segunda-feira, 6 de julho de 2015

Apocalipse 14

Os 144.000 - As mensagens angélicas - A ceifa - A vindima

“[Em Apocalipse 14] Os característicos espirituais dos crentes que viveriam no tempo do fim e as mensagens destinadas a prepará-los para o Céu, são apresentadas com clareza.” – LES893, p. 118.
                “Os capítulos 14 e 15 descrevem a multidão representada pelos 144.000 fruindo o triunfo final no Céu, depois de seu conflito no fim do tempo, com a besta e sua imagem.”- LES893, p. 58
                “Apocalipse 7 retrata os 144.000 na Terra, antes de sua severa provação e da destruição do mundo. Apocalipse 14 os apresenta com Cristo no Céu, depois dos acontecimentos finais da história terrestre.” – LES893, p. 58.
                “O holofote profético projeta sua luz além do período do conflito final e focaliza momentaneamente uma cena de triunfo – a vitória da última geração vivente do povo de Deus – simbolizada pelos 144.000. A mulher coberta de luz (Apoc. 12:1) simboliza a Igreja triunfante. Então a profecia dá os pormenores de sua experiência precedente. Semelhantemente, a profecia descreve os 144.000 vitoriosos antes de relatar as mensagens especiais que, no fim do tempo, os preparam para o triunfo final.” – LES893, p. 57.
“Apocalipse 14:1-5 focaliza os vencedores, não as vítimas. Depois de seu conflito terrestre, os 144.000 estão diante de Deus, livres da perseguição, da tentação e do pecado. Sua pureza de caráter resultou de sua sincera aceitação das mensagens dos três anjos.” – LES893, p. 56.
                “Apocalipse 14:6-13 descreve as mensagens que o ‘remanescente’ proclama antes e durante o conflito com a besta de dois chifres (o falso profeta).” – LES893, p. 57.
                “O capítulo 14 começa com a cena encorajadora dos 144.000 no Céu imediatamente após a Segunda Vinda de Cristo. (versos 1 a 5.) Esta cena é seguida pela apresentação das mensagens a que os 144.000 atenderam antes do Segundo Advento. (Versos 6 a 13.) A terceira parte do capítulo descreve em termos simbólicos a colheita dos justos e a dos ímpios, por ocasião da volta de Jesus. (Versos 14 a 20.)
                “Não pode haver dúvida quanto ao período a que as mensagens dos três anjos se aplicam de modo especial. O capítulo 14 é precedido de uma apostasia mundial (capítulo 13), e seguida pela descrição das sete últimas pragas (capítulos 15 e 16). Essas pragas precedem imediatamente a vinda de Cristo.
                “É muito importante conhecer o tempo em que devem ser proclamadas as mensagens de Apocalipse 14:6-12, bem como a identidade dos que as proclamarão e dos que precisam ouvi-las. Também é muito importante ter clara compreensão do conteúdo dessas mensagens.
                “Elas se destinam ao nosso tempo. Focalizam as pessoas, os problemas, os enganos e as necessidades da época atual. Resultam em separação do mundo – a separação final do trigo e do joio (S. Mat. 13:24-30), das ovelhas e dos cabritos (S. Mat. 25:31-46), dos justos e dos ímpios.” - ­LES893, p. 71.

14:1 E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai.

                “É importante notar que a cena seguinte ao decreto de morte (Apoc. 13:15-18) descreve o remanescente como estando com Cristo no Monte Sião, fora do alcance das forças do mal (Apoc. 14:1). Durante o tempo da angústia, estão tão seguros como já estivessem no Céu com seu Senhor.” – LES963, lição 11, p. 4A.
                O Monte Sião é o Céu - “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial.” Heb. 12:22. Com os salvos de todas as épocas, os 144.000 estarão no Céu, ‘diante do trono de Deus ... no Seu santuário’ (Apoc. 7:15), imediatamente após a segunda vinda de Jesus. No livro do Apocalipse, o templo ou santuário está sempre no Céu. (Ver cap. 11:19; 15:5.)”- LES893, p. 57.
Nas suas testas tinham escrito o nome de Cristo e de Seu Pai – “A frase em grego de Apocalipse 14:1 significa: ‘tendo o Seu nome e o nome de Seu Pai escrito sobre suas frontes.’ (Comparar com Apoc. 3:12; 22:4.) O nome do Pai e o nome de Cristo são símbolos do caráter divino.
“O salmista escreveu: ‘Eu, porém, renderei graças ao Senhor, segundo a Sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo.’ (Sal. 7:17). O nome do Senhor é o símbolo de Sua justiça. Quando louvamos o nome do Senhor louvamos Seu santo caráter. O salmista também escreveu: ‘Tributai ao Senhor a glória devida ao Seu nome’ (Sal. 29:2). A glória do Senhor é Seu caráter infinitamente perfeito. ...
“O Espírito Santo traz a justiça de Cristo até o coração de cada fiel cristão (Rom. 8:9 e 10). Vivendo a experiência do novo nascimento (João 3:1-16), temos o selo inicial do Espírito, o ‘penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade’ (Efés. 1:14).
“A presença do Espírito em nosso coração resulta no crescimento espiritual até à completa vitória sobre o pecado, que é o pré-requisito para receber o selo de Deus do tempo do fim. Aqueles cujos nomes são mantidos no livro da vida são os vencedores pelo poder de Cristo (Apoc. 3:5). Apocalipse 6:11 traduzido literalmente diz: ‘E foi dada a cada um deles [dos justos mortos] uma roupa branca, e foi dito que deveriam esperar um pouco mais, até que seus irmãos e companheiros que estavam para ser mortos como eles o foram pudessem ser completos.’ Pelo poder do Espírito Santo, o povo de Deus do tempo do fim será feito completamente vitorioso em Cristo, durante ‘as bodas do Cordeiro’, o juízo pré-advento (Apoc. 19:2, 7 e 8). Então, eles são selados em suas frontes. Seus nomes serão conservados para sempre no livro da vida e Satanás não terá mais poder sobre eles. (Ver Primeiros Escritos, págs. 270 e 271.)
“O nome de Deus, o Seu caráter, é revelado por Sua obra criativa e redentiva, da qual o sábado é um sinal (Êxo. 31:13). Quem recebe a concessão do caráter de Cristo como um dom do Espírito Santo guarda o sábado como o grande memorial da sua vitória espiritual em Cristo.” – LES963, lição 9, p. 5.
“O nome de Deus simboliza o Seu caráter.” – LES893, p. 59.
“O selo de Deus é o nome de Cristo ‘e o nome de Seus Pai’ escritos na fronte (Apoc. 14:1). Aquele que vence o pecado pela graça de Cristo tem o nome dEle e o nome do Pai inscritos em sua pessoa (Apoc. 2:17; 3:12; 22:4). No Antigo Testamento, a palavra hebraica shem (‘nome’) às vezes é usada com o significado de ‘caráter’ (ver Jer. 14:7 e 21), e quase pode ser sinônimo da própria pessoa (ver Sal. 18:49).” - SDABC, vol. 6, p. 157. Muitos nomes visavam a indicar o caráter daqueles que os recebiam.” - LES892, p. 100.
“Os hebreus, como outros povos do antigo Oriente Próximo, davam grande importância aos nomes pessoais. Os seus nomes tinham um significado literal que às vezes simbolizava o caráter e a personalidade daqueles a quem designavam.” – SDA Bible Dictionary, p. 752, citado em LES893, p. 59.
 “O selo do Deus vivo só será colocado sobre os que são semelhantes a Cristo no caráter.” - LES892, p. 100.
“Quem responde à voz do Espírito, aceitando a Cristo como seu Salvador e Senhor e faz Sua vontade conforme revelada ns Escrituras, recebe o selo de Deus do tempo do fim. Quem aceita o controle dos demônios em sua vida, dá as costas a Cristo, rejeita Sua lei e recebe a marca da besta.” – LES963, lição 9, p. 1.
Ver Apêndice: “O nome de Deus”.
“Quando comparamos as duas passagens que tratam especificamente dos 144.000 (Apocalipse 7 e 14), vemos que há clara ênfase na profecia ao ‘selo de Deus’. O contexto dessas passagens denota que tal expressão é usada para transmitir três conceitos distintos mas interligados: caráter, propriedade e o sábado. ...
Os selados são propriedade de Deus.  Comparar II Tim. 2:19 com Apoc. 7:1-8; 14:1-5 e Ezeq. 9:4-6. ‘Assim como nos tempos antigos o selo sobre um objeto indicava a quem ele pertencia, o selo de Deus sobre o Seu povo proclama que Ele os reconhece como sendo Seus.’ – SDABC, vol. 7, pág. 782. ...
A observância do sábado – um sinal característico. Visto que o anjo com o selo [Apoc. 7:13] representa o mesmo movimento que o terceiro anjo, o qual acautela as pessoas contra a ‘marca da besta’, é evidente que o ‘selo de Deus’ abrange uma verdade que está sendo ensinada em contraste com o erro. A mensagem do primeiro anjo convida o mundo a retornar à adoração do Criador e faz alusão ao quarto mandamento (Apoc. 14:7; comparar com Êxodo 20:8 e 11). Os que atendem às três mensagens angélicas são apresentados como ‘os que guardam os mandamentos de Deus’ (Apoc. 14:12). O enfoque é o mandamento do sábado e a obediência a ele, como fator que distingue os verdadeiros adoradores de Deus dos adoradores da besta.
“Deus restringe os ventos da guerra total até que a mensagem do selamento tenha realizado a sua missão – a apresentação da verdade do sábado e a advertência acerca da aceitação do falso dia de repouso.” – LES893, p. 60 e 61.
                O sinal de Deus – “Dado ao mundo como o sinal do Criador, o sábado é também o sinal de Deus como nosso Santificador. [Ver Êxodo 31:13.] O Poder que criou todas as coisas é o que torna a restaurar a alma à Sua própria semelhança. Para os que guardam o sábado, esse dia é o sinal da santificação. A verdadeira santificação consiste na harmonia com Deus, na imitação de Seu caráter.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 17.
                “Compare a descrição dos 144.000 nesta passagem com a de Apocalipse 6:14 a 7:4, que retrata um terrível período pouco antes e durante o tempo do seu livramento. João conseguiu ver “quem poderá subsistir” (Apoc. 6:17). O capítulo 7, versos 1 a 8, revela que, daqueles que estiverem vivendo quando Jesus vier, os que poderão subsistir serão os 144.000. Este número é simbólico porque se acha contido numa profecia que é distintamente simbólica. Os ‘quatro anjos’, os ‘quatro ventos’, ‘o Oriente’’, e ‘o selo’ são símbolos proféticos (Apoc. 7:1-3). As doze tribos representam a última geração de crentes fiéis que participaram da experiência de justiça pela fé em Cristo. (Comparar com Gál. 3:27-29.) As tribos literais não existem mais, e é inconcebível que só 144.000 judeus ‘poderão subsistir’ (Apoc. 6:17) na segunda vinda de Jesus.” – LES893, p. 58. 

