalipse 19 fala de júbilo e
de lamentação. Anjos e santos, e mesmo uma voz procedente do trono,
regozijam-se ao terminar o juízo que precede o Segundo Advento e ao serem
postas em execução do tribunal celeste. Será destruída toda apostasia e todos
os apóstatas dos últimos dias. Deus será vindicado ao executar Suas decisões
finais, com base nas escolhas que as pessoas fizeram no tocante à lealdade e
adoração. Ele realizou tudo que era possível para salvar toda pessoa que já
viveu neste mundo. Enviou Seu Filho – o Cordeiro de Deus – que então voltará
como REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
“Você é convidado para a ceia. As duas ceias de que fala Apocalipse
19 representam o destino final das duas classes de pessoas que vivem sobre a
Terra. Todo ser humano tem nesta vida a escolha de cear com Cristo ou de ser
rejeitado eternamente.” – LES893, p.
149.
“Em realidade, no Apocalipse se
fala de duas ceias: uma é a grande ceia de Deus, que se refere ao castigo dos
ímpios, e a outra é a ceia do Cordeiro, que se refere à recompensa dos fiéis.”
– SRA/EP, p. 134.
“Apocalipse 19 apresenta dois
destinos possíveis para os habitantes da terra. Se o destino dos perdidos
parece ser severo, devemos lembrar-nos de que eles o escolheram. A oposição a
Deus não poderá prosseguir indefinidamente. O dilúvio do tempo de Noé nos diz
isto. Em Seu amor Deus salva; em Seu amor Ele destrói. Visto que ‘Deus é amor’,
todos ainda são convidados para a ceia das bodas do Cordeiro.” – LES893, p. 158 e 159.
19:1 Depois destas coisas, ouvi no céu
como que uma grande voz de uma imensa multidão, que dizia: Aleluia! A salvação
e a glória e o poder pertencem ao nosso Deus;
Depois
destas coisas – “O
capítulo 19 começa com as palavras: ‘Depois destas coisas.’ Após a visão
relatada nos dois capítulos anteriores, João ouviu cânticos de regozijo no Céu
depois do julgamento da meretriz e dos que haviam participado nos seus enganos
e aceito suas falsas doutrinas. A primeira parte do capítulo é o clímax do que
o apóstolo acabara de ver. Ele também deve ter prorrompido em cânticos naquela
solitária ilha de Patmos ao ouvir a gloriosa antífona de louvor celestial.” – LES893, p. 150.
Aleluia! (versos 1, 3, 4 e 6) – “Aleluia provém do hebraico halelu-Yah
– uma combinação de duas palavras. A primeira significa ‘louvar’, e a segunda é
uma forma abreviada de ‘Yaweh’. Este é o único lugar em que essa palavra
aparece no Novo Testamento. O Universo inteiro se une em aclamar o direito de
Deus à soberania universal.’ – SDABC,
vol. 7, pág. 871. ‘Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás.’ – O Grande Conflito, pág. 679.” – LES893, p. 150.
19:2 porque verdadeiros e justos são os
seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com
a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
Verdadeiros e justo são os
Seus juízos – “Por
ocasião da Segunda Vinda, os verdadeiros e justos juízos de Deus serão vistos
claramente por todo o Universo. E serão vistos mais claramente ainda depois do
exame dos registros dos ímpios durante o Milênio e após o testemunho pessoal
que Satanás dará da justiça de Deus, fora da Nova Jerusalém, no fim do Milênio.
(Ver O Grande Conflito, pág. 677.)
Por toda a eternidade serão cantadas antífonas de louvor a Deus. Todos estarão
plenamente convictos de que Deus é tudo que Sua Palavra declara que Ele é.” – LES893, p. 151.
“Querendo ou não, fazemos parte do reino de Deus. Alguns estão em estado
de rebelião, outros são cooperadores. Nosso envolvimento pessoal e coletivo nas
tarefas do reino fica registrado nas crônicas do santuário celestial. Como o
árbitro moral do Universo, Deus tem o direito de nos avaliar e julgar, baseado
nos registros. É claro que Ele não necessita dos registros, mas os seres de Seu
reino cósmico deles necessitam para poder louvar a Deus pelos Seus justos
juízos (Apoc. 19:1-5).” - LES963,
lição 4, p. 4A.
