sexta-feira, 10 de julho de 2015

Apocalipse 22

O rio da vida - A árvore da vida - Admoestações e promessas finais


22:1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

22:2 No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.

                Árvore da vida – ver comentário sobre Apoc. 2:7.

22:3 Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão,

22:4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.

22:5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.

                O Éden Restaurado – “Tudo que Adão e Eva perderam quando pecaram (Gen. 3) será restaurado na Nova Terra. Note estas comparações:
                “* Adão e Eva perderam o privilégio de comunicar-se com Deus face a face. Na Nova Terra ‘contemplarão a Sua face. (Apoc. 22:4).
                “* Adão e Eva perderam sua pureza – sua veste de inocência. Os remidos recebem as vestes da justiça de Cristo – o Seu ‘linho finíssimo’ (Apoc. 19:8).
                “* Adão e Eva perderam seu lar edênico. Os santos de Deus serão reintegrados no Éden restaurado. ‘Adão tinha assuntos para meditação nas obras de Deus no Éden, que era o Céu em miniatura.’ – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 1, pág. 1.082.
                “* Adão e Eva não puderam mais comer da árvore da vida. Os salvos comerão para sempre da árvore da vida (Apoc. 22:2).
                “* Adão e Eva perderam sua perfeita felicidade familiar. Na Nova Terra cumprir-se-ão os propósitos originais de Deus.
                “* Adão e Eva perderam o domínio sobre os outros seres criados. Na Nova Terra, leões, cordeiros, leopardos e bezerros andarão juntos, e ‘um menino pequeno os guiará’ (Isa. 11:6).
                “* Estresse, medo, confusão, ansiedade, e tudo o mais que resultou do pecado terá desaparecido. Em seu lugar existirá ‘a paz de Deus, que excede todo o entendimento’ (Fil. 4:7; ver também Isa. 26:3 e 4).” – LES893, p. 182.

22:6 E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer.

                Deus dos profetas – “Devido a Sua natureza divina é que São Pedro disse que foi Jesus que inspirou os profetas (I São Pedro 1:10, 11) e em Apocalipse 22:6 diz-se ser Ele ‘O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas’. A Bíblia proclama que Jesus é o Verbo, é Deus eterno e coeterno com o Pai. Ex: São João 1:1-3, 14. ” – SRA/EP, p. 22.

22:7 Eis que cedo venho! Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.

                Eis que venho sem demora (ou: Eis que cedo venho)– “Os cristãos têm interpretado essa declaração de maneiras diferentes. É possível que estejamos lendo um idiomatismo oriental com as nossas lentes ocidentais, não interpretando, portanto, corretamente o que Cristo está dizendo nessas passagens. Por exemplo, Cristo assegurou aos discípulos que Deus ‘depressa’ fará justiça a Seu povo (S. Luc. 18:7 e 8).  A palavra ‘depressa’ constitui a tradução da forma substantivada do adjetivo grego usado em Apoc. 22:7, 12 e 20. Jesus disse, porém, que Seu povo clama ‘dia e noite’ e que Deus parece ser ‘demorado’ em defende-los. Afigura-se que a tradução apresenta uma incoerência: Como Deus pode fazer justiça rapidamente, se ao mesmo tempo parece ‘demorado em defende-los’?
                “A explicação mais simples é que a referida expressão pode ser às vezes usada como idiomatismo que significa certeza. Jesus estava dizendo que, embora pareça que Deus está sendo moroso em resolver essa situação injusta, é certo e seguro que Ele fará justiça.
                “Usando palavras diferentes, Moisés e Pedro expressaram o conceito similar de certeza da destruição dos inimigos de Israel (Deut. 32:35) e dos falsos mestres na igreja (II S. Ped. 2:3).
                “Se isto for correto, a reiterada declaração de Cristo ao apóstolo João, no fim do primeiro século, visava assegurá-lo, bem como os outros cristãos, da certeza da Segunda Vinda. Também é possível que o vocábulo grego tenha sido usado com o sentido de ‘inesperadamente’. (Comparar com I Tess. 5:1-3.)
                “Por outro lado, parece ser razoável interpretar a promessa de Cristo: ‘Eis que venho sem demora’, em conexão com o cumprimento das profecias do Apocalipse referentes ao fim do tempo, especialmente a importante profecia que trata do conflito final acerca do selo de Deus e o sinal da besta. ...
                “A mensagem de todo o livro do Apocalipse gira em torno do interesse pela prontidão diária para o encontro com o Senhor no fim do tempo. Em Apocalipse 1:1 e 3 é apresentada a idéia da proximidade. Foram mostradas a João ‘as coisas que em breve devem acontecer’, as quais eram urgentes, ‘pois o fim do tempo está próximo’.” – LES893, p. 183.

22:8 Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar.

22:9 Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.

                Adora a Deus – “Recapitule as advertências acerca da falsa adoração em Apocalipse 13:8 e o apelo da primeira mensagem Angélica, em Apocalipse 14:7. O conflito final concentrar-se-á nesta questão simples, mas crucial: A quem iremos adorar?” – LES893, p. 184.

22:10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.

                Não seles – “Partes do livro de Daniel foram ‘seladas’ até o tempo do fim (Dan. 12:4). O livro do Apocalipse é, porém, um livro aberto que deve ser proclamado até os confins da Terra. Depois de 1798 foram desseladas as partes seladas do livro de Daniel, e elas têm sido proclamadas junto com o Apocalipse. Estes dois livros revelam que o tempo para a volta de Cristo ‘está próximo’.
                “O livro do Apocalipse deve ser aberto perante o público. A muitos lhes foi ensinado que é um livro selado; mas está selado unicamente para quem rejeita a luz e a verdade. A verdade que contém deve ser proclamada, a fim de que as pessoas tenham uma oportunidade de preparar-se para os acontecimentos que logo ocorrerão. A mensagem do terceiro anjo deve ser apresentada como a única esperança de salvação de um mundo que perece.” – Evangelismo, p. 195 e 196.

22:11 Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.

Fim do tempo da graça - “O começo e a terminação da mensagem do terceiro anjo estão dentro do período de tempo abrangido por Apocalipse 11:15-19. A cena se desenvolve depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, e culmina no fim do tempo da graça, quando os ímpios e os justos são separados para sempre (Apoc. 22:11).” – LES893, p. 98.
Ainda – “O sentido do versículo é o de que aqueles que cometem a injustiça continuarão a comete-la, e os que praticam a justiça continuarão a praticá-la para sempre. Depois do fim do tempo da graça ninguém alterará seu modo de proceder. ‘Aquele que tem sido o nosso intercessor ... logo terminará Sua obra no santuário celestial.’ – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, pág. 989. ‘Não haverá um segundo tempo de graça para pessoa alguma.’ – Ibidem.” – LES893, p. 184.

22:12 Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.

                Eis que venho sem demora (Eis que cedo venho) – “O apóstolo S. Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado.’ II Tessalonicenses 2:3. Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do ‘homem do pecado’. Este ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’, e ‘o iníquo’, representa o papado, que conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Este período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. S. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até o ano 1798. É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada.” – O Grande Conflito, p. 356.
                “Estamos vivendo no ‘tempo do fim’ (o período entre 1798 e o fim). Estamos vivendo na era da besta de dois chifres; estamos presenciando o ressurgimento papal de maneira surpreendente. Vemos o fortalecimento das ligações entre o protestantismo, o catolicismo e o espiritismo. Vemos os movimentos em direção ao conflito final acerca do selo de Deus e o sinal da besta – a última profecia básica a ser cumprida antes do retorno de nosso Rei com os exércitos do Céu. Em conexão com essas profecias que se estão cumprindo, as palavras de Jesus são significativas: ‘Eis que venho sem demora.’ Apoc. 22:7.” – LES893, p. 185.
                Recompensa – “Não há dúvida de que as glórias da Nova Terra e da Cidade Santa, com a ausência de pecado e morte, doença e tristeza, exercem forte atração. O galardão tem o seu devido lugar, e Jesus declara que virá traze-lo (Apoc. 22:12). Para o seguidor de Cristo, a Cidade Santa é, porém, mais do que uma recompensa: é o seu ‘lar’. Ao tornar-se cristão, ele passou voluntariamente a ser súdito de outro reino. Sua pátria está nos Céus (Fil. 3:20). ‘A Jerusalém lá de cima é mãe de todos nós.’ Gál. 4:26.
                “’O Senhor deseja que descansemos nEle sem pensar na medida do galardão. Quando Cristo habita na alma, o pensamento de remuneração não é supremo. Este não é o motivo impelente do nosso serviço. Verdade é que num sentido secundário devemos olhar à recompensa. Deus deseja que apreciemos as bênçãos prometidas; mas não que sejamos ávidos de remuneração, nem sintamos que para cada serviço devamos receber compensação. Não devemos estar tão ansiosos de obter o galardão, como de fazer o que é justo, independentemente de todo o lucro. O amor a Deus e a nossos semelhantes deve ser o nosso motivo.’ – Parábolas de Jesus, págs. 398 e 399.” – LES893, p. 186.