14:2 E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão e a voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam as suas harpas.

Música – “O apóstolo João ouve música celestial quando os remidos e os anjos se reúnem para juntos começarem a eternidade.” – LES893, p. 60.

14:3 E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil, aqueles que foram comprados da terra.

                Ninguém podia aprender – “Os 144.000 cantam algo de sua experiência, que outros não tiveram. ‘Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência – e nunca ninguém teve experiência semelhante.’ – O Grande Conflito, pág. 654. Eles se alegraram com o livramento quando viram a nuvem no oriente. Sua últimas horas de horrível perseguição, quando se achavam diante da morte e o mundo se colocou contra eles, deram lugar a indescritível exultação.” – LES893, p. 61 e 62.
                “A experiência é de natureza tão pessoal que somente os que passam por ela podem apreciar a sua significação. Para eles o cântico é o valioso e abrangente resumo das experiências pelas quais eles passaram nas etapas finais do conflito entre o bem e o mal.” – SDABC, vol. 7, p. 826, citado em LES893, p. 63.
                “Comunhão que influi sobre o caráter. T. H. Gibson escreveu o seguinte: ‘Os membros do grupo que se acha em pé sobre o monte Sião atingiram o clímax da comunhão com o Salvador iniciada durante os dias de sua vida terrestre. O que tem especial interesse para nós agora, é essa comunhão, a qual conduz hoje a alegria indizível e possibilitará amanhã que entoemos o cântico de louvor que outros não podem aprender.’ – ‘Os Companheiros do Cordeiro’, Our Firm Foundation (Washington, DC: Review and Herald Publishing Association, 1953), vol. 2, págs. 405 e 406.” – LES893, p. 57.
Comprados da Terra - “O caráter piedoso deste profeta [Enoque] representa o estado de santidade que deve ser alcançado por aqueles que hão de ser ‘comprados da Terra’ (Apocalipse 14:3), por ocasião do segundo advento de Cristo.” - Patriarcas e Profetas, p. 85.
                Ver Apêndice: “Semelhanças entre os 144.000 e Cristo” e “Comunhão”.

14:4 Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro.

Comprados da Terra - “O caráter piedoso deste profeta [Enoque] representa o estado de santidade que deve ser alcançado por aqueles que hão de ser ‘comprados da Terra’ (Apocalipse 14:3), por ocasião do segundo advento de Cristo.” - Patriarcas e Profetas, p. 85.
Não estão contaminados com mulheres - “Os 144.000 resistiram às investidas de ‘Jezabel’ e suas filhas (Apoc. 2:20-23). Ou, mudando de figura, eles não se deixaram atrair pela grande meretriz - Babilônia e suas filhas (Apoc. 17:1-6). São espiritualmente ‘sem mancha’ porque rejeitaram a contrafação de Satanás.” - LES892, p. 102.
                “Uma mulher é muitas vezes usada nas Escrituras para representar uma igreja: uma mulher pura, a Igreja verdadeira; e uma mulher imoral, a igreja apóstata (ver cap. 12:1). No capítulo 17:1-5, ... a Igreja de Roma e várias igrejas apóstatas que seguem as suas pegadas são simbolizadas por uma mulher impura e suas filhas. É a essas igrejas que o profeta certamente se refere aqui.
”Visto que toda a passagem é figurada, a virgindade literal, quer de homens ou de mulheres, não é o ponto que está sendo considerado. Se fosse, esta passagem contradiria outras passagens que enaltecem o casamento e a relação matrimonial (... I Cor. 7:1-5). Os santos são aí chamados virgens porque permaneceram afastados de Babilônia ou não tem mais nada que ver com ela... . Eles romperam toda ligação com Babilônia e suas filhas quando estas se tornaram as instrumentalidades de Satanás em seu derradeiro esforço para extirpar os santos.” – SDABC, vol. 7, p. 826, citado em LES893, p. 63 e 64.
“... as ‘mulheres’ de Apoc. 14:4, ... devem referir-se à coalizão de elementos religiosos – cristãos professos – que usarão de pressões e seduções para levar os santos a renunciarem a Deus e Seus mandamentos.” – LES893, p. 64.
“São [as dez virgens da parábola] chamadas virgens porque professam fé pura.” – Parábolas de Jesus, p. 406.
“A fé pura inclui não somente o conhecimento da verdade, mas também o ato de dar permissão ao Espírito Santo (simbolizado pelo azeite) para transformar a verdade numa experiência viva e pessoal nas coisas de Deus, semelhante à de Cristo.” – LES893, p. 64.
Seguem o Cordeiro – “Não precisamos esperar até sermos trasladados para seguir a Cristo. O povo de Deus pode fazer isto aqui na Terra. Só seguiremos o Cordeiro de Deus nas cortes celestiais se O seguirmos aqui. Segui-Lo no Céu depende de guardarmos os Seus mandamentos agora. Não devemos seguir a Cristo de modo esporádico ou inconstante, só quando isso nos é vantajoso,” – Comentários de Ellen G. White, SDBAC, vol. 7, p. 978, citado em LES893, p. 66
                Cristo, a primícia dos que dormem (I Cor. 15:20 e 23) – “S. Mateus 17:1-8 apresenta a Moisés vindo do Céu para estar com Jesus no monte da transfiguração. Ele fora ressuscitado mais de catorze séculos antes da ressurreição de Jesus. Estivera no Céu, com Jesus, por muito tempo. Mas os seus privilégios antes da ressurreição de Cristo só lhe foram concedidos porque Cristo seria ressuscitado. (Ver I Cor. 15:17 e 18; Heb. 9:15.) Neste sentido, Cristo é realmente as primícias de todos os que seriam ressuscitados como ‘santos’, quer vivessem antes ou depois da cruz. As ressurreições de Moisés, do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo e de Lázaro dependiam da ressurreição de Cristo.” – LES893, p. 65.

14:5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis.

                E na sua boca não se achou engano – “’O evangelho de Cristo transforma o homem pecaminoso e errante em alguém que não tem presunção, fingimento, dolo e pecado.’ – SDABC, vol. 7, pág. 827. Lembramo-nos das palavras de Sofonias: ‘Os restantes de Israel não cometerão iniqüidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa.’ Sof. 3:13. Os 144.000 são vivos exemplos do nono mandamento (Êxo. 20:16). Ellen White declara: ‘O selo de Deus ... jamais será colocado à testa de homens e mulheres de língua falsa ou coração enganoso.’ – Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 71.” – LES893, p. 65.. 
Estes...são irrepreensíveis – “O vocábulo grego que aparece nesse trecho significa ‘irrepreensíveis’, ‘sem mácula’, ‘sem defeito’. A mesma palavra é usada em I S. Pedro 1:19 para descrever a Jesus – ‘sem defeito e sem mácula’. Como poderia ser melhor retratado o caráter dessas ‘primícias para Deus e para o Cordeiro’, do que pelo uso de alguns termos idênticos aos que são utilizados para descrever o nosso Senhor? Eles receberam a justiça de Cristo e refletiram a glória do Seu caráter....
“Os que morrem crendo têm perfeição atual às portas da morte. (ver Col. 2:10.) Os fiéis que viverem Até quando Jesus vier experimentarão initerrupta vitória em virtude da contínua habitação do espírito Santo no coração deles.” – LES893, p. 66
“Cristo quer que os crentes vivos entrem numa relação com Ele que suporte o escrutínio (ou exame minucioso) do Universo.... O juízo que precede o Segundo Advento não terminará antes que os servos de Deus sejam selados definitivamente (Apoc. 7:3). Então o caráter deles estará inteiramente de acordo com a vontade de Deus (Apoc. 14:1). Eles cumprirão o que é declarado em Apocalipse 14:5: ‘Não se achou mentira em sua boca; não tem mácula’.” - LES892, p. 74 e 75.