Fim do julgamento – “O figurado clamor dos mártires era o
seguinte: ‘Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?’ Apoc. 6:10. O
seu julgamento ocorreu então no Céu. Enquanto ainda se achavam na sepultura, ‘a
cada um deles foi dada uma vestidura branca’ (verso 11). Só podem ser dadas
vestiduras brancas a pessoas falecidas no sentido de serem declaradas justas em
virtude de sua relação com Cristo por ocasião da morte. A concessão das
vestiduras aos mártires muitos anos depois de sua morte representa o julgamento
dos mortos que precede o Segundo Advento.
“A segunda parte da oração dos mártires só será atendida quando Deus
vingar a morte deles. Ao julgar e punir ‘Babilônia’ (Apocalipse 17 e 18), o
Senhor vingará a morte dos mártires. Por esta razão, o júbilo relatado em
Apocalipse 19:2 menciona o completo cumprimento da oração dos mártires. ‘Pois julgou a grande meretriz... , e das mãos
dela vingou o sangue dos Seus
servos.’
“Apocalipse 19 foi escrito do ponto de vista da conclusão do juízo que
precede o Segundo Advento. Olhando para trás, santos e anjos louvam ao Senhor
pelas decisões do tribunal celestial e por executar essas decisões punindo a
Babilônia espiritual.” – LES893, p.
152.
19:3 E outra vez disseram: Aleluia. E a
fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos.
Fumaça...pelos séculos dos séculos - “A expressão de que ‘a sua
fumaça sobre pelos séculos dos séculos’ (Apoc. 19:3) é extraída da profecia de
Isaías sobre a destruição de Edom (Isa. 34:10). Indica o total extermínio dos
ímpios. Isto é confirmado pelo fato de que os elementos que compõem a ‘cidade’ da
Grande Babilônia são punidos e destruídos aqui na Terra, a mesma Terra que Deus
irá recriar (II S. Ped. 3:12 e 13). Ver também Apoc. 20:14 e 15; Prov. 11:31;
S. Judas 7; Apoc. 21:1 e 5.) –LES893,
p. 151.
19:4 Então os vinte e quatro anciãos e os
quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus que está assentado no
trono, dizendo: Amém. Aleluia!
19:5 E saiu do trono uma voz, dizendo:
Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim
pequenos como grandes.
19:6 Também ouvi uma voz como a de grande
multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que
dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso.
19:7 Regozijemo-nos, e exultemos, e
demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva
se preparou,
Louvor
– “Os versos 1 a 7
constituem um arranjo coral composto de duas antífonas e dois responsos: 1)Nos
versos 1 a 3, uma grande voz no Céu introduz o tema do cântico, atribuindo
honra e justiça a Deus por haver punido Babilônia. 2) No verso 4, os ‘seres
viventes’ e os ‘anciãos’ respondem de modo afirmativo. 3) No verso 5 uma voz
procedente do trono convida todos os súditos leais, por todo o Universo, a
reconhecerem em conjunto a verdade do tema. 4) Nos versos 6 e 7, o Universo
inteiro se une em aclamar o direito de Deus à soberania universal. Este hino de
louvor está em acentuado contraste com o canto fúnebre no capítulo 18, versos
10-19.” – SDABC, vol. 7, p. 871,
citado em LES893, p. 151.
“Nem todos os eruditos concordam
com isso. Alguns acham que a unidade que expressa agradecimentos pela
destruição da Grande Babilônia está contida nos versos 1 a 5; outros
restringem-na aos versos 1 a 4. Os versos 5 a 10 ou 6 a 10 se relacionam com “A
Ceia das Bodas do Cordeiro”.
“Louvor pela redenção. A ênfase não está nos remidos louvando a Deus
por punir pessoas iníquas, como se o sofrimento dos ímpios lhes desse prazer. O
Criador não tem prazer na morte dos ímpios (Ezeq. 33:11; 18:30-32), nem as
hostes angélicas e os remidos. A passagem não chama nossa atenção para
indivíduos, mas para todo o sistema do mal e da apostasia que ‘corrompia a
Terra’. Além disso, a passagem relembra o apelo de milhões de mártires que
foram cruelmente destruídos, embora não fossem culpados de nenhum crime. (Ver
Apoc. 6:10.)