22:13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim.

22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

                Bem-aventurados os que lavam as suas vestes (ou: Bem aventurados os que guardam os Seus mandamentos) – “Alguns têm-se preocupado com as traduções diferentes do verso 14: ‘Bem aventurados os que guardam os Seus mandamentos.’ KJV; Almeida, margem. ‘Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras.’ ERAB. Qual é a tradução correta? Os manuscritos gregos se dividem por igual entre essas duas versões do texto, pois algum escriba pode ter cometido um erro ao copiar palavras que diferem bem pouco uma da outra. Ambas as idéias são ensinadas nas Escrituras.
                “Se tivéssemos que resumir o conteúdo desses cinco versículos [Apoc. 22:14; 7:14; 15:2; 2:7; 2:10], diríamos: Os que são justificados pela fé no sangue de Cristo, venceram sobre a besta e sua imagem, permanecendo fiéis a qualquer preço. Mas se quiséssemos resumir estes conceitos a uma só palavra, diríamos: convertidos.” – SRA/EP, p. 125.
O povo remanescente se caracteriza por guardar os mandamentos (Apoc. 12:17). Os ‘santos’ de Deus são os que guardam os mandamentos (Apoc. 14:12). Jesus não deixou dúvidas acerca da importância dos mandamentos. (Ver S. João 14:15; 15:10.) Os mandamentos revelam o caráter de Deus, e os salvos reproduzirão o Seu caráter. (Ver Parábolas de Jesus, pág. 69.)
“Os remidos estão ‘vestidos de vestiduras brancas’ (Apoc. 7:9) e é declarado que eles ‘lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro’ (verso 14). Deus dará o justo galardão final aos que O aceitaram, foram perdoados por Ele, e impelidos e habilitados por Seu amor e graça a guardar os Dez Mandamentos, que constituem a transcrição do caráter divino.” – LES893, p. 185.

22:15 Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.

22:16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.

22:17 E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.

                O último convite – “Compare esta passagem com o convite diário de Jesus (Apoc. 3:20), com o Seu convite aos que têm sede (S. João 4:14 e 15), e com o Seu convite aos que têm fome (S. João 6:32-35). Em Apocalipse 22 é feito o último convite das Escrituras. É o convite de Cristo à humanidade.” – LES893, p. 185 e 186.

O Espírito e a Noiva dizem: Vem! – “À luz de Apocalipse 22:17, o ministério do Espírito e o ministério da Igreja, em certo sentido, são um. E esse único ministério não é outro senão o próprio ministério do Senhor Jesus, e é o próprio ministério de Cristo porque é um ministério conduzido pelo Espírito. Há um senso de unidade entre o ministério de Cristo e o da Igreja. O mesmo Espírito que impulsionou a Cristo naqueles três anos e meio impulsiona a Igreja a partir daquele memorável Pentecostes, cinqüenta dias depois da ressurreição.” – Pastor Dr. José Carlos Ramos, Comentário sobre a lição 11 das Lições da Escola Sabatina do primeiro trimestre de 2004, disponibilizado através do site da Internet: www.cpb.com.br.

22:18 Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro;

22:19 e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.

                Advertência – Ninguém tem o direito de modificar as doutrinas bíblicas nem de pregar idéias próprias acerca da religião. O que se deve pregar é o evangelho eterno, a revelação de Deus tal como se encontra na Santa Bíblia. Por isso a terrível advertência de Deus que está em Apocalipse.” – SRA/EP, p. 131.

22:20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus.

22:21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.


                Bênção – “Que conclusão incentivadora para a Bíblia! É estendido um convite para a eternidade a todo aquele que aceitar o Seu perdão e poder. ‘A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome.’ S. João 1:12.

Apocalipse 21

O novo Céu e a nova Terra - A nova Jerusalém


“O livro do Apocalipse e a Bíblia terminam da maneira que era de se esperar: com o pecado eliminado do Universo e a terra restaurada a sua perfeição edênica. As dificuldades desta vida, por mais severas que possam ser, são insignificantes em comparação com a autêntica alegria e realização da vida por vir. ‘Por que para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.’ Rom. 8:18. ...
                “Escrevendo a respeito do fim do mundo, Isaías exclamou: ‘Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que nEle espera.’ (A versão inglesa diz: ‘o que Ele preparou para aquele que nEle espera.’) O mundo obscureceu a visão da Nova Terra para alguns de nós? De certo modo, temos sido cegados pelas coisas desta vida – nosso trabalho, amizades, interesses, negócios, televisão, etc? O estudo ... [do livro do Apocalipse] renovou a sua esperança nas belas coisas que estão para ocorrer em breve?” – LES893, p. 176.
                “’Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considera-la nosso lar.’ – O Grande Conflito, pág. 681.
                “Peça que o Espírito Santo lhe abra os olhos para ver o que Deus quer que veja e compreenda ... [com o estudo de Apoc. 21 e 22].” – LES893, p. 176 e 177.
                Inspirados pelas visões da glória futura - “...o livro do Apocalipse contém dois capítulos que tratam da vida futura... essa profecia é tão importante para a experiência cristã como as profecias anteriores sobre o conflito final acerca da marca da besta... (Ver Rom. 8:24 e 25; II Cor. 4:16-18; Heb. 11:13.) ...
Compare a experiência dos cristãos com a de Cristo. Que susteve o Filho de Deus durante Sua vida de labuta e sacrifício? Ele viu os resultados ‘do penoso trabalho de Sua alma’, e ficou satisfeito (Isa. 53:11).” – LES893, p. 179
 “Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade no Céu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua Igreja. Pela fé podemos chegar até o limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa.’ – Atos dos Apóstolos, p. 601.
“Apocalipse 21 e 22 nos exortam a renovar os nossos votos ao Senhor enquanto ainda há tempo. Estes capítulos revelam claramente quem será salvo e quem se perderá. Constituem um apelo para despertarmos de nossa sonolência espiritual. Descrevem a eternidade para todo aquele que é iluminado pelo Espírito Santo.” – LES893, p. 187.

21:1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe.

                Novo - “’O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido.’ – O Grande Conflito, pág. 680. Cremos que a Palavra que trouxe todas as coisas à existência no passado (S. João 1:3), falará novamente para tornar tudo novo. Haverá purificação e nova criação.” – LES893, p. 177.
                “A Terra será renovada. Jesus prometeu que ‘os mansos’ herdarão a Terra, embora no presente ela não esteja sob o domínio deles (S. Mat. 5:5). Semelhantemente, foi prometido que Abraão e sua descendência espiritual seriam herdeiros ‘do mundo (Rom. 4:13). A palavra grega usada por João para o ‘novo’ céu e a ‘nova’ Terra é kainos, que significa novo em qualidade; e não neos, que encerra a idéia de novo no tocante ao tempo. Em outras palavras, o novo céu e a nova Terra constituem uma recriação – uma nova formação com elementos existentes, e não uma criação procedente do nada.
“Podemos ver esta idéia em II S. Pedro 3:3-13. O Apóstolo comenta: 1) O mundo antediluviano foi destruído pela água (versos 5 e 6), mas o planeta não desapareceu; 2) os céus e a Terra que agora existem serão destruídos pelo fogo (versos 10-12); 3) Os céus e a terra serão renovados (v.13).” – LES893, p. 178 e 179.

21:2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.

                Nova - “Em Apocalipse 21:2, a Cidade Santa também é chamada ‘nova’. A velha Jerusalém e seu templo chegaram a tal ponto de decadência que Jesus chamou o Templo de ‘covil de salteadores’ (S. Mat. 21:13). Os dois caíram em poder dos romanos em 70 A.D. (S. Luc. 19:43 e 44). Agora foi preparada a Nova Jerusalém – a noiva pura de Cristo. Apocalipse 21:2 e 10 falam da Nova Jerusalém descendo à Terra.” – LES893, p. 177.
Nova Jerusalém – “Em Hebreus 11:16 Deus diz que preparou uma cidade para os Seus fiéis e Apocalipse 3:12 nos revela o seu nome: Nova Jerusalém. Esta descerá à Terra no fim do milênio (Apocalipse 21:2, 10; Zacarias 14:1, 4, 5, 10).
“Tentar imaginar o que será habitar na Nova Jerusalém é um verdadeiro desafio à imaginação. Mas essa cidade é real. Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu um lugar para cada crente fiel quando disse: ‘Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também’ (São João 14:1-3).
“São Paulo, que teve várias visões (II Coríntios 12:1-5), também diz: ‘Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam’ (I Coríntios 2:9). Só o fato de pensar que ‘nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica a abominação e mentira’ (Apocalipse 21:27) já fala de um ambiente pelo qual ansiamos, embora nos pareça incomum.” – SRA/EP, p. 124.
“A Nova Jerusalém, símbolo do remanescente fiel, é a esposa de Cristo.” – SRA/EP, p. 135.
                Descia – “A Santa Cidade descerá sobre o monte das Oliveiras, que se abrirá em dois, produzindo um grande vale (Zacarias 14:4, 10).” – SRA/EP, p. 46.