14:6 E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo,

                A tríplice mensagem - “As mensagens dos três anjos estão ligadas ao assunto dos 144.000. A última geração vivente do povo de deus se compõe dos que atenderam às mensagens dos três anjos.
                “Os três ‘anjos’ são simbólicos, pois os cristãos – e não os anjos – foram incumbidos de pregar o evangelho eterno. (ver Apoc. 14:6; S. Mat. 28:16-20.) Eles simbolizam o testemunho e a pregação cristã. O tempo para essa atividade especial pode ser determinado pela própria profecia. Numa extremidade está o anúncio de que chegou a hora do juízo de Deus (Apoc. 14:6). Na outra extremidade encontra-se a Segunda Vinda de Cristo (Apoc. 14:14). Visto que as profecias de Daniel (capítulos 7 a 9) indicam que a fase inicial do juízo começou em 1844, as mensagens desses anjos simbólicos são transmitidas com a máxima clareza e urgência entre 1844 e a volta de Cristo.” – LES893, p. 71.
                “Estes anjos evidentemente são simbólicos, pois lhes foi confiada a tarefa de pregar o Evangelho eterno às multidões. Essa tarefa não foi confiada por Deus a anjos literais, mas aos seres humanos. Portanto, deve ser entendida como símbolo de um grupo de crentes anunciadores dessas mensagens.” – SRA/EP, p. 77
                A mensagem do primeiro anjo - “Ao estudarmos ... a mensagem do primeiro anjo, note que ela trata de questões muito significativas para a humanidade. Deus está apelando para o coração dos homens, no tempo do julgamento final. Note também o apelo para reverência e lealdade, numa época em que a maioria dos habitantes do mundo se volta para a adoração de outro poder (Apoc. 13:8).” – LES893, p. 71.
                Outro anjo – “Este ‘anjo’ ou ‘mensageiro’ representa ‘os santos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho eterno’ (SDABC, vol. 7, pág. 827). A palavra grega para ‘anjo’ às vezes significa um mensageiro humano (S. Mat. 11:10;S. Luc. 9:52). Indubitavelmente, anjos do Céu se acham intensamente envolvidos na mesma obra, mas a proclamação do evangelho foi confiada a crentes cristãos.” – LES893, p. 72.
                Voando pelo meio do céu – “Mensagem mundial. O rápido movimento do anjo pela atmosfera denota a importância da mensagem e a urgência com que é transmitida. Voar pela atmosfera que circunda a Terra representa a amplitude mundial da mensagem. Isto também é indicado pela declaração de que a proclamação  do anjo deve atingir todos os povos. Em grande voz [verso 7] significa que Deus quer que Seu último convite seja ouvido por todos.
”Alguns estudantes da Bíblia crêem que esse quadro profético está se cumprindo literalmente pela difusão da mensagem do evangelho pelo rádio e pela televisão.” – LES893, p. 75.
                Evangelho eterno – “A ‘mensagem do primeiro anjo’ é ‘o evangelho eterno’ (verso 6). É o anúncio do juízo que precede o Segundo Advento, e o apelo mundial para adorar o Deus verdadeiro. Esta mensagem de salvação, advertência e adoração deve ser transmitida a toda a humanidade nestes últimos dias.” – LES893, p. 72.
                “...as pessoas nos tempos do Antigo Testamento eram salvas pelo mesmo evangelho que salva as pessoas no tempo em que vivemos...(ver Heb. 1:1 e 2; 4:1 e 2; S. João 8:56; Gál. 3:8.)
                “O mesmo evangelho antes e depois da cruz. Alguns cristãos crêem que aqueles que viveram antes do primeiro advento de Cristo eram salvos por sua obediência à lei de Deus, mas agora os cristãos são salvos pela graça. A Bíblia mostra, porém, que só há um Deus, o qual tem o mesmo plano de salvação para todas as pessoas. A natureza do pecado é a mesma em todas as épocas: transgressão da lei de Deus (I S. João 3:4), e o plano da redenção sempre constituiu na justiça pela fé no Redentor que expiou os nossos pecados por Sua morte substituinte.
                “A obra do primeiro anjo é proclamar por todo o mundo esse mesmo evangelho eterno que não sofre alterações; a saber: que Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores que O aceitam como Senhor e Salvador.” – LES893, p. 73.
                “Estas passagens indicam que o plano da redenção foi elaborado na eternidade, antes da criação deste mundo. Isto explica por que o evangelho é ‘eterno’.
                “1. Rom. 16:25; I Cor. 2:7 – um segredo divino guardado no coração de Deus.
                “2. II Tim. 1:9 – graça estendida a nós por meio de Cristo.
                “3. I S. Ped. 1:18-20 – a morte expiatória de Jesus.
                “4. Efés. 1:4 e 5 – a Divindade resolve aceitar os que recebem a Cristo.
                “5. Tito 1:2 – vida eterna prometida aos que crêem.
                “6. S. Mat. 25:34 e 41 – o reino preparado para os remidos; destruição do diabo e seus anjos.
                “’A divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção. A fim de levarem a cabo plenamente esse plano, foi decidido que Cristo, o unigênito Filho de Deus, se desse a Si mesmo em oferta pelo pecado. Que linha pode medir a profundidade deste amor?’ – Conselhos Sobre Saúde, pág. 222.” – LES893, p. 74.
                “Já ouviu você falar do Evangelho do Apocalipse? Embora não haja nenhum livro com esse nome, existe esta realidade.
                Deus previu e planejou – “O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação ‘do mistério encoberto desde tempos eternos’. Rom. 16:25. Foi um desdobramento dos princípios  que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. Desde o princípio Deus e Cristo sabiam da apostasia de Satanás, e da queda do homem mediante o poder enganador do apóstata. Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência.” – O Desejado de Todas as Nações, ed. popular, p. 17 e 18. (Grifo acrescentado.)
                Cumprimento inicial – “A profecia da primeira mensagem angélica, revelada na visão de Apocalipse 14, teve o seu cumprimento no movimento do advento de 1840-44. Tanto na Europa como na América, homens de fé e oração tiveram sua atenção profundamente movida para as profecias, e, examinando o Registro Inspirado, viram convincentes evidências de que o fim de todas as coisas estava ás portas.” – História da Redenção, p. 356.
                Proclamação contínua – “Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 288. (Grifo acrescentado)
                “É nossa obra revelar aos homens o evangelho de sua salvação. Toda empresa em que nos empenhemos, deve ser um meio para esse fim.” – A Ciência do Bom Viver, p. 148, citado em LES893, p. 75.
                “Desde o Pentecostes, a fé cristã sempre tem sido mais bem-sucedida como movimento de obreiros voluntários. Por meio de estudos bíblicos pessoais, distribuição de literatura, seminários de diversos tipos e outros meios de testemunho, somos convidados individualmente a partilhar a graça de Cristo.” – LES893, p. 75.

14:7 dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

                A mensagem do primeiro anjo – “... inclui a  redenção, a obediência fiel, a posição certa no juízo, lealdade na adoração a Deus e testemunho diligente. É a mensagem que abre a porta para fazermos parte dos 144.000.” – LES893, p. 80.
                Temei – “A palavra grega é phobeo. Ela ‘não é usada aí com o sentido de ter medo de Deus, mas com a acepção de achegar-se a Ele com reverência e respeito. Transmite o pensamento de absoluta lealdade a Deus, de completa submissão à Sua vontade.’ – SDABC, vol. 7, pág. 827. A Bíblia reconhece duas espécies de temor de Deus. (ver Êxo. 20:20.)
                “Esta admoestação especial é muito oportuna. Solicita lealdade e completa entrega a Cristo nos últimos dias. ‘Por isso ficai também vós apercebidos’ (S. Mat. 24:44), estando cada dia preparados para a segunda vinda do Senhor.” – LES893, p. 76.
Reverência pelo Criador. A primeira ênfase dessa tríplice mensagem é o apelo para que a família humana ponha o Deus Criador no centro de sua vida. Não se trata de medo servil ou de terror abjeto, mas de ‘respeito’, ‘reverência’ e ‘honra’. ‘Correta atitude para com Deus é o fundamento da religião verdadeira.” – SDABC, vol. 1, p. 987, citado em LES893, p. 76.
                “Apropriado respeito e reverência pelo criador significa amorosa e voluntária obediência a Sua vontade. Isto requer uma atitude de supremo amor a Deus e de amor imparcial pelos semelhantes, da maneira indicada pelos Dez mandamentos. Damos glória a Deus quando vivemos física, mental e espiritualmente com o Seu desígnio a nosso respeito.” – LES89, p. 76
                É chegada – “’É chegada (ou chegou) a hora do Seu juízo.’ O tempo do verbo grego nessa passagem indica que começou o juízo.” – LES893, p. 77.
                “A mensagem da salvação tem sido pregada em todos os séculos; mas esta mensagem é uma parte do evangelho que só poderia ser pregada nos últimos dias, pois somente então seria verdade que a hora do juízo havia chegado... . Semelhante mensagem jamais foi apresentada nos séculos passados. S. Paulo ... não a pregou; indicara aos irmãos a vinda do senhor num futuro então muito distante. Os reformadores não a proclamaram. Martinho Lutero admitiu o juízo para mais ou menos trezentos anos no futuro, a partir de seu tempo.” – O Grande Conflito, p. 355 e 356.
                Hora do juízo – “Dois fatos importantes sobre esse juízo:
                “* O anúncio do começo do juízo faz parte da mensagem do evangelho. É-nos declarado que o anjo está proclamando ‘o evangelho eterno’ (verso 6.)
“* Esse juízo ocorre antes da Segunda vinda de Jesus, pois o evangelho será pregado por todo o mundo antes que Ele venha. (Ver S. Mat. 24:24.) Há duas outras mensagens para o mundo que vêm depois do anúncio do juízo. Por isso, o juízo de Apocalipse 14:7 precede o advento.” – LES893, p. 77.
Ver Apêndice: “A hora do juízo”.
Instâncias de juízo- “Três instâncias de juízo aparecem aqui [em Apocalipse 14]: Uma durante a mediação de Jesus, nosso advogado (I São João 2:1), quando Ele intercede enquanto é investigada a conduta dos crentes; outra instância é quando se fecha a porta da graça e o Senhor vem para ceifar a messe da terra, Seu povo redimido (Apocalipse 14:15, 16); e a terceira aparece nos versículos seguintes quando as uvas são lançadas no lagar da cólera de Deus (Apocalipse 14:17-20), o que ocorrerá com a destruição dos ímpios.” – SRA/EP, p. 75.
“Quando a Santa Bíblia fala do juízo final, se refere pelo menos a três etapas ou fases: 1. Juízo Investigativo, antes da segunda vinda de Cristo, o qual tem a ver com os fiéis. 2. Juízo de Comprovação, que será realizado pelos santos no Céu, durante o milênio. 3. Juízo Executivo, que será aplicado sobre os ímpios, Satanás e seus anjos no fim do milênio.” – SRA/EP, p. 77.
Adorai o Criador - “Três ordens na mensagem do primeiro anjo. O apelo do primeiro anjo contém três ordens: 1)Temer a Deus; 2) Dar-Lhe glória; e 3) adorá-Lo por ser o Criador. Esta última ordem recomenda que a família humana reconheça o seu Criador e faz alusão à fraseologia do quarto mandamento: ‘Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas.’ Apoc. 14:7;  comparar com Êxo. 20:11.” – LES893, p. 77.
“Essa mensagem é o oposto da teoria da evolução, pois exige a adoração a Deus nos termos do mandamento do sábado (Êxodo 20:8-11) e adquire grande solenidade na época do juízo que João viu em progresso no santuário do Céu.” – SRA/EP, p. 131.
“Enquanto o fato de que Ele é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar, permanecerá o sábado como sinal e memória disto. ...A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, ‘Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas’. Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento.” – O Grande Conflito, p. 437 e 438.
“O apelo para observar o sábado de Deus faz parte da mensagem do primeiro anjo. Somos convidados a adorar o Criador no dia que constitui o monumento comemorativo de Sua obra criadora. Isto também faz parte do evangelho eterno.
“A adoração e lealdade de muitos apenas é superficial. Segundo é ensinado pela parábola das dez virgens (S. Mat. 25:1-13), o que é genuíno e verdadeiro precisa tornar-se evidente.
“’O ser defeituosa a lei pronunciada pela própria voz divina, o haverem sido certas especificações postas à margem, eis a pretensão apresentada agora por Satanás. É o último grande engano que ele há de trazer sobre o mundo. Não necessita atacar toda a lei; se pode levar os homens a desrespeitar um só preceito, está conseguindo seu objetivo... . Consentindo em transgredir um preceito, são os homens colocados sob o poder de Satanás.’ – O Desejado de Todas as Nações, ed. Popular, págs. 733 e 734.” – LES893, p. 79.