“A idéia central desses
‘Aleluias’ é que por fim foi executada a justiça divina e os culpados receberam
o que mereciam. Foram enaltecidos os princípios da justiça, e demonstrado o
fato fundamental expresso em Isaías 3:10 e 11.” – LES893, p. 151.
“Os primeiros oito versículos do
cap. 19 de Apocalipse transcrevem um gozo sublime e uma alegria espetacular com
aleluias e louvores ao Cordeiro, que venceu e recuperou todos os poderes
usurpados pelo inimigo; acabou com as artimanhas e instrumentos de Satanás e,
havendo reivindicado a Deus perante o Universo, vem ao encontro de Sua igreja,
com quem haverá de unir-Se para sempre. Então nos levará à casa do Pai, onde
terá lugar a grande ceia das bodas do Cordeiro. Sem dúvida será a maior e mais
emocionante festa havida no Universo. Pensando neste dia Jesus declarou: ‘E
digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até
aquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Meu Pai’ (São Mateus
26:29).” – SRA/EP, p. 137.
Bodas
do Cordeiro: juízo – “As bodas do Cordeiro são o juízo que precede
o Segundo Advento. Apocalipse 19:7 e 8 possibilita a determinação do tempo
e da natureza das ‘Bodas do Cordeiro’.” – LES893,
p. 152.
Bodas do Cordeiro
- “Roy Allan Anderson, em seu livro ‘O Apocalipse Revelado’, nos diz que nos
ajudará muito na compreensão desta figura profética o termos alguma noção de
como eram as bodas ou casamentos orientais. Normalmente havia cinco momentos
importantes: 1) O compromisso matrimonial, que tinha muito mais seriedade do
que tem hoje no Ocidente; 2) o pagamento do dote matrimonial; 3) o período de
preparação pessoal da noiva para as bodas, durante o qual o noivo preparava o
lar; 4) a cerimônia das bodas, que não se realizava na igreja, como o fazemos
hoje. Consistia em uma cerimônia simples, quando o noivo dava seu
reconhecimento público do pedido de casamento, punha sua capa nos ombros da
noiva, enquanto o cortejo se encaminhava para o lugar da festa; 5) a festa,
normalmente na casa do pai do noivo.” – SRA/EP, p. 135.
“Em Cristo fomos escolhidos desde a eternidade. Durante os tempos do
Velho Testamento as bodas foram anunciadas. Mas foi quando Jesus Se encarnou
que se concretizou o compromisso da parte do Senhor.” – SRA/EP, p. 135.
Bodas do Cordeiro no futuro – “A relação de Cristo com Seu povo é
representada na Bíblia pela união matrimonial (ver Isa. 54:5; Jer. 3:14; II
Cor. 11:2). Por que, então, o livro do Apocalipse apresenta o casamento do
Cordeiro como estando no futuro (Cap. 19:7)? É evidente que um símbolo pode ser
adaptado a circunstâncias diferentes, e deve ser interpretado em harmonia com o
seu contexto especial.
“Provavelmente a razão para esse
novo casamento entre Cristo e Seu povo é a de que em Apocalipse 19 a ênfase
está na condição restaurada e na nova
relação na eternidade sem pecado prestes a começar.
“O fato de que a Nova Jerusalém
é retratada como a noiva ou esposa do Cordeiro (Apoc. 21:9 e 10) denota que o
Seu ‘casamento’ realizar-se-á no Céu, na conclusão do juízo que precede o
Advento, pois será então que Cristo receberá Seu reino e domínio eterno (Dan.
7:14), simbolizados pela Nova Jerusalém. Naturalmente, também receberá os
santos de ’todos os povos, nações e línguas’, que nesse juízo foram
considerados dignos de fazer parte do Seu reino eterno (Dan. 12:1; Mal.
3:16-18). Ver O Grande Conflito,
págs. 426 e 427.” – LES893,
p. 153.