21:3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.

                Deus habitará com os homens – “Que torna atrativo o Céu? As portas de pérolas, ou as ruas douradas? Não. O Céu nos atrai porque ali poderemos ver Aquele que nos amou tanto que deu o Seu Filho unigênito para morrer por nós.” – SRA/EP, p. 42.
“Adão e Eva andavam com o Seu Criador no jardim. Abraão encontrou-se com o Senhor debaixo de um carvalho (Gen. 18:1 e 2). Moisés esteve na presença de Deus no Monte Sinai (Êxodo 20). Multidões andaram com Jesus durante os trinta e três anos que esteve na Terra. Mas na Nova Terra os remidos falarão com o Criador face a face. As expressões ‘com os homens’ e ‘com eles’ são usadas três vezes em Apocalipse 21:3. O trono de Deus estará na Nova terra (Apoc. 22:3 e 4).” – LES893, p. 178.
Deus eternamente unido com Seu povo. No Sinai o Senhor disse a Moisés: ‘E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles.’ Êxo. 25:8. O tabernáculo e, mais tarde, o Templo enfatizam a impressionante verdade de que Deus estava presente entre Seu povo de maneira incomparável e íntima, mas não pôde haver comunhão face a face.
                “Por mais de 33 anos o Salvador habitou com a família humana, mas a Sua divindade permaneceu velada. No sentido espiritual, Deus, o Espírito Santo, habita no crente, bem como na igreja em geral (II Cor. 6:16; I Cor. 6:19 e 20).
                “Estas experiências são promessas e antecipações da realidade que se cumprirá na Nova Jerusalém que descerá aterra. Então grande voz anunciará ao Universo: ‘Eis op tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles.’ Apoc. 21:3. Assim, finalmente, o povo de Deus desfrutará comunhão direta e plena união com o seu Criador (Apoc. 22:4).
                “A habitação de Deus com Seu povo também estava intimamente relacionada com o Seu concerto de graça. (Ver Lev. 26:9-12.) A essência do concerto pode ser expressa resumidamente nestas palavras: ‘Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo.’ Este conceito é apresentado ou insinuado em toda declaração do concerto divino (Gen. 17:7 e 8; Jer. 11:1-4; 31:33 e 34; Heb. 8:10; Apoc. 21:3 e 7).” – LES893, p. 177.
                Veremos a Deus. ‘O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho. ‘Agora vemos por espelho em enigma.’ I Coríntios 13:12. Contemplamos a imagem de Deus refletida como que em espelho, nas obras da Natureza e em Seu trato com os homens; mas então O conheceremos face a face, sem um véu obscurecedor de permeio. Estaremos em Sua presença, e contemplaremos a glória de Seu rosto.” – O Grande Conflito, p. 178.

21:4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.

                Não haverá mais – “Deus eliminará para sempre toda tristeza, dor e aflição. Com o corpo e mente perfeitos, possuindo imortalidade, e vivendo num mundo em que não haverá nenhuma causa de dano ou destruição, os remidos sentir-se-ão plenamente felizes e realizados.” – LES893, p. 178.
                “As causas da tristeza removidas. Como Deus enxugará ‘toda lágrima’ dos olhos dos remidos? Ver Isa. 25:7 e 8.) Deus remove as lágrimas dos remidos removendo as causas dessas lágrimas, isto é, o pecado e a morte (Rom. 5:12). ‘A dor não pode existir na atmosfera do Céu. No lar dos remidos, não haverá lágrimas, nenhum cortejo fúnebre, nenhuma exteriorização de luta. ...Uma rica maré de felicidade fluirá e aprofundar-se-á ao avançar a eternidade.’ – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 433.” – LES893, p. 179.
                “Os dias de dores e prantos acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar.’ – O Grande Conflito, p. 655.
                Não haverá mais morte – “Em São João 3:16 o Senhor promete vida eterna só aos que nEle crêem. O diabo é tão mentiroso que quer nos fazer crer que mesmo não crendo em Cristo é possível viver eternamente, ainda que seja no inferno! ...
                “Àqueles que O aceitarem, Jesus prometeu ressuscita-los no último dia (São João 6:54), quando sairão ‘para a ressurreição da vida’ (São João 5:28, 29). A ressurreição do Senhor Jesus é nossa garantia de que Ele tem poder para cumprir o que prometeu.” – SRA/EP, p. 70

21:5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

                Estas palavras são fiéis e verdadeiras – “Cristo torna bem claro que Suas palavras verdadeiras e que podemos crer no que é prometido por Ele. Sua Palavra nunca falhou, e nunca falhará. Por certo, todos nós temos pensado na ‘impossibilidade’ de que um dia chegue ao fim tudo que agora existe. Milhões de pessoas não crêem que Deus criou este mundo, e não acreditam que a ‘Terra e as obras que nela existem’ (II S. Ped. 3:10) serão destruídas. Eva duvidou das infalíveis palavras de Deus. Não devemos fazer a mesma coisa.” – LES893, p. 179 e 180.

21:6 Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida.

21:7 Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

                Será Meu filho – “No ensino da justificação pela fé encontra-se a idéia de adoção, isto é, de tornar-se filhos e filhas de Deus. Na oração do Senhor, Jesus recomendou que chamássemos Seu Pai de nosso Pai (S. Mat. 6:9). ...
                “Que podemos aprender destas passagens sobre a adoção de homens e mulheres, rapazes e moças na família de Deus? S. João 1:12[; ] Gál. 4:5
                “Como resultado do pecado, estamos separados de Deus e somos órfãos por natureza. Mas, como resultado de aceitarmos a Cristo como nosso Salvador pessoal, somos justificados e considerados como justos porque a justiça de Cristo nos é dada pelo Espírito Santo (Rom. 8:9 e 10). Somos adotados por Deus como filhos e filhas. Em Apocalipse 1:7 nos é assegurado que se cumprirmos a condição estabelecida por Ele, seremos Seus filhos e filhas para sempre. A condição é que retenhamos nossa genuína fé nEle, até que venha conceder-nos a imortalidade. (ver S. Mat. 24:13; S. João 15:9; Gál. 6:9; Heb. 12:1.)” – LES893, p. 180.

21:8 Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.

                Só da maneira indicada por Deus. “A racionalização leva muitas pessoas à ruína. Deus explicou com clareza quem herdará a Nova Terra. Quantos dos princípios dos Dez Mandamentos se encontram nos versículos ... [Apoc. 21:8 e 27; 22:15]? Estude I S. João 2:1-6 em relação com isso. A singela declaração de S. João 3:16: ‘Para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’, é fundamental para a esperança de estar na Nova Terra. A vida eterna é a recompensa dos que são salvos pela graça, mediante a fé (Efés. 2:8), e que, pelo Seu poder no íntimo, seguem os Seus passos (I S. Ped. 2:21). Devemos estar bem inteirados de que só podemos herdar o reino de Deus da maneira indicada por Ele.” – LES893, p. 178.

21:9 E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro.

                Um anjo falou comigo – “Um dos sete anjos que tinham as sete últimas pragas aproximou-se de João para mostrar-lhe a gloriosa Cidade Santa (Apoc. 21:9). Esse anjo encontra-se numa posição ideal para ver o fim do pecado e o começo da eternidade.

21:10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a santa cidade de Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus,

                Levou-me a um grande e alto monte – “O apóstolo foi colocado (em visão) numa posição vantajosa, para que pudesse ver devidamente a Cidade Santa.” – LES893, p. 180.

21:11 tendo a glória de Deus; e o seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como se fosse jaspe cristalino;
               
                A Cidade tinha a glória de Deus – “A cidade é iluminada pela glória de Deus.” – LES893, p. 181.
Esplendor que supera a imaginação. ‘Nem olhos viram’ (I Cor. 2:9). Depois de ver o Céu e a cidade e ser conduzida de volta a ‘este mundo escuro’, Ellen White declarou o seguinte: ‘Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as coisas da terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma Terra melhor.’ – Primeiros Escritos, pág. 20. Oxalá [o estudo de Apoc. 21 e 22] ... nos dê uma visão assim, para que as coisas terrestres não sejam tão atraentes para nós! Por que somos tão propensos a apegar-nos às coisas materiais, se Deus quer dar-nos o que mostrou a Seu servo?” – LES893, p. 180
                Brilho semelhante a pedra preciosíssima – “O fulgor da cidade, ‘como pedra de jaspe’ (Apoc. 21:11), faz-nos lembrar da glória de que Deus Se acha rodeado: ‘semelhante no aspecto a pedra de jaspe e sardônio’ (Apoc. 4:3).” – LES893, p. 181.

21:12 e tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.

                Nas portas doze anjos  - “Anjos do Céu são os porteiros.” – LES893, p. 181.
                Nomes nas doze portas – “Os nomes das doze tribos de Israel estão nas doze portas da sólida muralha. As cidades antigas eram protegidas por muros bem altos. João compreenderia portanto o que lhe foi mostrado.” – LES893, p. 181.