14:8 Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.

                A mensagem do 2º anjo – advertência aos que não atenderam à mensagem do 1º anjo – “Quando alguém rejeita a mensagem do evangelho, as instâncias do Senhor não cessam imediatamente. São enviadas advertências a fim de despertar o indivíduo para sua grande necessidade e para a capacidade de Cristo para supri-la. A mensagem do segundo anjo é uma advertência mundial aos que não atenderam à mensagem do primeiro anjo. O maior inimigo da humanidade nos últimos dias é a ‘Babilônia’ mística ou antitípica. Como o Senhor nos ama infinitamente, Ele revela a iniqüidade desse falso sistema religioso e recomenda que não tenhamos nada que ver com ele.” – LES893, p. 83.
                “A mensagem do segundo anjo denuncia a apostasia e se complementa com a dramática advertência de Apocalipse 18, onde Deus diz a Seu povo que deve sair das igrejas doutrinariamente equivocadas a fim de são ser cúmplice nos seus pecados nem participar de seus flagelos (18:4).” – SRA/EP, p. 131.
                Paralelismo de três colunas – “Compreender a significação da segunda mensagem Angélica requer um paralelismo de três colunas. A primeira coluna trata de Babilônia literal, da maneira como existia nos tempos do Antigo Testamento, com os seus objetivos e pretensões. A segunda coluna contém a mensagem do segundo anjo, do modo como foi interpretada e proclamada por Guilherme Miller, em 1844. A terceira coluna constitui um quadro do cumprimento final da segunda mensagem Angélica pouco antes da volta do Senhor. ...
                “As Escrituras contém muitas advertências e apelos decisivos. Pouco antes do Dilúvio, Deus advertiu uma geração corrupta e perversa (Gen. 6:3). Ao antigo povo de Israel foram concedidos 490 anos de advertências e apelos (Dan. 9:24-27). Esse período terminou em 34 A.D. Eles também rejeitaram a direção do Espírito Santo.
“A mensagem do segundo anjo (Apocalipse 14) salienta uma advertência final” – LES893, p. 83.
Ver Apêndice: “A aplicação da Segunda Mensagem Angélica por Guilherme Miller em suas pregações em 1844”.
                Seguiu – “O verbo grego traduzido por ‘seguiu-se’ nos versos 8 e 9 encerra a idéia de ‘acompanhar’ ou ‘seguir em companhia de’. Assim, depois de ser transmitida a primeira mensagem, é acrescentada a segunda e, finalmente, a terceira – formando desse modo, com o tempo, por assim dizer, um acorde musical de três notas, e continuando a ser uma mensagem unida e harmoniosa até o fim do tempo.” – LES893, p. 71
                Babilônia Antiga usada como símbolo – “O Apocalipse foi escrito perto do fim do primeiro século da Era Cristã. As aplicações de suas numerosas profecias se estendem ao futuro, a partir do tempo do apóstolo João. Nesse tempo não havia mais uma cidade literal com esse nome, nem haveria outra no futuro. Precisamos, portanto, encarar o uso dessa palavra, pelo apóstolo, como simbólico. No contexto em que ele a emprega, ela se aplica ao fim do tempo. (Ver Apoc. 17 e 18.)” – LES893, p. 84.
                Origem da Babilônia Antiga – “As origens de Babilônia são primeiro mencionadas na descrição das tentativas de Ninrode para fundar uma cidade na planície de Sinear (Gen. 10:8-10). Ele e seus seguidores opuseram-se à ordem de Deus para se espalharem pela Terra. Comparar a ordem de Deus (Gen. 9:1, 7, 18 e 19) com o espírito de oposição que se desenvolveu na planície de Sinear (Gen. 11:1, 4, 8 e 9). Assim, desde o começo a cidade representou descrença e rebeldia. Foi uma cidadela de rebelião contra Deus. Após o juízo divino que confundiu as línguas das pessoas, o povo de Deus chamou a cidade de Babel, que significa ‘confusão’.
                “A maioria das referências a Babilônia, na Bíblia, dizem respeito ao Império Neobabilônico desenvolvido por Nabucodonosor, perto do fim do sétimo século A.C. Caracterizou-se pelo orgulho e cruel opressão. Estas características: confusão, orgulho e opressão – se refletem no símbolo de ‘Babilônia’ empregado por João.” – LES893, p. 85 e 86.
“No idioma babilônico, o nome Bab-ilu (Babel ou Babilônia) significava ‘porta dos deuses’ ... . Desde o começo, a cidade era um símbolo de descrença no Deus verdadeiro e de desafio a Sua vontade, ... e sua torre foi um monumento á apostasia, uma cidadela de rebelião contra Ele.” – SDABC, vol. 7, p. 828 e 829, citado em LES893, p. 84
                “Gênesis 11:9 indica que o nome Babel significa ‘confusão’. Para os hebreus, esse nome provinha evidentemente do verbo hebraico balal, que quer dizer ‘confundir’. É possível que originariamente o nome Babel proveio do verbo babilônico babalu, que significa ‘espalhar’ ou ‘desaparecer’. (Ver SDA Bible Dictionary, págs. 108 e 109.)” – LES893, p. 84
                A destruição da Babilônia Antiga – “Babilônia manteve o povo judeu em cativeiro por setenta anos, de 605 a 536 A.C. Pouco tempo do fim desse período, em 539 A.C., os persas tomaram Babilônia. Depois da tomada da cidade e do estabelecimento de seu império, Ciro promulgou um decreto permitindo o retorno dos judeus a sua pátria (Esdras 1). É por isso que nas Escrituras, Ciro e seus exércitos (reis do Oriente) são usados como símbolo de Cristo e Seus anjos, os reis antitípicos do “oriente”. Como Ciro libertou o povo de Deus da Babilônia antiga, assim, no Segundo Advento, Cristo e os anjos libertarão finalmente os fiéis das perseguições da Babilônia antitípica. (Comparar Isa. 41:2; 44:28 com Apoc. 16:12; 17:14; 19:11-16.)
                “Embora os persas, nessa ocasião, deixassem a cidade intacta, após diversas rebeliões contra o domínio persa nos reinados de Dario I e Xerxes, por volta de 480 A.C. eles destruíram os palácios, templos e muros de Babilônia. Nos tempos modernos, ‘a cidade tem servido de fonte de tijolos’ (SDA Bible Dictionary, pág. 111).” – LES893, p. 85.
                Babilônia no NT – “Babilônia também é mencionada no Novo Testamento. Pedro enviou saudações da igreja em ‘Babilônia’ (I S. Pedro 5:13). Os comentaristas, em geral, admitem que, com essa expressão, ele se referiu a Roma, e não ao insignificante lugarejo que era tudo quanto restava de Babilônia literal... . No Apocalipse, Babilônia constitui um símbolo de oposição a Cristo e Seus seguidores (Apoc. 14:8; 16:19; 17:18).” – SDA Bible Dictionary, p. 113, citado em LES893, p. 85.
                Babilônia no Apocalipse – “No livro do Apocalipse, ‘Babilônia’ é a união religiosa (do papado, do protestantismo apostatado e do espiritismo; Apoc. 16:13 e 14) que estabelece a imagem da besta e persegue o fiel povo de Deus (Apoc. 13:15-17; 17:6). Essa união religiosa que se opõe a Cristo e Sua verdade, é amparada pelo governo secular. Em Apocalipse 17, a grande besta escarlate pode ser encarada como o poder secular dominado por Satanás; e a mulher sentada sobre a besta, como a união religiosa: ‘Babilônia’.” – LES893, p. 86.
                Identificação da Babilônia atual – “1. No Antigo testamento a nação de Babilônia é comparada a uma mulher (Isa. 47:1 e 7-9).
                “2. A mulher descrita em Apocalipse 17:1-6 é uma ‘meretriz’. Isto denota que antes ela era pura e virtuosa. Seu nome atual é ‘Babilônia, a Grande’ (verso 5).
                “3. Em certa época, a mulher de Apocalipse 12:1 e a mulher do capítulo 17:1 foram uma só: o povo de Deus, a Igreja de Cristo da maneira descrita em Atos e nas Epístolas do Novo Testamento.
                “4. O apóstolo Paulo predisse que a apostasia se manifestaria de tal modo na Igreja Cristã que se transformaria no ‘homem do pecado’ – o sistema papal (ver II Tess. 2:3).
                “5. O cristianismo formou uma união com o paganismo. (Ver O Grande Conflito, págs, 47 e 48.)
                “6. No Antigo Testamento, o povo de Deus, Israel, é retratado como estando desposado com Deus (Ezeq. 16:8). Quando Israel começou a ter ligações com os egípcios, assírios e caldeus, isto corrompeu sua fé. A idolatria e os costumes pagãos impregnaram e alteraram sua experiência religiosa. As uniões ilícitas de Israel são, portanto, consideradas como prostituição (ver Ezeq. 16:15, 26 e 28-38). Deus encarou a nação como ‘meretriz’.
                “7. Semelhantemente, nos primeiros séculos da Era Cristã, o cristianismo transigiu com o paganismo por meio de suas ligações ilícitas com o mundo. Em Apocalipse 12:1 uma mulher pura é o símbolo dos leais crentes em Cristo. Em Apocalipse 17:1, a mulher corrupta é um símbolo do cristianismo apostatado.
                “8. Essa apostasia cristã é chamada ‘Babilônia’ por duas razões: 1ª Suas crenças são uma confusão de paganismo e cristianismo (verso 4). 2ª Ela persegue e oprime a outros cristãos (versos 6 e 18). A ‘Grande Babilônia’ ou ‘Babilônia, a Grande), apresentada como uma mulher montada numa besta, representa a união da Igreja e do Estado (versos 3-5). É o grande perseguidor dos santos de Deus (verso 6) e um poder religioso que influi sobre as questões políticas da Terra (verso 18). Esse poder é o papado, o mesmo poder retratado pelo símbolo da besta em Apocalipse 13:1-10 e da ponta pequena em Daniel 7:25. A ‘Grande Babilônia’ do fim do tempo abrange todo o conjunto de religiões falsas que se levantam contra Deus. ...
“Quando as corporações religiosas abandonam a verdade de Deus, quando substituem as doutrinas da Palavra de Deus pelas doutrinas de homens, quando resistem às admoestações do Espírito Santo e se aliam para promulgar os seus erros, usando a autoridade civil para impor as suas idéias, eles estão se tornando Babilônia.” – LES893, p. 87 e 88. (destaque acrescentado)
“Aqui está falando de uma babilônia mística ou simbólica, pois a literal já havia sido destruída nos tempos do Antigo Testamento e Isaías 13:19-21 declara que nunca mais seria habitada. É interessante notar que a Bíblia de Jerusalém (tradução católica com imprimatur), comentando Apocalipse 17:5 diz que ‘Babilônia é o nome simbólico de Roma’. Devido ao sentido iminentemente religioso da mensagem dos três anjos, devemos interpretar esta caída como espiritual ou religiosa. O comentário da Bíblia de Jerusalém diz que Roma arrastou todas as nações à idolatria.” – SRA/EP, p. 117.
Igrejas protestantes, partes de Babilônia - “O protestantismo no passado e agora. Apocalipse 16:19 indica que a ‘Grande Babilônia’ abrange muito mais do que o papado, embora esse sistema de religião constitua o seu coração. Nessa passagem Babilônia é simbolizada por uma cidade de três partes.