Noiva – “Declara-se que a noiva é a cidade santa, A Nova Jerusalém,
porque essa cidade constitui o lar dos remidos. A idéia de uma ‘cidade’ ou ‘igreja’
só pode ser significativa se levarmos em consideração as pessoas de que ela se
compõe. A ‘esposa’ do Cordeiro (Apoc. 19:7) são os ‘santos’ que recebem o
‘linho finíssimo’ (verso 8.)
“Nas Escrituras, o símbolo da
noiva ou esposa é usado em mais de um sentido. Comumente, esse símbolo
representa a Igreja de Deus. Em Apocalipse 21, a cidade é apresentada como
sendo a noiva para possibilitar a figura de um casamento em que os convidados
são o povo de Deus. Noutra parte é declarado que os santos constituem a esposa
do Cordeiro (Apoc. 19:7 e 8; comparar com Isa. 52:1).
O casamento que precede o Segundo Advento – “A proclamação: ‘Aí vem
o Esposo!’, feita no verão de 1844, levou milhares a esperar o imediato advento
do Senhor. No tempo indicado o Esposo veio, não para a Terra, como o povo
esperava, mas ao Ancião de dias, no Céu, às bodas, à recepção de Seu reino. ‘As
que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas e fechou-se a porta.’
Elas não deveriam estar presentes, em pessoa, nas bodas; pois que elas ocorrem
no Céu, ao passo que elas estão na Terra. Os seguidores de Cristo devem esperar
‘o seu Senhor, quando Houver de voltar
das bodas’. S. Lucas 12:36. Mas devem compreender o trabalho de Cristo e
segui-Lo, pela fé, ao ir Ele perante Deus. É neste sentido que se diz irem elas
às bodas.” – O Grande Conflito, p.
427.
O duplo significado de “Casamento” – “A palavra grega usada em S.
Mateus 25:10 (gamos) pode significar
‘cerimônia de casamento’ ou ‘festa de casamento’. Em 1844, as pessoas
representadas pelas cinco virgens prudentes entraram com Cristo, pela fé, na
cerimônia de casamento – o juízo que precede o Segundo Advento. A mesma
parábola se aplica à Segunda Vinda de Jesus, quando os que estiverem preparados
(as cinco virgens prudentes) serão levados ao lar do Noivo para a ceia das
bodas do Cordeiro.” -
19:8 e foi-lhe permitido vestir-se de
linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos
santos.
Linho
fino: preparação da noiva
– “A preparação levou certo período de tempo – o mesmo período das ‘bodas do
Cordeiro’. O tempo do verbo grego pode referir-se ao processo de preparação
como um todo, ou ao resultado final desse processo. A dádiva do ‘linho
finíssimo’ ocorre como resultado do processo de preparação. Pureza de caráter
no fim do processo de preparação é o significado da passagem. ‘Os atos de
justiça dos santos’ constituem o resultado de sua aceitação da dádiva da
justiça de Cristo. (ver I S. João 2:29; 3:7; Rom. 8:28 e 29.)” – LES893, p. 152.
“...embora a justificação inclua
o perdão, é mais que isso. Por exemplo, suponhamos que roubo um automóvel,
devolvo-o, peço perdão e o dono me perdoa. Mas na mente dele e na minha fica a
lembrança. Justificação é mais que perdão. Se eu aceito a Cristo e aceito o
valor de Seus méritos em meu lugar, Deus me dá a justiça de Cristo e me
considera como se eu acabasse de nascer. Sou considerado justo perante Deus
pela aceitação dos méritos de Cristo. Por isso é que João viu que à esposa de
Cristo ser-lhe-á concedido ‘vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e
puro’.” – SRA/EP, p. 137.
Linho fino e puro: obras
justas dos santos – “Os
atos de justiça dos santos... são considerados por nosso autor como a
manifestação da vida interior e como praticamente idênticos ao caráter – o
caráter que a pessoa leva consigo ao deixar esta vida.” – R. H. Charles, The Revelation of St. John, p. 128,
citado em LES893, p. 152.