21:13 Ao oriente havia três portas, ao norte três portas, ao sul três portas, e ao ocidente três portas.

                Três portas de cada lado – “Havia três portas de cada lado da cidade vista por Ezequiel, e nelas estavam os nomes das tribos de Israel (Eze. 48:31-34). As doze tribos foram mencionadas em Apocalipse 7:4-8. As três portas de cada lado da Cidade Santa também contêm os nomes das tribos (Apoc. 21:12). Estes fatos dão a entender que tanto o Israel literal como o Israel espiritual são considerados como ‘tribos’ na Bíblia.” – LES893, p. 181.

21:14 O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

                Nomes nos doze fundamentos – “Os nomes dos doze apóstolos nos doze fundamentos representam o fato de que a Igreja do Novo Testamento foi edificada sobre o fundamento de Cristo e Seus apóstolos. (ver Efés. 2:20.)” – LES893, p. 181.

21:15 E aquele que falava comigo tinha por medida uma cana de ouro, para medir a cidade, as suas portas e o  seu muro.

21:16 A cidade era quadrangular; e o seu comprimento era igual à sua largura. E mediu a cidade com a cana e tinha ela doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.

                Dimensões – “Apocalipse 21:15-17 não diz se os 2.200 quilômetros (ver SDABC, vol. 7, pág. 892) constituem a medida de um lado ou dos quatro lados da cidade. O fato importante é que haverá espaço suficiente para todos.” – LES893, p. 181.
                “No Apocalipse temos uma fascinante descrição da cidade, inclusive suas dimensões (Apoc. 21:16). Freqüentemente, na antiguidade mediam-se as cidades pelo seu perímetro. Se esse tivesse sido o critério de Apocalipse 21:16, a cidade teria 12.000 estádios de perímetro. Cada estádio teria cerca de 180 metros, o que nos daria 2.160 quilômetros de perímetro, ou seja, 540 quilômetros de cada lado. Isto nos daria uma cidade espetacular, nunca vista antes. Mas o Comentário Bíblico Adventista diz que o texto (referindo-se ao texto em grego) não estabelece se a medida corresponde ao perímetro ou a cada lado. Isto quer dizer que até poderia ser de 2.160 quilômetros de lado,o que a faria mais grandiosa do que podemos imaginar. Existem pessoas que se preocuparam em calcular a capacidade habitacional de uma cidade com as medidas da Nova Jerusalém, e tais pessoas dizem que nela poderiam viver dez vezes o total da população mundial atual.” – SRA/EP, p. 124.
                As três dimensões da Cidade são iguais – “É declarado que as três dimensões da cidade são ‘iguais’ (Apoc. 21:16). Isto sugere que a forma de cubo do Lugar Santíssimo no tabernáculo e nos templos posteriores – que era, por assim dizer, a sala do trono de Deus. Ninguém podia entrar nesse cubo, exceto o sumo sacerdote, uma vez por ano. Na eternidade os remidos terão pleno acesso a Deus e ao Cordeiro. ‘Contemplarão a Sua face.’ Apoc. 22:3 e 4.” – LES893, p. 181.

21:17 Também mediu o seu muro, e era de cento e quarenta e quatro côvados, segundo a medida de homem, isto é, de anjo.

21:18 O muro era construído de jaspe, e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido.

21:19 Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento era de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda;

21:20 o quinto, de sardônica; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; o duodécimo, de ametista.

21:21 As doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era de uma só pérola; e a praça da cidade era de ouro puro, transparente como vidro.

                Ouro e pedras preciosas – “A magnificência da cidade é representada pelo ouro e pelas pedras preciosas (versos 18-21).” – LES893, p. 181.

21:22 Nela não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.

                Não vi santuário/templo – “Quando tiver sido removido o pecado, a Igreja poderá novamente habitar na Sua presença, e não será necessário nenhum edifício (como o santuário e o Templo do Antigo Testamento) para simbolizar a habitação de Deus.” – SDABC, vol. 7, pág. 893, citado em LES893, p. 182.
                “O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho.” – O Grande Conflito, p. 682.

21:23 A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porém a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

21:24 As nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória.

                Nações e reis – “O povo de Deus de todas as épocas estará entre os habitantes da Nova Terra.” – LES893, p. 181.
                “Isaías esclarece qual é o tipo de pessoas que andarão ali ... Apoc. 221:24-26; Isa. 35:8-10 ...
                “Os ‘remidos’ virão de todas as nações, tribos, povos e línguas. (ver Isa. 60:3 e 5; Apoc. 1:6; 7:9.) Todas as outras pessoas terão sido destruídas no lago de fogo. A figura de ‘reis’ é extraída do Antigo Testamento. (ver Isa. 60:11.)” – LES893, p. 182.

21:25 As suas portas não se fecharão de dia, e noite ali não haverá;

                Portas abertas – “As portas abertas (Apoc. 21:25) – três de cada lado, doze ao todo – lembram o amplo convite de Deus aos pecadores para que venham a Ele. ‘O Espírito e a noiva dizem: Vem.’ Apoc. 22:17. O Céu nos convida ao arrependimento. Há uma porta para todos, quer venham do norte ou do sul, do leste ou do oeste, desta ou daquela cultura. A cidade de Deus está aberta para todos. Cristo morreu por todos. O grande tamanho da cidade denota que há abundante espaço para cada pessoa que aceitar o convite. Ninguém precisa ficar de fora por falta de espaço. Jesus assegurou-nos: ‘Na casa de Meu Pai há muitas moradas.’ S. João 14:2. (Ver O Grande Conflito, pág. 682.)” – LES893, p. 181.

21:26 e a ela trarão a glória e a honra das nações.

21:27 E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.


                Inscritos no livro da vida – “Quais os nomes que são retidos no livro da vida? Precisamos manter profunda relação pessoal com Cristo para ter o nome no livro da vida. (ver Heb. 12:23.) Por Sua graça precisamos vencer as tentações, pecados e enganos para que os nossos nomes permaneçam nesse admirável livro de Deus. (Ver Apoc. 3:5.) O conhecimento das verdades bíblicas é vital (II Tim. 3:15-17). É necessário desenvolver e manter o amor da verdade (II Tess. 2:10). A experiência do ‘primeiro amor’ não deve desaparecer (Apoc. 2:4 e 5). Precisamos ter adequado suprimento de ‘azeite’ para manter as ‘lâmpadas’ bem acesas (S. Mat. 25:1-13). Então nenhum engano penetrará em nossa vida, e poderemos apegar-nos confiantemente às promessas de salvação eterna feitas pelo Senhor.” – LES893, p. 141.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Apocalipse 20

O milênio - O fim do grande conflito


                ‘Apocalipse 20 descreve o julgamento dos ímpios pelos justos que estarão no Céu, durante o Milênio. Satanás e os anjos maus ficarão retidos na Terra desolada. No fim do Milênio, o pecado e os pecadores serão eliminados do Universo.” – LES893, p. 172.
                “O estudo dos mil anos de Apocalipse 20 é essencial por diversas razões: 1ª Ele aumenta nossa compreensão da vindicação final do caráter de Deus no fim do grande conflito; 2ª Indica a recompensa dos justos e sua obra depois da Segunda Vinda de Jesus; e 3ª Correta compreensão do Milênio evita que aceitemos ensinos que se opõem ao que diz a Bíblia, tais como a doutrina do arrebatamento secreto antes do Milênio e a teoria da ‘segunda oportunidade’ durante o Milênio.
QUATRO CONCEITOS SOBRE O MILÊNIO:
Desde o tempo de Cristo têm sido ensinados quatro principais conceitos sobre o Milênio:
Premilenialismo histórico. Aceito por muitos desde o tempo da Igreja primitiva, é o conceito de que a vinda de Cristo ocorrerá antes do Milênio. Os adventistas do Sétimo Dia são premilenialistas históricos, com a exceção de acreditarem, que os justos passarão o milênio no Céu. A grande maioria dos premilenialistas históricos acreditava que os justos passarão o Milênio na Terra.
Premilenialismo dispensacionalista. Admite que a vinda de Cristo dar-se-á antes do Milênio, mas ensina que os santos cristãos serão ‘arrebatados’ secretamente sete anos antes da gloriosa vinda de Cristo. Nos sete anos que se seguirão, ocorrerá a grande tribulação, durante a qual 144.000 judeus convertidos pregarão o evangelho. Durante o Milênio Cristo reinará sobre a Terra, de Jerusalém, e as profecias do Antigo Testamento a respeito da completa restauração de Israel como nação cumprir-se-ão literalmente. A atual restauração de Israel como nação é encarada como prelúdio da supremacia dos judeus como a nação escolhida durante o Milênio. Este conceito, muitas vezes chamado pré-tribulacionismo ou Darbyísmo, é aceito amplamente hoje em dia. Foi originado por J. N. Darby e os irmãos Plymouth, na Inglaterra, no período de 1825 a 1827.
Amilenialismo é o conceito popularizado por Agostinho (354-430 A.D.), o famoso bispo de Hipo Regis (também chamado de Hipona), no Norte da África. Em geral, este conceito declara que não haverá um milênio imediatamente antes ou depois da Segunda Vinda de Cristo. O Milênio é considerado como símbolo do período abrangido pela história da Igreja Cristã, durante o qual Cristo reina com os santos cujo espírito foi para o Céu na morte, e com os dirigentes da Igreja na Terra. Satanás está preso desde a cruz. A primeira ressurreição é espiritual: a ressurreição da alma no novo nascimento. A segunda ressurreição é a ressurreição geral de todos os justos e ímpios por ocasião da Segunda Vinda de Cristo.
Pós-milenialismo. Ensina que as condições espirituais, morais e éticas na Terra melhorarão de maneira tão dramática que o mundo acabará desfrutando um ‘milênio’ de paz e prosperidade antes da Segunda Vinda de Jesus. O milênio não consistirá de mil anos literais, mas de um período indefinido de boa vontade e unidade internacional sem precedente. Ele terminará no Segundo Advento de Cristo, quando ocorrerá a ressurreição geral, tanto dos justos como dos ímpios. Este conceito tem sido desacreditado pelos tumultuosos acontecimentos do século vinte.
“Precisamos estudar muito bem o assunto de Apocalipse 20, para ter plena certeza do que cremos a esse respeito.” – LES893, p. 162 e 163.
Ver Apêndice: “Pós-milenismo/arrebatamento secreto”.