“O capítulo 17, verso 2, menciona que ‘os reis da Terra’ estão em união ilícita com Babilônia. O verso 5 diz que ela é ‘a mãe das meretrizes’. Suas filhas são outras igrejas que tem algumas semelhanças cm a mãe. Estas só podem ser as igrejas protestantes que surgiram na reforma do século dezesseis e que romperam com Roma, na tentativa de estabelecer verdadeira base bíblica para a crença. Infelizmente, as igrejas reformadas não se desfizeram de todos os erros defendidos por Roma. Pela graça de Deus, fizeram, porém, grande progresso – algumas mais, outras menos. A direção, em geral, foi para as verdades bíblicas e a pureza do evangelho. No começo, as grandes denominações protestantes permaneceram firmemente sobre a elevada plataforma da autoridade da Bíblia, da personalidade de Deus, da divindade de Cristo, da expiação pelo Seu sangue e do Segundo Advento de Cristo.” – LES893, p. 89.
“Declara-se que Babilônia é ‘mãe das prostitutas’. Como sua filhas devem ser simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita com o mundo. A mensagem de Apocalipse 14, anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se ás organizações religiosas que se corromperam.” – O Grande Conflito, p. 382.
“Quando a verdade é repelida, é recebido e acariciado o erro.” – História da Redenção, p. 366.
“A visão do Apocalipse [Apoc. 17:5] revela que Roma é a igreja-mãe. Esta tem filhos que a deixaram e filhas que saíram dela, mas apesar de havê-la abandonado conservam muito de seus vícios e da sua conduta religiosa equivocada. Saíram da casa da mãe meretriz, mas embriagados com o vinho doutrinário que ela havia adulterado. Este versículo nos ajuda a entender que evidentemente Babilônia é uma espécie de sobrenome ou nome de família e que a grande Babilônia inclui Roma e as outras guardadoras do domingo, etc. Isto pode causar admiração, mas Deus o revela com clareza.” – SRA/EP, p. 122,
                Caiu Babilônia – “Babilônia é um termo abrangente que João emprega para descrever todas as corporações e movimentos religiosos que abandonaram a verdade. Esse fato requer que encaremos essa ‘queda’ como gradual e cumulativa.” – SDABC, vol. 7, p. 830, citado em LES893, p. 86.
                Tem dado a beber – “Há três formas básicas pelas quais Babilônia, como a personificação do mal e da confusão, conseguirá unir as pessoas: lisonja, decepção e força. A mensagem do segundo anjo focaliza a terceira estratégia ao dizer que Babilônia ‘tem dado a beber’ (forçado) às nações a se intoxicar com o vinho de suas falsas doutrinas. ..
“Embora Deus seja soberano, Ele não força a vontade das pessoas. ... Em nossa obra de espalhar as singulares mensagens dos três anjos temos de ser cuidadosos no sentido de deixar que as pessoas tenham liberdade para escolher. Em vez de prescrever exatamente o que a pessoa tem de fazer, talvez o melhor caminho seja dizer-lhe: ‘Vamos ver o que a Bíblia tem a dizer sobre isso? Depois de estudar a Palavra de Deus você mesmo irá perceber o que Deus deseja.” – LES963, lição 7, p. 5A.
“Quando alguém faz que realizemos alguma coisa, ele está usando a força, a coerção ou compulsão. Isto suscita um sentimento de revolta. No entanto, a maior parte do mundo aceitará o sinal (ou marca) da besta quando for usada a força para impô-lo (Apoc. 13:16 e 17). O mistério em conexão com o ato de Babilônia compelir todas as nações a fazerem o que ela quer é o fato de que essas nações parecem deleitar-se em beber o seu vinho! Isto nos leva a duas conclusões: 1ª O diabo está sendo bem-sucedido na execução de seus planos. 2ª O ato de as nações beberem o vinho de Babilônia é o resultado de alguma forma de engano. Parece que elas não sabem que o vinho é o da ira final. Esse vinho não é bom, mas as nações bebem-no assim mesmo.” – LES893, p. 88 e 89.
                Vinho da fúria da sua prostituição – “Uma figura da conexão ilícita entre a Igreja e o mundo ou entre a Igreja e o Estado. A Igreja deve estar desposada com o seu Senhor, mas quando busca o apoio do Estado, ela abandona o seu legítimo esposo. Por sua nova ligação, comete fornicação espiritual.” – SDABC, vol. 7, p. 831, citado em LES893, p. 90
                “Esse vocábulo pode abranger qualquer relação ilícita que Babilônia tenha com o mundo, com falsas doutrinas, com a idolatria e com o poder civil. Parece ser evidente que ela finalmente se envolverá em tudo isso.” – LES893, p. 90
                “[Babilônia] tem desprezado o único mandamento que aponta para o Deus verdadeiro, e desarraigou o sábado, o memorial da criação efetuada por Deus... . Na Palavra de Deus isso é chamado ‘sua fornicação’.” – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol.7, p. 979, citado em LES893, p. 90.
                “O antigo Testamento fala muitas vezes [II Crôn. 21:5 e 11; Ezeq. 16:26] da apostasia de Israel e de seu afastamento de Deus – seu Noivo ou Marido. Israel buscou outros deuses, praticou a idolatria e manteve ligações proibidas com outras nações. Tudo isso é chamado ‘fornicação’, ou ‘prostituição’. A mesma palavra se aplica à aceitação dos erros de ‘Babilônia’ pelas nações modernas.” – LES893, p. 90.
                “Isto realça indiscutivelmente a tremenda importância que tem para Deus a necessidade de manter as doutrinas puras, como Ele as deu e respeitá-las.” – SRA/EP, p. 122.
                Vinho – “Pode-se dizer que o cálice da comunhão, de puro suco de uva, que Cristo ofereceu aos apóstolos como ‘a nova aliança no Meu sangue’ (I Cor. 11:25) simboliza todas as verdades de que se compõe o plano da salvação. A Igreja de Cristo deve continuar oferecendo esse cálice ao mundo. Mas Babilônia, a apostasia cristã, só pode oferecer vinho fermentado.
                “Lemos em Jeremias 51:7: ‘Do seu vinho beberam as nações, por isso enlouqueceram.’ (Ver também O Grande Conflito, págs. 388 e 389.) Eis algumas das doutrinas que se encontram no cálice de Babilônia papal:
                “1. A tradição e a autoridade da Igreja estão acima da Bíblia.
                “2. O batismo infantil.
                “3. Adoração de Maria e dos santos.
                “4. A imortalidade da alma; o tormento eterno no inferno.
                “5. A missa e a transubstanciação.
                “6. Confissão dos pecados ao sacerdote.
                “7. A penitência.
                “8. O purgatório.
                “9. A infalibilidade do papa.
                “10. O caráter sagrado do domingo.
                “Dois desses erros – a imortalidade da alma e a santidade do domingo – contribuirão para unir a confederação total da apostasia que comporá a grande cidade da Babilônia mística no conflito final com o erro. (Ver O Grande Conflito, pág. 592.)“- LES893, p. 90 e 91.
                “Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderes da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé, e por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções das Sagradas Escrituras.” – O Grande Conflito, p. 387 e 388.
                Ver Apêndice: “Vinho: doutrina adulterada”.
                Ira – “A ira não é o objetivo de Babilônia ao oferecer seu vinho às nações. É isso que constitui um de seus maiores enganos – fazer as pessoas pensarem que ela lhes está oferecendo paz e bênção. Traz-nos à lembrança de Jeremias quando Israel ofendeu a Deus sendo desleal e dizendo ‘Paz, paz; quando não há paz.’ Jer. 8:11.
                “A ira é o desagrado de Deus. Beber do cálice de Babilônia não trará paz à humanidade, mas a ira de Deus. A ira da prostituição de Babilônia será a ira de Deus sobre todos os que aceitaram a religião deturpada por Babilônia. (ver Apoc. 14:10.)” – LES89, p. 90
                O tempo da queda – “Contudo, não se pode dizer ainda que ‘caiu Babilônia, ...que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição’. Ainda não deu de beber a todas as nações... .
                “A Escritura Sagrada declara que Satanás, antes da vinda do Senhor, operará ‘com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça’; e ‘os que não receberam o amor da verdade para se salvarem’ serão deixados à mercê da ‘operação do erro, para que creiam a mentira’. I Tessalonicenses 2:9-11. A queda de Babilônia se completará quando esta condição for atingida, e a união da igreja com o mundo se tenha consumado em toda a cristandade. A mudança é gradual, e o cumprimento perfeito de Apocalipse, capítulo 14, verso 8, está ainda no futuro.” – O Grande Conflito, p. 389.
                Sai dela, povo meu – “O capítulo 18 do Apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da tríplice mensagem do capítulo 14, versos 6-12, a igreja terá atingido completamente a condição predita pelo segundo anjo, e o povo de Deus, ainda em Babilônia, será chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem é a última que será dada ao mundo, e cumprirá a sua obra. Quando os que ‘não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade’ (II Tessalonicenses 2:12), forem abandonados para que recebam a operação do erro e creiam a mentira, a luz da verdade brilhará então sobre todos os corações que se acham abertos para recebê-la, e os filhos do Senhor que permanecem em Babilônia atenderão ao chamado: ‘Sai dela, povo meu.’ Apocalipse 18:4” – O Grande Conflito, p. 390.
                Decadência de Babilôniapecados acumulados – “Da verdade para o secularismo e para o espiritismo. Desde o desapontamento em 1844, a teoria da evolução e a influência da crítica destrutiva da Bíblia têm causado muita descrença na cristandade. No pensamento de grande número de pessoas não há lugar para milagres ou para a intervenção sobrenatural de Deus.
                “Muitos cristãos deixaram de lado a oração a um deus pessoal. A divindade de Cristo, Seu nascimento virginal, ações miraculosas, ressurreição literal e corpórea têm também sido rejeitados.
                “O quadro tornou-se mais confuso com a vasta difusão do espiritismo e o volver de muitos cristãos para religiões orientais e numerosas seitas. O Movimento da Nova Era, com suas raízes no ocultismo e no misticismo oriental, impregna todos os níveis da sociedade, influenciando as pessoas nos negócios de saúde, na educação e nos entretenimentos. Não é de admirar que Deus nos advirta da queda de Babilônia e apele para que Seu povo se retire dela (Apoc. 18:4 e 5).” – LES893, p. 92.
                “Babilônia mística se destaca consideravelmente no estudo dos acontecimentos finais da história terrestre. Os adventistas que participaram do movimento de 1844 viram as atuações iniciais dos elementos que caracterizarão a ‘Babilônia’ do fim do tempo. Hoje vemos muito mais do que eles, pois a apostasia doutrinária mundial está vagarosa mas obstinadamente levantando a pavorosa cabeça. As nações estão bebendo do vinho de Babilônia. O ponto de total intoxicação assinalará a queda total de Babilônia.” – LES893, p. 92 e 93.