“O linho puro representa as boas
ações do dedicado povo de Deus. Isto significa que é o caráter que constitui a
vestimenta que adorna a Noiva de Cristo.” – William Barclay, The Revelation of John
(Filadélfia:Westminster Press, 1960), vol. 2, p. 224, citado em LES893, p. 152 e 153.
“Em
todo o Apocalipse os redimidos são descritos como vestidos de branco. Os vinte
e quatro anciãos estão ‘vestidos de branco’ (4:4). Os que fazem parte da
multidão que se achava ante o trono de Deus estavam ‘vestidos de vestiduras
brancas’ (7:9). E nas bodas do Cordeiro, à igreja ‘lhe foi dado o vestir-se de
finíssimo linho, resplandecente e branco’ (19:8, Versão Figueiredo).” – SRA/EP,
p. 135.
“Conquanto a veste nupcial seja
uma dádiva divina, isto não é algo arbitrário e formal, mas dinâmico. Os santos
que são convidados para a festa do Cordeiro são os que manifestaram firme
persistência, guardaram os mandamentos de Deus e perseveraram em sua fé em
Jesus (Apoc. 14:12).” – G. E. Ladd, A
Commentary of the Revelation of John (Grand Rapids, Mich.: Wm. B. Eerdmans,
1972), p. 249, citado em LES893, p.
153.
“O povo de Deus constitui a glória da Nova
Jerusalém. O simbolismo em Apoc. 19:7 e 8 parece ter sido extraído de
Isaías 52:1, onde Deus exorta os cativos judeus em Babilônia a deixarem a terra
do exílio e retornarem à Palestina. Neste caso, a figura das ‘roupagens
formosas’ designa as pessoas justas que se tornaram humildes e penitentes pela
disciplina do cativeiro e que se haviam unido a Deus por meio de arrependimento
e confissão de seus pecados.”
“Semelhantemente, os justos de
todas as épocas que confiam em Deus constituem a glória e o regozijo da Nova Jerusalém.
‘o belo traje desta cidade, por assim dizer, consiste nas hostes dos remidos e
seres imortais que andam em suas áureas ruas.’ – Uriah Smith, As Profecias do Apocalipse, p. 347,
citado em LES893, p. 154.
19:9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas
são as verdadeiras palavras de Deus.
Bem-aventurados
os chamados – “Primeiro
Cristo provê a veste nupcial para todos; e então ela precisa ser usada por toda pessoa convidada. (Ver Isa. 61:10; Zac.
3:3 e 4; Apoc. 3:5 e 18.)
“’Pelas bodas é representada a
união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que
precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno para as
bodas.’ – Parábolas de Jesus, p. 307
(Ver também p. 310.)
“Essa parábola não somente
realça o fato de que é necessário possuir verdadeiro caráter cristão, mas
salienta também que haverá um exame ou investigação de cada convidado, antes da festa de casamento. A aceitação
ou a rejeição será efetuada com base na qualidade do caráter possuído por toda
pessoa. Então virá o ‘regozijo
daquele dia em que [Jesus] levará Sua esposa para o lar do Pai, e os remidos
juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro’ (O Desejado de Todas as Nações, ed.
Popular, pág. 135). ...
“Sendo que haverá uma ressurreição dos justos (S. João 5:29) por ocasião
da volta de Jesus, e os justos vivos serão ‘arrebatados juntamente com eles,
...para o encontro do Senhor’ (I Tess. 4:16 e 17), os convidados para a ceia
das bodas do Cordeiro virão de todas as épocas, desde o tempo de Adão e Eva.” –
LES893, p. 155.
19:10 Então me lancei a seus pés para
adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus
é o espírito da profecia.
Sou
conservo teu – “A
palavra conservo denota que os seres
humanos têm o privilégio de ser cooperadores e companheiros, na terra, de
santos anjos. (ver Zac. 3:7; comparar com Heb. 1:14.)