20:1 E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão.

20:2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos.

                Prendeu o dragão - “O Apocalipse descreve alguns acontecimentos impressionantes que acompanharão o momento do retorno de Cristo, em que será preso Satanás (Apocalipse 16:18, 20, 21). Com os fiéis no Céu e os ímpios mortos (II Tessalonicenses 1:7, 8, 2:8), a Terra ficará como no princípio (Gênesis 1:2), sem forma e vazia, sem luz nem vida, como a descreve Jeremias 4:23-28. Esse é o abismo no qual ficará Satanás durante o milênio. ...
                “Como num dia de chuva o pedreiro que devia levantar-nos as paredes nos diz: ‘Estou atado de pés e mãos’, a cadeia das circunstâncias enumeradas ... será o instrumento com o qual o anjo prenderá a Satanás durante o milênio.” – SRA/EP, p. 46.
                Milênio – “Não há razão para interpretar os mil anos como tempo profético, aplicando o princípio do dia-ano, porque o Milênio ocorrerá após o tempo histórico.” – LES893, p. 171.
O ensino sobre o Milênio abrange importantes doutrinas bíblicas. ... as considerações bíblicas sobre este assunto se acham contidas em Apocalipse 19:11 a 20:15. A seqüência começa com a Segunda Vinda de Cristo e termina na fase executiva do juízo final em que os ímpios são destruídos no lago de fogo. Portanto, as doutrinas bíblicas que fazem parte deste assunto são as seguintes:
                “1) A volta visível e pessoal de Cristo; 2) a ressurreição dos justos no começo do Milênio, e a dos ímpios no fim dos mil anos; 3) o estado dos mortos; 4) o juízo final; 5) Satanás; 6) a destruição dos perdidos; 7) a Nova Terra e a Nova Jerusalém, o lar dos remidos.” – LES893, p. 163.

O MILÊNIO
(Mil Anos Entre as Duas Ressurreições)

Tempo Presente
Primeira Ressurreição
MILÊNIO
Segunda Ressurreição
Eternidade
Era Cristã

Últimos dias

Conclusão da mensagem de Apoc. 14:6-14
Cristo vem buscar os santos

Ressuscitam os justos mortos

Os santos são levados para o Céu

Ímpios morrem

Satanás é preso
Os santos reinam com Cristo no Céu

Terra desolada

Satanás preso
Cristo vem com os santos

Desce a cidade Santa

Ímpios mortos ressuscitam

Satanás é solto

Destruição dos ímpios
Nova Terra

Os santos possuem o reino para sempre

                Diagrama que “expõe os acontecimentos que ocorrerão no começo e no fim do Milênio, e também as condições que existirão durante esse período de tempo”, segundo LES893, p. 163 e 164.

20:3 Lançou-o no abismo, o qual fechou e selou sobre ele, para que não enganasse mais as nações até que os mil anos se completassem. Depois disto é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.

                Satanás lançado no abismo – “Note que é o anjo de Deus que tem a chave. Portanto, Satanás não conseguirá evitar ser lançado no abismo e retido ali.” – LES893, p. 166
                “Prisão desolada. Como vimos, a Terra ficará completamente desolada, sem nenhum habitante humano. Quando a palavra hebraica usada para designar o estado da Terra em Gênesis 1:2 foi traduzida para a Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), usou-se o vocábulo abussos (‘abismo’.) A mesma palavra foi usada em Apocalipse 20:1. A Terra será reduzida a seu estado de desolação anterior.
                No livro do Apocalipse o diabo é identificado como rei do ‘abismo’ ou do ‘poço do abismo’ (Apoc. 9:1, 2 e 11; 11:17; 17:8). O diabo e os anjos maus habitam no ‘abismo’. É o lugar do qual surgem os enganos satânicos. Visto que a terra é o campo de ação do diabo, deduzimos que ela é o ‘abismo’ em que ele será confinado durante o Milênio. O diabo e seus demônios ficarão ‘presos’ no sentido de que não terão ninguém para tentar durante mil anos.” – LES893, p. 167.
                “Na septuaginta (a versão grega, antes da Era Cristã, da Bíblia Hebraica), abussos (abismo) é usado para designar o oceano primitivo (Gen. 1:2), as profundezas do mar (Jô 28:14) e as profundezas da Terra (Deut. 8:7; Sal. 71:20). Paulo usa uma vez a palavra abussos para designar a sepultura (Rom. 10:7).
                “Das nove vezes que abussos aparece no Novo Testamento, sete ocorrem no Apocalipse. Abussos é um lugar que pode ser aberto ou fechado com uma chave (Apoc. 9:1 e 2; 20:1-3); poderes do mal residem ali (Apoc. 9:2 e 3); um governante dirige esses poderes (Apoc. 9:11); a besta surge desse abismo, o que sugere que também retornará a ele (Apoc. 11:7; 17:8).
                “O uso de abussos no Apocalipse denota que esse vocábulo é empregado para descrever a habitação de Satanás na Terra. Como ele é simbolizado pelo dragão vermelho e pela besta escarlate (Apoc. 12:3 e 9; 17:3, 7 e 8), precisa de uma toca ou covil – o abismo. E visto que o ‘dragão’ foi atirado para a Terra (Apoc. 12:9), a Terra é na realidade o seu covil.” – LES893, p. 166.
                “A Terra tinha a aparência de um deserto solitário. Cidades e vilas, derribadas pelo terremoto, jaziam em montões... . Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus por mil anos. Aqui estará ele circunscrito, para errar para cá e acolá, sobre a superfície da Terra, e para ver os efeitos de sua rebelião contra a lei de Deus.” – História Redenção, p. 415, citado em LES893, p. 167.
                “Que simbolismo do Antigo Testamento representa a prisão de Satanás durante o Milênio? Lev. 16:7-10 e 20-22.” – LES893, p. 167.
                Lev. 16:7-10 e 20-22: “Também tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da revelação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma pelo Senhor, e a outra por Azazel. Então apresentará o bode sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e o oferecerá como oferta pelo pecado; mas o bode sobre que cair a sorte para Azazel será posto vivo perante o Senhor, para fazer expiação com ele a fim de enviá-lo ao deserto para Azazel.” 
“Quando Arão houver acabado de fazer expiação pelo lugar santo, pela tenda da revelação, e pelo altar, apresentará o bode vivo; e, pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessará sobre ele todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á para o deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma região solitária; e esse homem soltará o bode no deserto.”
                “A remissão do pecado e a eliminação dos registros do pecado no santuário eram efetuados nos serviços diários e no serviço anual, em virtude do derramamento de sangue. A responsabilidade pelo pecado era colocada sobre a cabeça do bode emissário, que representava a Satanás. E então esse bode era levado para o deserto.
                “Devido aos crimes contra Deus e a humanidade. ‘Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor; e as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados’, pondo-os sobre a cabeça do bode. Lev. 16:21. Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e do exército de remidos, serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; declarar-se-á ser ele o culpado de todo o mal que os fez cometer. E assim como o bode emissário era enviado para uma terra não habitada, Satanás será banido para a Terra desolada, que se encontrará como um deserto despovoado e horrendo.’ – O Grande Conflito, págs. 663 e 664. (Grifo acrescentado.)“ – LES893, p. 167 e 168.
                Não mais engane as nações – “Que acontecerá com os ímpios que estiverem vivos por ocasião da segunda Vinda de Jesus? Apoc. 19:20 e 21; comparar com II Tess. 1:7 e 8; 2:8.” – LES893, p. 164.
II Tess. 1:7 e 8: “e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus;
II Tess. 2:8: “e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda;”
“As Escrituras não dizem que haverá uma ressurreição geral dos ímpios na Segunda Vinda de Jesus. Haverá uma ressurreição especial de alguns ímpios e de alguns justos, pouco antes da volta de Cristo. (ver Dan. 12:2; Apoc. 1:7; S. Mar. 14:62; O Grande Conflito, pág. 643; Primeiros Escritos, pág. 285.) Visto que os ímpios vivos serão destruídos por ocasião da volta de Jesus, podemos deduzir que durante o Milênio não haverá ímpios vivendo aqui na terra. (ver também Apoc. 6:14-17.)” – LES893, p. 164.