14:9 Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão,

                A besta – “Esta besta é descrita em Apocalipse 13:1-10. ‘Pela primeira besta é representada a Igreja de Roma, uma organização eclesiástica revestida de poder civil, tendo autoridade para punir todos os dissidentes.’ – História da redenção, pág. 381. A segunda besta de Apocalipse 13 (versos 11-18) ordena que a humanidade adore a primeira besta, semelhante a leopardo.
                “Sete pontos de identificação nos habilitam a identificar a primeira besta de Apocalipse 13 com o papado:
                “a) É um poder blasfemo (13:1, 5 e 6).
                “b) Sua elevação dependeu de outro poder (13:2).
                “c) Houve determinado tempo na História durante o qual Deus permitiu que atuasse como supremo poder eclesiástico (13:5).
                “d) Amparada pelo poder civil, ela estabeleceu um sistema de culto que se opõe ao cristianismo bíblico (13:4, 7 e 8).
                “e) É um poder perseguidor (13:7).
                “f) Tem influência mundial (13:7).
                “g) Seu número é 666 (13:18).” – LES893, p. 99.
                O tempo da mensagem – “O cumprimento de Apocalipse 14:9 só se dará quando houver sido formada a imagem à primeira besta e for imposta a marca ou sinal da besta. Quando ocorrer o cumprimento dessas medidas, e grande número de pessoas adorar a besta e sua imagem, e receber o seu sinal, o fim do tempo da graça estará próximo.” – LES893, p. 99.
“Assim como a primeira e a segunda mensagens angélicas, a terceira também é colocada no Apocalipse dentro do contexto dos acontecimentos finais, antes da volta de Jesus. A ‘ceifa’ [Apoc. 14:14] vem logo em seguida.” – LES893, p. 97
                “A mensagem do terceiro anjo, abrangendo as mensagens do primeiro e do segundo anjo, é a mensagem para este tempo.” – Testimonies, vol. 8, p. 197, citado em LES893, p. 71
                “Encerrando-se o ministério de Jesus no lugar santo, e passando Ele para o lugar santíssimo [1844] e ficando em pé diante da arca, a qual contém a lei de Deus, enviou um outro anjo poderoso com uma terceira mensagem ao mundo... . Esta mensagem estava destinada a pôr os filhos de Deus de sobreaviso, mostrando-lhes a hora de tentação e angústia que diante deles estava. Disse o anjo: ‘Serão trazidos em cerrado combate com a besta e sua imagem. Sua única esperança de vida eterna consiste em permanecer firmes.’” – Primeiros Escritos, p. 254.
                “A terceira mensagem angélica e o sábado. O começo e a terminação da mensagem do terceiro anjo estão dentro do período de tempo abrangido por Apocalipse 11:15-19. A cena se desenvolve depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, e culmina no fim do tempo da graça, quando os ímpios e os justos são separados para sempre (Apoc. 22:11).
                “Quando Deus abriu o Lugar Santíssimo, no Céu, em 1844, foi chamada a atenção para a arca. Ela contém a lei, inclusive o sábado do quarto mandamento. Esse quadro profético se cumpriu na ênfase dada à lei e ao sábado depois de 1844. A questão do sábado verdadeiro contra o sábado espúrio é fundamental para a compreensão dessa parte do Apocalipse. (Ver Apoc. 11:19; 12:17; 13:14-17; 14:9-11; 14:12.) Todas estas passagens referem-se ao mesmo período de tempo. A História cumpre a profecia, revelando a restauração da verdade do sábado depois de 1844. Outro cumprimento envolverá a exaltação do domingo, no estabelecimento da imagem à besta e de sua marca ou sinal. O clímax será a exigência mundial de que seja honrado o caráter sagrado do domingo. Isto requererá que os habitantes da Terra tomem uma decisão que significará vida ou morte para eles.” – LES893, p. 98.
                Ver Apêndice: “O ministério de Cristo no segundo compartimento”.
                A Imagem da besta – “A formação dessa imagem é trabalho daquela besta, cujo calmo surgimento e suave profissão traduzem um notável símbolo dos Estados Unidos. Aqui pode ser encontrada uma imagem do papado. Quando as igrejas do nosso país, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América Protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana. Então será a verdadeira igreja assaltada pela perseguição, como o foi o antigo povo de Deus.” – História da Redenção, p. 381 e 382. (Destaque acrescentado.)
                A marca ou o sinal da besta – “É a da primeira besta do capítulo 13, imposta pela segunda besta. ‘Que é, pois, a mudança do sábado se não o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou o *sinal da besta*?’ – O Grande Conflito, pág. 449. Os pioneiros da década de 1840 chegaram lentamente a essas conclusões corretas.
                “O sinal da autoridade papal. A Igreja Católica Romana tornou a não-observância do domingo um pecado mortal. No começo da Idade Média, os sacerdotes ‘descobriram’ cartas do Céu para assustar as pessoas e levá-las a observar o domingo em lugar do sábado. Em 1504 o Papa Leão IX excomungou toda a Igreja Ortodoxa Oriental, em parte porque os ortodoxos celebravam o sábado. De todas as principais ramificações da cristandade, a Igreja Católica tornou-se a que mais se opõe ao sábado do sétimo dia.
                “’O papa pode modificar a lei divina’, disse Petrus de Ancharano.
                “’O sábado, o mais glorioso dia na lei, foi mudado para o dia do Senhor... pela autoridade da Igreja’, declarou o arcebispo de Régio no decisivo Concílio de Trento.
                “’Nós observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja católica transferiu a solenidade do sábado do sábado para o domingo’, declara The Convert’s Cathecism.” – LES893, p. 101.
                Ver Apêndice: “Mudando a Lei de Deus”.
                “Deus não mudou Sua lei, mesmo para dispensar Jesus do Getsêmani e da crucifixão ... . Mas um grupo de dirigentes cristãos sentiu-se livre para altera-la e para molestar, perseguir e excomungar milhões de cristãos que resolveram obedecer à lei. A responsabilidade é muito grave.” – C. Mervyn Maxwell, God Cares (Pacific Press, 1985), p. 379 e 380, citado em LES893, p. 101.
                Tempo /Quando será recebida essa marca ou sinal? – “E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber ‘o sinal da besta’.” – O Grande Conflito, p. 101.
                “A imposição da marca da besta por lei ainda não ocorreu. No futuro alguns observarão o domingo porque, apesar das adequadas evidências em contrário, estarão convencidos de que é isso que devem fazer. Muitos intérpretes da profecia chegaram á conclusão de que são esses que receberão a marca simbólica na fronte. Outros só aceitam a observância do domingo por causa das penalidades civis que teriam de sofrer se não o fizessem. Acredita-se que estes são os que receberão o sinal na mão direita.” – LES893, p. 101
                A imutabilidade da Lei –“Deus não mudou Sua lei, mesmo para dispensar Jesus do Getsêmani e da crucifixão ... . Mas um grupo de dirigentes cristãos sentiu-se livre para alterá-la e para molestar, perseguir e excomungar milhões de cristãos que resolveram obedecer á lei. A responsabilidade é muito grave.” – C. Mervyn Maxwell, God Cares (Pacific Press, 1985), p. 379 e 380, citado em LES893, p. 101.    
                Anjo do selamento x terceiro anjo - “Qual é a relação entre o anjo do selamento (Apoc. 7:1-3) e o terceiro anjo (Apoc. 14:9-11)?
                “Dois aspectos da mesma mensagem. Nessas duas cenas temos dois anjos simbólicos ministrando ao mesmo tempo – pouco antes do Segundo Advento. Um aplica o selo do Deus vivo, o que resulta no selamento dos 144.000. O outro adverte as pessoas de que não devem receber a marca ou o sinal da besta. Isto resulta num grupo leal que estará livre dessa marca, mas guardará os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Esse grupo se compõe dos 144.000, com o nome do Pai escrito na fronte. O fato é que, nessas duas profecias, vemos o mesmo anjo ou movimento e dois aspectos correlatos da mesma mensagem. ‘O anjo com o selo do Deus vivo, mencionado no capítulo sete, é, portanto, o mesmo que o terceiro anjo do capítulo catorze.’ – Uriah Smith, As Profecias do Apocalipse, p. 115.” – LES893, p. 59.
                Estamos dispostos a fazer o que Deus ordena? – “A verdadeira questão é a quem prestaremos obediência e culto. O inimigo é Satanás e seus agentes (Efés. 6:10-12). Primeiro ele batalhou contra Deus e Seu povo por meio dos poderes do paganismo. Mais tarde, usou o cristianismo apostatado para fazer isso. No conflito final, coligará todas as forças da apostasia e o poder político para eliminar os seguidores de Deus que continuam a proclamar o ‘evangelho eterno’ com suas advertências contra a ‘marca da besta’. A questão é se obedeceremos a Satanás e às forças confederadas do mal, quando os governos se unirem para impor a observância do domingo. Na realidade, não há terreno neutro. Precisamos colocar-nos de um lado, ou do outro. (ver O Grande Conflito, págs. 610 e 611.)” – LES893, p. 102.