“O Espírito de Profecia – O anjo declarou: ‘Sou conservo teu e
dos teus irmãos que têm o testemunho de Jesus.’ Apoc. 19:10. A passagem
paralela, Apocalipse 22:9, relata estas palavras do anjo: ‘Eu sou conservo ...
dos teus irmãos, os profetas.’ João era profeta. Através da História, seus
irmãos, ‘os profetas’, foram os que receberam revelações especiais de Deus para
transmiti-las ao mundo. Cristo falou por meio dos instrumentos escolhidos por
Ele, tanto nos tempos do Antigo como do Novo Testamento. Eles deram à
humanidade o ‘testemunho’ de Cristo, o qual o Céu lhes comunicou de várias
maneiras diretas. (ver I S. Ped. 1:10 e 11; II S. Ped. 1:21.) A expressão Espírito de Profecia se refere à
especial revelação divina, seja qual for a ocasião em que se tenha manifestado
na história terrestre. (ver I Cor. 12:10.) O Senhor achou conveniente dar este
dom ao ‘remanescente’, como meio adicional de convidar as pessoas deste tempo
para a ceia que lhes está reservada no Céu.
“João devia adorar a Deus, e não ao anjo, porque este último ao dar
testemunho de Jesus, era apenas um porta-voz de deus, e não o próprio Deus. ” – LES893, p. 155.
19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a
peleja com justiça.
Céu
aberto – “Na seqüência
profética que começa em Apoc. 4:1, João viu uma ‘porta aberta’ no próprio Céu.
Agora, em Apoc. 19:11, ele vê ‘o Céu aberto’. Começa a seqüência final dos
acontecimentos, à medida que Deus vai agindo para libertar Sua Igreja
militante. Cristo e os exércitos do Céu se dispõem para a batalha. A partir
daí, podem ser delineados sete eventos na visão: 1) A Volta de Cristo; 2) a
derrota da besta e seus partidários; 3) a prisão de Satanás; 4) o milênio; 5) a
fase executiva do julgamento final; 6) a destruição de Satanás e dos pecadores
impenitentes; 7) a Nova Terra e a Nova Jerusalém.” – LES893, p. 156.
O Guerreiro e o Armagedom - “João vê o Céu aberto. Jesus vem, e
ocorre a batalha do Armagedom. Este é o ‘grande dia do Deus Todo-poderoso’
(Apoc. 16:14; comparar com o verso 19; 14:17-20).
“’A providência Divina tem uma
parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a Terra for iluminada com a
glória do anjo de Apocalipse dezoito, os elementos religiosos, bons e maus,
despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo entrarão em campo.’ – Ellen G.
White, Manuscrito 175, 1890.
“’Em breve travar-se-á a batalha
do Armagedom. Aquele em cujo manto está inscrito o nome: Rei dos reis e Senhor
dos senhores, em breve irá à frente dos exércitos do Céu montando cavalos
brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro... . [Citação de
Apocalipse 19:11-21.]’ – Ellen G. White, Manuscrito 172, 1899.” – LES893, P. 156 E 157.
19:12 Os seus olhos eram como chama de
fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo.
19:13 Estava vestido de um manto
salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus.
Manto
salpicado de sangue - “Cristo nos liberta em duas etapas. Na cruz do
Calvário pagou completamente o preço de nosso resgate, com a qual nos liberta
da culpa de nosso pecados, e quando se derramar a última tormenta do conflito
dos séculos, virá buscar-nos para nos libertar completa e definitivamente, pois
destruirá Satanás e seu sistema de rebelião.” – SRA/EP, p. 110.
19:14 Seguiam-no os exércitos que estão
no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
19:15 Da sua boca saía uma espada afiada,
para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o
que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
Cristo, Sacerdote e Cristo, Rei-Guerreiro – “Compare o simbolismo de Cristo como Sacerdote (Apoc. 1:12-20) e o
simbolismo de Cristo como Rei-Guerreiro (Apoc. 19:11-16). Quais são as
semelhanças e as diferenças?
“Cristo enfrenta Seus inimigos.
Em geral, admite-se que as figuras de Apoc. 19:11-16 são extraídas de Isaías
63:1-6, que apresenta o Messias como ‘poderoso para salvar’ Seu povo e vitorioso
sobre os Seus inimigos.
“As duas representações de Cristo no Apocalipse têm algumas semelhanças
e várias diferenças. Em vez das suntuosas vestes sacerdotais, o Rei-Guerreiro
usa ‘um manto tinto de sangue’; está montado num cavalo branco, à frente de um
conjunto de cavalarianos. Em Apoc. 1 a 3, Cristo, como Sacerdote, defronta Suas
igrejas; ao passo que em Apoc. 19, como Guerreiro, Ele enfrenta Seus inimigos.