20:4 Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
                Julgamento – “Jesus foi preparar lugar para os salvos no Céu, para onde Ele os levará (São João 14:1-3). Portanto, o juízo de que está falando a Bíblia ocorrerá no Céu.
                “Esse juízo não afeta os justos, os quais foram julgados antes da segunda vinda de Cristo ... . Neste juízo são julgados os ímpios que participarão da segunda ressurreição (Apocalipse 20:12, 13), ao diabo e a seus anjos, e se lhes determina o castigo que merecem.
                “Este juízo também serve para que os santos compreendam por que não se salvaram algumas pessoas que eles consideravam justas. Tal juízo desfará toda a dúvida da mente dos redimidos acerca da malignidade do pecado e a justiça e o amor de Deus.
                “O Todo-poderoso ficará vindicado ante o Universo, e a compreensão de Sua justiça garantirá a estabilidade eterna da criação.” – SRA/EP, p. 45.
                “A segunda fase do julgamento.  Desde 1844 até o fim do tempo da graça, o julgamento no Céu abrange a investigação dos registros das pessoas que aceitaram a Cristo nalguma ocasião da história terrestre. Todos aqueles cuja profissão de fé for considerada genuína serão levados para o Céu por ocasião do Segundo Advento de Cristo. Durante o Milênio, na segunda fase do julgamento, serão investigados os registros dos que rejeitaram a Cristo. Este será o julgamento dos ímpios mortos. O verso 4 nos diz que aqueles a quem for ‘dada autoridade de julgar’ estarão com Cristo durante mil anos.
                “Quem serão aqueles que irão julgar? São mencionados dois grupos especiais em Apocalipse 20:4. Primeiro há os mártires de todas as épocas; e, depois, os que aceitaram a mensagem do terceiro anjo e rejeitaram a imagem e o sinal da besta nos últimos dias (Apocalipse 13). Ambos os grupos demonstraram corajosamente sua total lealdade a Deus, em face de terríveis provações e ameaças. Apocalipse 20:6 indica que os remidos de todas as épocas ‘reinarão’ com Cristo durante o Milênio.
                “Quem será julgado por eles? O apóstolo Paulo diz que ‘os santos hão de julgar o mundo’ e ‘os anjos’. (Ver I Cor. 6:2 e 3; comparar com S. Judas 6.) A obra dos salvos, durante o Milênio, será julgar os ímpios de todas as épocas, incluindo os anjos maus.
                “’Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus atos com o código – a Escritura Sagrada, e decidindo cada caso segundo as ações praticadas no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas obras; e registrada em frente ao seu nome, no livro da morte. Igualmente Satanás e os anjos maus são julgados por Cristo e Seu povo.’ – O Grande Conflito, pág. 666.
                “Esta fase do juízo abrange aquele que não se achou inscrito no livro da vida (Apocalipse 20:15). Será realizado pelo Senhor junto com os redimidos durante o milênio (Apocalipse 20:4; I Coríntios 6:2, 3). Este juízo é para benefício dos santos que glorificaram a Deus ao comprovar a justiça de Deus expressa nos Seus juízos.” – SRA/EP, p. 80.
                “Qual é o propósito mais amplo dessa segunda fase do julgamento? No começo do grande conflito, Satanás acusou a Deus de ser injusto. No decorrer desse conflito na Terra, a humanidade muitas vezes expressou as acusações de Satanás. A segunda fase do julgamento é de capital importância para os santos. Ao ser examinado cada caso, ficará bem claro que Deus concedeu a cada pessoa a oportunidade de salvar-se; Ver-se-á que elas rejeitaram os Seus convites e que Ele foi totalmente justo ao excluí-las do reino eterno. Pelos séculos intermináveis da eternidade ninguém terá dúvida alguma quanto à misericórdia e justiça de Deus. Ninguém quererá rebelar-se contra Ele. Os registros do grande conflito terão provado definitivamente que Seu amor é infinito.” – LES893, p. 168 e 169.
Questões elucidadas para os remidos e para os perdidos.  De acordo com Apocalipse 22:11 e 12, o tempo da graça para os seres humanos terminará antes da Volta de Cristo. Podemos supor que isto se dará quando for concluído o juízo que precede o Segundo Advento. A prova mundial no tocante ao sinal da besta e ao selo de Deus, dividirá a última geração em dois grupos. Assim será determinado o destino de todas as pessoas – vivas ou mortas – antes que Cristo volte com o Seu galardão. Ninguém poderá ser salvo no julgamento durante o Milênio ou na fase executiva do juízo final, que se seguirão à volta de Cristo.
                “O juízo que precede o Segundo Advento proporcionará aos seres celestiais que não caíram amplas informações sobre as questões do grande conflito (Dan. 7:10); e o julgamento durante o milênio e a fase executiva do juízo final elucidarão as questões para os remidos e para os perdidos, respectivamente. Esses processos do julgamento nos dizem muita coisa sobre o caráter de nosso Criador. Ele quer que os seres inteligentes do Universo compreendam cabalmente a natureza do pecado e como o Céu lidou com ele. Todos verão e reconhecerão que Deus foi infinitamente misericordioso e justo.” – LES893, p. 168
Julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros - “Quais são os três benefícios que resultam do juízo investigativo que precede o Segundo Advento?
                1 - Ele é para benefício de Deus. Naturalmente, não Lhe revelará quem será salvo. Isso Ele já sabe. A principal finalidade do juízo investigativo é vindicar o caráter de Deus, defasando as dúvidas que Satanás suscitou acerca da justiça de Suas leis e de Seu trato com os seres criados. Ele demonstra claramente que Deus não destruirá seres rebeldes ou pecaminosos sem conceder a essas pessoas todas as oportunidades e recursos que o Céu pode prover para reconciliá-las com Deus. O Senhor precisa demonstrar que tratou a todos com imparcialidade, antes de excluir alguém da primeira ressurreição. E também que um número significativo de seres humanos mostrou-se sensível a tudo que Ele fez para salvá-los, sendo habilitados por Sua graça a guardar os Seus mandamentos.” - LES892, p. 75.
                “[2 -] O juízo que precede o Segundo Advento é para o benefício dos habitantes do Universo que não caíram. O objetivo é que, ’pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora pelos principados e potestades nos lugares celestiais’ (Efés. 3:10). Daniel viu a presença de ‘milhares de milhares ..., e miríades de miríade’ (Dan. 7:10) no julgamento celestial que precede o Segundo Advento. O desígnio de Deus é que ‘a angústia’ não se levante ‘por duas vezes’ (Naum 1:9). Por isso, é essencial que nenhum habitante do Universo tenha qualquer dúvida da justiça de Deus.
                [3 -] Esse julgamento é também para aqueles que agora vivem sobre a Terra. Cristo quer que os crentes vivos entrem numa relação com Ele que suporte o escrutínio (ou exame minucioso) do Universo.” - LES892, p. 74.

20:5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição.