14:10 também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.

                Beber “do vinho da cólera de Deus” – “The New International Version traduziu esse trecho desta maneira: ‘Beberá o vinho do furor de Deus, derramado com toda a intensidade na taça de Sua ira’. Haverá terrível punição por adorar a besta e sua imagem e receber o seu sinal.” – LES89, p. 101.
                Ira de Deus – “A Bíblia retrata nosso amoroso Deus (I S. João 4:8) junto à porta do coração humano, pedindo entrada (Apoc. 3:20). Chegará, porém, o tempo em que aqueles que recusaram atender aos Seus convites e rejeitaram Sua verdade sofrerão o ‘estranho ato’ de Deus (Isa. 28:21). Com o maior amor e tristeza, Ele livrará o Universo do pecado e dos que se identificam com aquele que o originou.” – LES893, p. 102.
                Será atormentado – “Os que rejeitarem a Deus e receberem o sinal da besta serão atormentados. Eles sofrerão as pragas. Quando Jesus voltar, no fim das pragas, os ímpios que ainda estiverem vivendo, morrerão. Permanecerão mortos por mil anos (Apoc. 20:5 e 6). Depois disso, serão ressuscitados e viverão por pouco tempo. Então serão lançados no lago de fogo, com o diabo e seus anjos. Esta é a ‘segunda morte’. (Ver Apoc. 20:9, 10 e 14.)        
“A revelação divina é impressionantemente clara e nos adverte que, se não abandonarmos o erro e a rebelião, sofreremos as pragas e estaremos irremediavelmente perdidos.” – SRA/EP, p. 131.
                Dois enganos fatais – “Satanás induziu-os a crer que o pecador viverá em eterno estado de miséria... . Outro extremo que Satanás tem levado o povo a adotar consiste em não tomarem em nenhuma consideração a justiça de Deus e as ameaças de Sua Palavra, e representa-Lo como sendo todo misericórdia, de modo que ninguém perecerá, mas que todos, tanto santos como pecadores, serão finalmente salvos em Seu reino.” – História da Redenção, p. 389.

14:11 A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome.

                Não tem repouso/descanso – “Assim foi também descrita a destruição de Sodoma e Gomorra em Gênesis 19:24. Judas diz que essas duas cidades sofreram ‘a pena do fogo eterno’ (S. Jud. 7). Os ímpios que viviam nessas cidades foram completamente destruídos pelo fogo, mas não foram atormentados além da morte. Nosso Deus é sempre um fogo consumidor para a iniqüidade e o pecado. É Verdade que os ímpios não têm descanso em sua iniqüidade. Eles não terão descanso ‘nem de dia nem de noite’, durante as pragas e ao serem lançados no lago de fogo, no fim dos mil anos. (Ver O Desejado de Todas as Nações, ed. Popular, págs. 94 e 734.)” – LES893, p. 102 e 103.
                Para todo o sempre/pelos séculos dos séculos – “A frase grega é eis aionas aionon, e transmite a idéia de que algo durará enquanto durar a natureza daquilo a que se refere. Deus vive para todo o sempre porque é imortal (I Tim. 6:16). A vida eterna dos justos durará para todo o sempre porque eles receberão a imortalidade na segunda vinda de Jesus (I Cor. 15:51-54).
                “A palavra aion, usada em Apocalipse 14:11, muitas vezes designa períodos de duração limitada. Por exemplo, S. Mateus 13:39 fala da ‘consumação do século [aion]’. (Comparar com II Tim. 4:10; I Cor. 2:7.) Visto que os ímpios são mortais, eles serão inteiramente consumidos no fogo do último grande dia. O aion dos justos e o dos ímpios serão diferentes porque suas naturezas serão diferentes. Como seres mortais e perdidos, os ímpios serão completamente destruídos pelo fogo e reduzidos a cinzas (Mal. 4:1-3; comparar com Sal. 37:10 e 20; 68: 1 e 2). ...
Embora a punição dos que rejeitam a graça de Deus seja severa, como sabemos que ela não consistirá no tormento eterno? (Comparar Apoc. 14:10 e 11 com S. Judas 7; II S. Ped. 2:6; Apoc. 20:14 e 15; 21:1 e 5.)
“’Para sempre’ não tem sempre a significação de ‘por toda a eternidade’. Nas versões em português, ‘para sempre’ e ‘pelos séculos dos séculos’, são traduções do substantivo grego aion e do adjetivo aionios, e não designam automaticamente algo que nunca tem fim. A idéia básica transmitida por eles é a de duração initerrupta.
“O fator que determina a duração do substantivo aion ou do adjetivo aionios é a natureza daquilo com o que eles são relacionados. Deus é imortal por natureza (I Tim. 6:15 e 16). Ele é a fonte de vida (Sal. 36:9). Portanto, ao serem aplicadas a Deus, essas palavras gregas sempre significam algo que é eterno. Os remidos são mortais por natureza (Jô 4:17), mas pela fé em Jesus Cristo como seu Salvador, eles receberão o dom da imortalidade (II Tim. 1:10; I Cor. 15:51-54). Portanto, quando aio e aionios são aplicados a eles, também significam algo que é eterno ou interminável, porque sua natureza tornar-se-á imortal pela dádiva e poder de Deus.
“Os impenitentes são mortais por natureza (Jô 4:17), e rejeitaram a salvação provida pelo Céu; portanto, não Têm a promessa da vida eterna. (Ver I S. João 3:15; 5:11 e 12; Rom. 6:23.) Serão punidos de acordo com as ações que praticaram, e privados de sua existência (Rom. 2:6). ‘Para sempre’ ou ‘para todo o sempre’ em relação aos impenitentes só podem designar um período de tempo ininterrupto até que sua vida mortal deixe de existir. ‘A lâmpada dos perversos se apagará.’ Prov. 24:20.” – LES893, p. 103 e 104.
                Advertência  - “O Objetivo das mensagens de advertência é salvar. Johan Bengel, teólogo alemão do século dezoito, declarou que Apocalipse 14:9-12 constitui a ‘mais terrível ameaça que a Bíblia contém’. Ellen White faz uma observação similar: ‘A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia.’ – O Grande Conflito, pág. 450.
                “Como podemos harmonizar essa mensagem ameaçadora com o que está escrito em S. João 3:17: ‘Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele?’?
                “O Senhor nunca envia mensagens de advertência simplesmente para condenar pecadores. Toda mensagem de advertência tem o mesmo objetivo que o primeiro advento de Cristo: salvar pecadores! (Ver Ezeq. 18:23.)
                “A mensagem do terceiro anjo também oferece o ‘evangelho eterno’ (Apoc. 14:6). Duas classes de pessoas se distinguirão na crise final: 1ª Os que adoram ‘a besta e sua imagem’ e recebem a sua ‘marca’ (verso 9); e 2ª Os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, que adoram a Deus e recebem o Seu selo.” – LES893, p. 97.