“Em ambos os lugares, o caráter de Cristo é retratado como ‘fiel e
verdadeiro’ (Apoc. 1:5; 3:14; 19:11). Seus olhos são ‘como chama de fogo’
(Apoc. 1:14; 19:12) e ‘da boca saía-Lhe uma espada afiada (Apoc. 1:16; 19:15),
o que provavelmente constitui uma referência à autorizada palavra proferida por
Ele, que pode significar vida ou morte. (Comparar com Isa. 11:4; II Tess. 2:8.)
“ – LES893, p. 156.
Cristo
fere as nações com a espada de Sua boca – “Em Sua Vinda, Cristo fere
as nações com a espada que tem na boca. Esta figura é explicada noutras partes
da Bíblia: ‘Com o sopro dos Seus lábios matará o perverso.’ Isa. 11:4. ‘Então
será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de Sua
boca.” II Tess. 2:8.” – LES893,
p. 158.
Ele
as regerá com vara de ferro – “Nesse contexto, a figura de um pastor regendo com ‘vara de ferro’
significa que ele destrói tudo o que ataca o Seu rebanho. (Comparar com Apoc.
2:27; 12:5; Sal. 2:8 e 9.)
“’O antigo cajado
do pastor tinha dupla função. A parte arqueada servia para ajudar e guiar as
ovelhas, ao passo que a pesada ponteira de ferro na extremidade também fazia
dele uma arma de ataque. Esta era usada para proteção do rebanho, a fim de
repelir e matar animais selvagens que quisessem dispersa-lo e destruí-lo.
Chegou o tempo de o Bom Pastor usar a ‘vara de ferro’ contra as nações, para o
livramento de Seu assediado rebanho na Terra. O ato de reger ou ferir as nações
com vara de ferro resulta no seu extermínio, e não no seu governo durante o
milênio, segundo afirmam alguns.’ – SDABC,
vol. 7, págs. 874 e 875.” – LES893, p. 158.
Ver Apêndice: “Pós-milenismo/arrebatamento secreto”.
19:16 No manto, sobre a sua coxa tem
escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Rei dos reis e Senhor dos
senhores – “Nosso Rei
vindouro merece todo nome e homenagem nessa passagem. Homens pecaminosos e até
dirigentes de igreja blasfemaram dEle. Apocalipse 1:7 diz que alguns deles
ressuscitarão para ver Sua vinda. (Comparar com Dan. 12:2.)” – LES893, p. 157.
“Em suma, o livro do Apocalipse transmite a mensagem de esperança e
certeza de que Cristo virá como Messias real para livrar Seu povo na última
guerra do mundo [armagedom] contra Deus.” – Hans. K. La Rondelle, Chariots of Salvation (Hagerstown, MD.:
Review & Herald, 1987), p. 68, citado em LES893, p. 150.
Ver ainda comentário sobre Apoc. 5:5 e Apêndice: “Quatro principais
apresentações simbólicas de Cristo no Apocalipse.”
19:17 E vi um anjo em pé no sol; e clamou
com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde,
ajuntai-vos para a grande ceia de Deus,
A ceia das aves
– “A grande ceia das aves (Apoc. 19:17, 18 e 21) também simboliza a destruição
dos inimigos do Céu quando Cristo voltar. (Comparar com Sal. 79:2; I Sam. 17:44
e 46; Ezeq. 39:17-20.)” – LES893, p.
158
“Esta
‘ceia das aves’ afeta o mesmo grupo descrito em Apocalipse 6:15-17, o qual não
pode resistir à presença do Senhor por não haver aceito a salvação em Cristo e
conseqüentemente não haver-se preparado para recebe-Lo. No final do milênio,
serão destruídos definitivamente pela segunda morte (20:9, 14).” – SRA/EP,
p. 135.
19:18 para comerdes carnes de reis,
carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e dos que neles
montavam, sim, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e
grandes.