                As duas ressurreições – “A primeira parte de Apocalipse 20:5 deve ser considerada como estando entre parêntesis. A última parte do verso 5 e todo o verso 6 se acham ligados ao assunto do verso 4. A ressurreição da vida, que Jesus predisse em S. João 5:29, é a ressurreição dos ‘bem-aventurados e santos’, no começo dos mil anos. A ressurreição da condenação é a ressurreição dos ‘restantes dos mortos’, no fim dos mil anos.
                “As duas ressurreições. É importante notar que Apoc. 20:5 e 6 está em harmonia com as outras partes das Escrituras que falam sobre o estado dos mortos. Estes permanecem inconscientes na sepultura até serem ressuscitados. (ver I Reis 2:2 e 10; Atos 2:29 e 34; Jó 14:12-15; Sal. 146:3 e 4; Ecles. 9:5, 6 e 10.) Tanto os justos como os ímpios vão para a sepultura ao morrer. Na Bíblia não existe o que se chama de ‘Purgatório’. (ver Jô 3:11-19.)
                “Haverá duas ressurreições: uma dos justos, e outra dos ímpios. Jesus, que ressuscitará ambos os grupos, ensinou esta verdade (S. João 5:28 e 29), e o apóstolo Paulo reafirmou-a (Atos 24:15).
                “Apocalipse 20:4-6 declara que essas ressurreições gerais dos justos e dos ímpios não ocorrerão ao mesmo tempo, mas estarão separadas pelo período de mil anos. A primeira ressurreição – a dos justos – dar-se-á por ocasião da Segunda Vinda de Cristo. Os ímpios mortos ressuscitarão na ressurreição geral no fim dos mil anos.
                “Depois de referir-se aos mártires, a Bíblia na Linguagem de Hoje traduziu Apocalipse 20:4 e 5 desta maneira: ‘Tornaram a viver e reinaram com Cristo durante os mil anos. (Os outros mortos não tornaram a viver até terminarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição.’ “ – LES893, p. 169 e 170.
                Visto que todos os ímpios estarão mortos e todos os justos estarão no Céu, não haverá nenhum ser humano durante o Milênio. Qual será a condição da terra durante esse tempo? Apoc. 16:18 e 20; II S. Ped. 3:10; Jer. 4:23-27.” – LES893, p. 165.
                II S. Ped. 3:10 – “Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas.”
                Jer. 4:23-27 – “Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e eis que não havia homem algum, e todas as aves do céu tinham fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra ficará assolada; de todo, porém, não a consumirei.”
                “O grande terremoto final certamente deixará o mundo num estado de caos e destruição. Jeremias estava predizendo a vinda dos babilônios para destruir o Israel apóstata e seu país. Mas a visão que ele teve também se aplica ao fim do tempo, quando os acontecimentos daquela época se repetiriam em escala mundial.
                “Nos escritos dos profetas do Antigo Testamento há muitas passagens que falam de destruição, devido ao pecado, no dia do Senhor, seguida de um período de desolação e, depois, por um tempo de restauração. Embora não haja outras passagens na Bíblia – além de Apocalipse 20 – que falem de um período de mil anos em que a terra ficará completamente desolada, há muitas passagens que descrevem a desolação da Terra. Note algumas:

Dia do Senhor                    Desolação da terra                           Restauração

Isa. 64:1-3                           Isa. 64:10-12                                      Isa. 65:9, 10 e 17-25
Isa. 66:14-16                       Isa. 66:24                                            Isa. 66:22 e 23
Eze. 33:21 e 27                   Eze. 33:28 e 29                                   Eze. 34-11-16 e 22-24
Sof. 1:2-18                           Sof. 2:4-7, 9, 11, 13-15; 3:6 e 8      Sof. 2:9; 3:9-20

                “As passagens acima têm uma aplicação histórica que era um tipo da situação que existirá no fim do tempo. Nem todos os aspectos da situação inicial se aplicam à situação secundária. Mas as semelhanças são consideráveis. Dias do Senhor locais e históricos apontavam para o Dia do Senhor do fim do tempo.” – LES893, p. 166

20:6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.

                Santo – “De acordo com a revelação bíblica, quem é santo? No sentido etimológico da palavra, que dizer separado. É por isso que a Bíblia Sagrada diz que a igreja deve ser santa, sem mácula nem ruga (Efésios 5:27). Os santos, dos quais fala a Bíblia Sagrada, não são mortos nem são estátuas. São os membros de igreja que se separam do pecado e seguem a Cristo, respeitando os princípios da Palavra de Deus. Você, eu, todos nós somos chamados por Deus para ser esses santos. (I S. Pedro 1:15-16; II S. Pedro 3:11; I S. Pedro 2:9; Colossenses 1:22).” – SRA/EP, p. 45
Primeira ressurreição – “Quais são as duas ressurreições sobre as quais nosso Senhor Jesus Cristo falou quando esteve na Terra? São João 5:28, 29. Resp.: a. ‘Os que tiverem feito o bem para a ressurreição da vida; ...’ (São João 5:29 p.p.). b. ‘...Os que tiverem praticado o mal para a ressurreição da condenação’ (São João 5:29 ú.p.). ...
“Este versículo [Apoc. 20:6] diz que são os justos que voltarão à vida (ressuscitarão) e reinarão com Cristo mil anos. Este é o milênio bíblico que começa com a primeira ressurreição. ...
“A primeira ressurreição ocorrerá quando Jesus voltar em glória e majestade.” – SRA/EP, p. 44.
“A profecia a respeito do milênio (Apoc. 19:11 a 20:15) profere uma bênção sobre os que ressuscitam na ‘primeira ressurreição’, pois não morrerão nunca mais (segunda morte), mas reinarão com Cristo (Apoc. 20:6). Nesta passagem não é declarado quando se dará a ‘primeira ressurreição’. Para obter esta informação precisamos volver-nos para outros textos, como I Tess. 4:16-18 e I Cor. 15:51-54, que situam essa ressurreição na Segunda Vinda.” – LES893, p. 165.
                I Tess. 4:16-18: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
                I Cor. 15:51-54: “Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória.”
“’Os mortos em Cristo’ (I Tess. 4:16) abrangem os justos que morreram desde o tempo de Abel até o fim do tempo. ‘Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.’ I Cor. 15:22 e 23. Esse ‘todos’ inclui os santos do Antigo Testamento, bem como os do Novo Testamento.” – LES893, p. 164.
A vida depois da morte começa na ressurreição. A Segunda Vinda de Cristo é o grande dia da vitória para o Céu. Cristo, o Salvador que possui a natureza humana, virá buscar os Seus, conforme prometeu (S. João 14:1-3). Os anjos, que formam os ‘carros de fogo’ mencionados na Bíblia (II Reis 2:11; Sal. 68:17), reunirão os remidos ‘para o encontro do Senhor nos ares’ (S. Mat. 24:31; I Tess. 4:17).
“A Bíblia nunca recomenda que o crente encontre conforto na idéia de que na ocasião da morte ele passará a desfrutar as glórias do Céu. A ênfase incide sempre sobre a esperança da ressurreição. (Ver S. João 11:24). A ressurreição de Jesus consolidou a esperança cristã de que Ele despertará os crentes falecidos quando voltar à Terra (S. João 6:40).
Os justos terão corpo imortal. ‘Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, se bem que não as mesmas partículas de matéria ou substância material que foram para a sepultura. ... Nenhuma lei de Deus na natureza demonstra que Ele restitui as mesmas partículas de matéria que compunham o corpo antes da morte. Deus dará aos justos mortos o corpo que Lhe aprouver.’ – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol.6, pág. 1.093. (Ver I Cor. 15:35-49.)” – LES893, p. 165.
Para onde serão levados os justos ressuscitados e os justos que estiverem vivos por ocasião da Segunda Vinda de Jesus? S. João 14:1-3; Apoc. 7:9-17.
“Jesus chamou o lar dos salvos após a Sua volta de ‘casa de Meu Pai’. Ele disse que voltaria para levar-nos ao lugar para o qual ascenderia em breve (S. João 14:2 e 3).
“O apóstolo João viu os remidos, logo depois de ter sido completada a redenção deles, em pé ‘diante do trono de Deus’, servindo-O ‘de dia e de noite no Seu santuário’ (Apoc. 7:15). O trono de Deus está dentro do Seu templo no Céu. (Ver Apoc. 4:1 e 2; 11:19; 15:5.) No fim do Milênio, o trono de Deus  será estabelecido na terra.” – LES893, p. 164 e 165.  
“A ressurreição de Cristo torna possível a ressurreição dos justos mortos. Se Ele não tivesse Se levantado dentre os mortos ‘os que dormiram em Cristo pereceram’ (I Cor. 15:18). Fiéis que viveram antes ou depois da cruz não teriam esperança de vida se Jesus não tivesse ressuscitado.” – LES963, lição 12, p. 6.

20:7 Ora, quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,

                Solto – “Ao ressuscitarem os ímpios, desaparecem as circunstâncias que impedem Satanás de atuar, pois terá a quem tentar. Apocalipse 20:8 demonstra que apesar dos mil anos de prisão, Satanás não mudará.” – SRA/EP, p. 46.
“Durante mil anos Satanás não terá ninguém para tentar ou enganar. Com a ressurreição dos ímpios (verso 5), a qual é a segunda ressurreição de Apocalipse 20 e S. João 5, ele reassumirá sua atividade. O ‘pouco tempo’ de que fala o verso 3 certamente indica que esse período será limitado. ‘Os que tiverem praticado o mal ressuscitarão para serem condenados.’ S. João 5:29, NIV.
                “A segunda ressurreição. ‘Com majestade terrível e pavorosa, Jesus chama então os ímpios mortos; e eles surgem com o mesmo corpo fraco, doentio, que foram à sepultura. Que espetáculo! Que cena! Na primeira ressurreição todos saem com imortal frescor, mas na segunda, os indícios da maldição são visíveis em todos. Os reis e os nobres da terra, os vis e desprezíveis, os doutos e os ignorantes, surgem juntamente. Todos contemplam o Filho do homem.’ – Primeiros Escritos, pág. 292.” – LES893, p. 170.

20:8 e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha.