19:19 E vi a besta, e os reis da terra, e
os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava montado no
cavalo, e ao seu exército.
19:20 E a besta foi presa, e com ela o
falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que receberam
o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados
vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
Lago
de fogo – “Recapitule
tais passagens como II Tessalonicenses 1:7-10; 2:8; II S. Ped. 3:10, bem como
Apocalipse 19:20. Tiago White expressou a opinião de que haverá ‘dois lagos de
fogo’ (Review and Herald, 21 de
janeiro de 1862): um por ocasião da Segunda Vinda, e o outro no fim do Milênio.
Na Segunda Vinda serão consumidas as forças terrestres do mal. No fim do
Milênio, Satanás e seus anjos também serão incluídos (Apoc. 20:20).” – LES893, p. 157
“A confederação
político-religiosa que é simbolizada pela besta, o falso profeta e os reis da
terra ‘com seus exércitos’ será lançada no lago de fogo (Apoc. 19:19 e 20).
Essa linguagem simbólica torna evidente que o Segundo Advento trará livramento
aos remidos, seguido de regozijo na grande ceia das bodas do Cordeiro, mas
causará a destruição mundial de todos os inimigos de Deus e Seu povo. Apoc.
19:20 e 20:9 e 14 demonstram que haverá duas ocorrências chamadas ‘lagos de
fogo’: uma no começo e outra no fim do milênio.” – LES893, p. 158.
“Por ocasião da vinda de
Cristo os ímpios serão eliminados da
face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo
resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra
é esvaziada de seus moradores.” – O
Grande Conflito, p. 663.
19:21 E os demais foram mortos pela
espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo; e todas as aves
se fartaram das carnes deles.
Os demais foram mortos – “Os
incrédulos serão destruídos por ocasião da volta de Jesus. A ênfase dessa
cena de guerra (Apoc. 19:11-21) é a destruição total dos inimigos de Deus. 1) a
espada que sai da boca de Cristo destrói as nações (Apoc. 19:15 e 21; comparar
com Isa. 11:4; II Tess. 2:8); 2) Ele as despedaça com ‘vara de ferro’ (Apoc.
19:15; comparar com Sal. 2:9; Apoc. 2:27) 3) Os poderes organizados que se
levantam contra Cristo (‘a besta’ e ‘o falso profeta’) são lançados no lago de
fogo (Apoc. 19:19 e 20); 4) as aves do firmamento são convidadas a
banquetear-se com ‘as carnes’ de todos os que foram mortos, ‘quer livres, quer
escravos, assim pequenos como grandes’ (Apoc. 19:17, 18 e 21).” – LES893, p. 165.
Volta de Jesus: destino dos homens e anjos caídos – “Quando Jesus
vier, com Suas hostes de anjos, permanecerá no céu, acima da Terra. Os salvos
irão ‘para o encontro com o Senhor nos ares’ (I Tess. 4:17). Jesus não irá
andar pela Terra como fez em Sua primeira vinda. Por esse motivo a
personificação de Cristo executada por Satanás, antes do advento, não irá
enganar o povo de Deus. (Ver Mat. 24:23 e 24; II Tess. 2:8-12.)
“Os que nem creram em Cristo nem
ensinaram Sua verdade conforme está na Bíblia serão destruídos pela glória de
Sua presença. Os que O crucificaram, e foram ressuscitados pouco antes de Sua
volta, serão destruídos como as hostes de perdidos que receberam a marca da
besta. Os anteriormente mortos em pecado permanecerão nas sepulturas por mais
mil anos.
“Quando as trombetas soarem, os
que, em todos os tempos, morreram fiéis a Jesus Cristo saem dos sepulcros e vão
encontrar o Senhor nos ares. Então os santos vivos se juntarão a eles. E não
voltarão para a Terra; serão levados para o Céu para estar com Cristo e os
anjos por mil anos. (Ver João 14:1-3; Apoc. 7:13-17; 20:4-6.)
“Satanás e seus demônios ficarão
retidos na desolação da Terra (Apoc. 20:1). A Terra terá sido completamente
devastada. Todos os salvos estarão no Céu e os perdidos ainda nas sepulturas.”
– LES963, lição 13, p. 4.
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