Gogue e Magogue - O juízo executivo. O quadro apresentado em Apocalipse 20:7-9 é extraído de Ezequiel 38 e 39, que descrevem as forças de ‘Gogue, da terra de Magogue’, vindo como tempestade sobre Israel, nalgum ponto depois do seu retorno do exílio em Babilônia. O ataque nunca aconteceu porque Israel se afastou de seu concerto com Deus e rejeitou o Messias.
“Em visão, o apóstolo João previu forças do mal de aspecto semelhante atacando o Israel espiritual (os remidos) e a Nova Jerusalém no fim do Milênio. São organizadas pelo derrotado Satanás, o qual faz a última tentativa física para destruir o povo de Deus. Os salvos estarão novamente sobre a Terra, mas protegidos pelos muros da Cidade Santa. (Comparar Apoc. 21:2 com 20:9.)” – LES893, p. 171.

20:9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo do céu, e os devorou;

Cercaram Nova Jerusalém - “Aquilo que ele fará no fim do Milênio, procurando tomar a Cidade Santa e arrebatá-la de Deus, não é diferente do que esteve fazendo anteriormente. Sua história consistiu em batalhar contra Deus e acusa-Lo, atacar a Cristo, e enganar as pessoas, levando-as a servirem e adorarem a ele e aos poderes do mal por meio dos quais tem atuado.” – LES893, p. 170.
                “Que cena do julgamento final ocorrerá pouco antes da destruição dos ímpios? Apoc. 12:11-13; comparar com Zac. 14:9.” – LES893, p. 170.
                Zac. 14:9 – “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome.”
A recompensa dos justos. “Jesus e toda a hoste Angélica, e todos os santos, com as brilhantes coroas sobre as cabeças, ascendem ao cimo do muro da cidade. Jesus fala com majestade, dizendo: ‘Eis, pecadores, a recompensa do justo! E contemplai, Meus remidos, a paga dos ímpios!’“ – Primeiros Escritos, p. 293 e 294.
O Rei é coroado. “Na presença dos habitantes da terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus.” – O Grande Conflito, p. 272.
“Que cena impressionante ocorrerá então? Rom. 14:11; Fil. 2:9-11.” – LES893, p. 171.
Rom. 14:11 – “Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus.”
Fil. 2:9-11 – “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”
Todo joelho se dobrará. “Como que extasiados, os ímpios contemplaram a coroação do Filho de Deus... . Prostrando-se, adoram o Príncipe da vida... . E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença.” – O Grande Conflito, p. 675-677.
                Fogo do céu os devorou – ‘As forças do mal serão devoradas pelo fogo que descerá do céu (Apoc. 20:9). O elemento destruidor produzirá ó lago de fogo’ no qual os ímpios serão punidos e consumidos. (Ver Apoc. 20:14 e 15.) O diabo também será ‘lançado para destro do lago de fogo e enxofre’ (Apoc. 20:10).” – LES893, p. 171.
                “II São Pedro 3:10-12 leva-nos a crer que este fogo incendiará toda a Terra.” – SRA/EP, p. 114.

20:10 e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos.

                Fogo eterno – “Um fogo que não se apaga é um fogo que arde enquanto lhe resta uma partícula de combustível. Quando tudo o que pode ser queimado estiver consumido, o fogo desaparece. Isto é o que diz Malaquias 4:1-3, onde é dito que os ímpios arderão como restolho; que não ficaria deles nem raiz nem ramo; e que serão reduzidos a cinzas. Exatamente o mesmo explica Apocalipse 20. O fogo que cairá sobre o diabo, seus anjos e os adeptos do pecado, arderá sem cessar até que os consuma (20:9); ou seja, até terminar com eles. Por isso se diz que esta é ‘a segunda morte’ (20:14). Terminado o combustível, terminará o fogo. Por isso esse fogo será de conseqüências eternas, irreversíveis. Será a segunda morte.” – SAR/EP, p. 115.
“Quando o Apocalipse fala do fogo eterno, o faz numa linguagem que confunde aqueles que crêem que este durará toda a eternidade. Felizmente, no mesmo livro se explica o que Deus quis dizer, para que não fique dúvida a este respeito. Deus não está dizendo que por 80 anos de pecado alguém terá de arder milhões de anos na eternidade sem fim, pois quando o Senhor vier, dará ‘a cada um segundo as suas obras’ (Apocalipse 22:12). O sentido é que desse fogo não se poderá escapar, porque é um fogo de conseqüências eternas (Exemplo: Isaías 47:14). ...
“A Bíblia Sagrada mostra antecedentes para ajudar-nos a entender bem este assunto. Por exemplo, São Pedro diz que o castigo de Deus sobre Sodoma e Gomorra é ‘posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente’. (II S. Pedro 2:6). São Judas 7 diz especificamente que ‘Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas... são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição’.
“O próprio São Pedro diz que foram reduzidas a cinzas (II S. Pedro 2:6), não continuam ardendo hoje, o que mostra que esse castigo ilustrativo não é eterno em duração, mas é eterno em conseqüências.
“Eles não sobreviveram ao fogo, o qual foi irreversível em suas conseqüências.” – SRA/EP, p. 114.
                Atormentados pelos séculos dos séculos – “As versões correntes dão a entender que a besta e o falso profeta estiveram queimando durante todo o período dos mil anos. Mas não há evidências bíblicas em defesa desse conceito. É melhor traduzir Apoc. 20:10 dando-lhe o sentido de que o diabo foi lançado no lago de fogo e enxofre onde foram lançados a besta e o falso profeta. (O verso é omitido no texto grego e precisa ser suprido.) Esse triunvirato (o dragão, a besta e o falso profeta) sofrerá a mesma espécie de destruição. Os três serão destruídos pelo fogo que durará até que seja cumprida sua missão de punição e morte.” – LES893, p. 172.

20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles.

20:12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.

                “O julgamento perante o grande trono branco, a fase executiva do juízo final (Apoc. 20:11-15) abrange o mesmo aspecto que Apoc. 20:9. Simplesmente declara de modo mais pormenorizado que acontecerá entre o ataque à Cidade Santa por Satanás e as hostes dos perdidos, e sua destruição pelo fogo. A fase executiva do juízo final é descrita por Jesus de outra perspectiva (S. Mat. 25:31-46). Tanto os salvos como os perdidos receberão sua recompensa ou retribuição. Os justos herdarão o reino eterno (S. Mat. 25:34). Os ímpios sofrerão destruição – a segunda morte.” – LES893, p. 172.

20:13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.

20:14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.

                “Por que não haverá ressurreição da ‘segunda morte’? Apoc. 20:9, 10, 14 e 15.
                “A certeza dada aos cristãos em todas as épocas é a de que a derrota de Satanás é inevitável. O Calvário significou a sua ruína. Se lançamos a nossa sorte com Cristo, é-nos assegurado o livramento e a vida eterna. (Ver Apoc. 12:10; Heb. 2:14; S. João 12:31.)” – LES893, p. 171.
                Heb. 2:14 – ”Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo;”
                João 12:31 – “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.”
                “Só os vencedores em Cristo não sofrerão o dano da segunda morte (Apocalipse 2:11). A diferença entre a primeira morte e a segunda é que da segunda não há ressurreição. É a morte eterna. Como diz Ezequiel 28:19 sobre o altivo rei de Tiro, figura de Satanás (que também será lançado no lago de fogo): ‘jamais subsistirás’. Neste dia se cumprirá de forma irreversível a penalidade do pecado, que é a morte (Romanos 6:23). A Bíblia diz: ‘A alma que pecar, essa morrerá’ (Ezequiel 18:4).” – SRA/EP, p. 114.

20:15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.
               
                Lançado no lago de fogo – “Jesus mencionou a João no Apocalipse, 15 vezes o lago de fogo, a fim de que compreendêssemos que isto constituía uma parte necessária do plano da salvação, para abolir o pecado e preparar um lugar seguro para o remanescente fiel. São Pedro também fala disto ao declarar: ‘Porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar, sob castigo, os injustos para o dia do juízo’ (II São Pedro 2:9). Quando São Pedro diz que serão castigados no dia do juízo, está destacando que Deus é justo. Não lança ninguém no fogo sem que primeiro haja sido julgado e condenado. Isto coincide com o que diz nosso Senhor Jesus Cristo (São Mateus 13:40-42) e com Apocalipse 20, onde fica claro que o fogo não é agora, mas depois do milênio.” – SRA/EP, p. 113.
“O JUÍZO EXECUTIVO será o fim da rebelião e da trágica aventura do pecado. O Senhor extirpará para sempre Satanás, seus anjos, os adeptos de sua rebelião e todo vestígio do pecado. Esta fase do juízo é necessária para dar lugar aos ‘novos céus e nova Terra, nos quais habita justiça’ (II São Pedro 3:13).”

                “Assim como o câncer tem de ser eliminado ou do contrário se multiplicará até causar a morte e a destruição, o pecado, que é a transgressão da lei (I São João 3:4), tem de ser erradicado, do contrário transtornaria o Universo. Se insisto em contaminar-me com o pecado, é lógico que serei destruído com ele. Deus não pode permitir que o pecado contamine o novo reino que Ele estabelecerá, por isso acabará com o pecado, com seu instigador e com seus adeptos.” – SRA/EP, p. 114.