14:12 Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

                Identificação dos santos – “As pessoas que serão arrebatadas na Segunda Vinda para estarem com Jesus incluem os que serão simbolizados pelo número 144.000 e os que ressuscitarem na primeira ressurreição. (Ver S. João 5:28 e 29; I Cor. 15:51-53; I Tess. 4:16; Apoc. 20:6, prim. parte.) Aqueles que suportam pacientemente as provações desta vida, guardam os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus serão ‘santos’ por toda a eternidade.
                “Apocalipse 14:12 foi traduzido deste modo em The New International Version: ‘Isto requer paciente perseverança da parte dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus.’ Nosso estudo das três mensagens angélicas de Apocalipse 14 salienta que, em vista de tudo que está para acontecer no futuro, nossa única segurança está na paciente confiança no Senhor Jesus Cristo e na rigorosa obediência a Sua vontade, ao vivermos diariamente pela fé nEle.” – LES893, p. 104.
                “[O] Apocalipse revela que o código moral que deve reger a conduta dos que foram salvos pela graça, é a Lei dos Dez Mandamentos (Apocalipse 14:12).” – SRA/EP, p. 52.
Os não perseverantes – “Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. ... Homens de talento e maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado na verdade, empregam sua capacidade em enganar e transviar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus antigos irmãos.” – o Grande Conflito, p. 614.
Relação entre a justificação pela fé e as mensagens dos três anjos [Comparar Tito 3:5-7 com Apoc. 14:6] – “Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes: ‘É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo.’ “ – Evangelismo, p.190.
“Esta declaração não se aplica somente à advertência de Apocalipse 14:9-11. Ela se aplica a todas as três mensagens angélicas. Provém de um artigo publicado na revista Review and Herald de 1º de abril de 1890, intitulado: ‘Arrependimento, o Dom de Deus.’ As três mensagens angélicas foram dadas por Deus a fim de preparar um povo para o encontro com o seu Senhor nas nuvens do Céu. O simples conhecimento dessas verdades não salvará a pessoa alguma. A salvação é nossa quando participamos da experiência do ‘evangelho eterno’ descrita em Apocalipse 14:6. Esta é a relação pessoal com Cristo à qual conduzem as três mensagens angélicas. Quando Jesus se torna nosso Amigo e Salvador pessoal, recebemos Sua graça habilitadora para amar a verdade e obedecer-Lhe. Este é o caminho para o reino eterno.
“O mesmo objetivo. ‘A mensagem da justificação pela fé e a mensagem do terceiro anjo são as mesmas no objetivo, na intenção e nos resultados... . A justificação pela fé é o meio de Deus para salvar pecadores; Seu meio de convencer pecadores de sua culpa e condenação, e de sua condição de pessoas completamente perdidas. Também é o meio de Deus para cancelar essa culpa, livra-los da condenação da lei divina e conceder-lhes nova e correta posição diante dEle e de Sua santa lei. A justificação pela fé é o meio de Deus para transformar débeis, pecaminosos e derrotados homens e mulheres em cristãos fortes, justos e vitoriosos.’ – A. G. Daniels, Christ Our Righteousness, págs. 64 e 65.” – LES893, p. 104 e 105.
Todos terão de tomar uma decisão crucial – “A Bíblia dá a entender que o julgamento dos vivos ocorrerá no auge do conflito final a respeito da lei de Deus – o conflito do selo de Deus contra o sinal da besta. Quando, diante de penalidades civis impostas pela confederação político-religiosa da terra, a última geração que viver no mundo deparar com a prova de desobedecer a Deus observando o sinal da besta, terão de ser tomadas decisões de vida ou morte.
“A última geração terá de escolher entre o Estado e Deus, entre os critérios dos homens e os critérios de Deus. Parece lógico que, então, os que optarem pelo sinal da besta serão julgados, com base nessa decisão. Os que decidirem permanecer leais a Deus serão selados no juízo como leais a Ele. O juízo terminará assim na última geração viva (Apoc. 22:11 e 12).” – LES893, p. 105.
Duas classes de pessoas –“No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grande classes – os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal.” – O Grande Conflito, p. 450 e 451.
“Haverá duas classes de pessoas sobre a Terra no fim do tempo: 1ª Os que adoram a besta e recebem sua marca; e 2ª Os que, pela fé em Jesus, perseveram pacientemente e guardam os Seus mandamentos. A qual destas classes pertencerá você?” – LES893, p. 105.

14:13 Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham.

Bem-aventurados os mortos – “Apocalipse 14:13 é uma das sete bem-aventuranças no livro do Apocalipse (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7 e 14). Refere-se aos santos descritos no verso 12 e aponta para a ceifa nos versos que se seguem.
“Os que morrem em Cristo antes de Sua volta experimentam um descanso temporário. Mesmo na morte, sua vida piedosa e boas obras continuam a dar testemunho da fé. Enquanto dormem tranqüilamente na sepultura, sua vida passada exorta muitos que ainda vivem a decidirem-se por Cristo e pela eternidade.” – LES893, p. 110.
Desde agora – “Estas palavras identificam o período de tempo geral durante o qual morrem esses santos. É o mesmo espaço de tempo abrangido pelas mensagens dos três anjos, ou de 1844 em diante. Eles descansam até haver passado o tempo de angústia. ...
A morte antes do tempo de angústia – um ato de compaixão. Visto que essa bênção é proferida imediatamente após a mensagem do terceiro anjo, a expressão ‘desde agora’ parece referir-se aos que aceitam essa mensagem especial que os prepara para a vinda de Cristo, mas morrem antes de Seu advento.” – LES893, p. 111.
“[O Senhor] conhece o fim desde o princípio. Muitos serão levados a repousar antes que a prova de fogo do tempo de tribulação venha sobre o nosso mundo. Essa é outra razão por que deveríamos dizer no fim de nossa fervorosa petição: ‘Todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua.’ S. Luc. 22:42. Tal súplica jamais será registrada no Céu como uma oração falta de fé.” – Conselhos Sobre Saúde, p. 375, citado em LES893, p. 111. (Grifo acrescentado.)
“O Senhor muitas vezes me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do tempo de angústia. Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhece-los nas cortes celestiais. Ponde vossa confiança no Senhor, e não temais.” – Mensagens Escolhidas, vol.2, p. 259, citado em LES893, p. 259.
Suas obras os acompanham/seguem – “Os justos serão tidos em memória eterna.” - LES893, p. 110.
“Quando um homem morre, com ele não morre sua influência; ela continua a viver, reproduzindo-se. A influência do homem que era bom, puro e santo, continua a viver depois de sua morte, como o brilho do Sol poente lança as suas glórias através dos céus, iluminando os picos das montanhas muito depois de haver o Sol mergulhado atrás da colina... .
“Mas que contraste com isto apresenta a vida dos que são terrenos, sensuais, diabólicos! Transigiu-se com o prazer sensual. À luz do Juízo, o homem aparece como é, despido das vestes do Céu. Aparece diante dos outros como é à vista de um Deus santo. Pense seriamente cada um de nós se as obras que nos seguirão serão a luz suave do Céu, ou as sombras das trevas, ou se o legado que transmitimos à posteridade é de bênçãos ou maldições.” – Testemunhos Para Ministros, p. 429, citado em LES893, p. 110 e 111.

14:14 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada.

                E olhei, e eis uma nuvem branca – “Os crentes fiéis olharão para cima, a fim de ver Jesus vindo nas nuvens. Atos 1:11 apresenta mais claramente o significado da expressão usada. As nuvens de Sua ascensão consistiram do ‘carro de nuvem de anjos’ (O Desejado de Todas as Nações, pág. 795). Dois desses anjos detiveram-se durante alguns momentos para dizer aos discípulos que olhavam para cima que Jesus ‘virá do modo como O vistes subir’.          
Cristo, o Filho do Homem – “Jesus é descrito como sendo semelhante a um membro da família humana. Embora tenha agora um corpo glorificado, Cristo ainda é reconhecido como membro da raça humana.” – LES893, p. 112.
“O Filho do Homem é a figura central [de Apoc. 14:13-20] ... . Durante o Seu ministério na Terra Ele contou a parábola do trigo e do joio (S. Mat. 13:36-43). Nesta parábola Jesus ensinou que a ‘ceifa’ dar-se-á no fim do mundo. Em Apocalipse 14:13-20 chegou o tempo da ceifa, o trigo e o joio são separados, a salvação eterna é dada aos crentes, e a rejeição eterna aos incrédulos. A questão de suma importância ... é a seguinte: Você fará parte da colheita dos salvos, ou estará entre os perdidos? O ardente desejo de Cristo é salvar a todos (II S. Pedro 3:9). Queremos ser salvos? ...
“A história terrestre dirige-se rapidamente para o seu grande clímax. Absortos em suas atividades terrenas, muitos não percebem que o final ajuste de contas para todos está próximo.
“Lamentavelmente, mesmo entre os cristãos, há muita indiferença para com os eventos prestes a ocorrerem no mundo. A Igreja possui as Escrituras, nas quais são revelados os principais acontecimentos do futuro. Além disso, a Igreja Adventista do Sétimo Dia foi muito favorecida pelo cumprimento moderno do dom de profecia – um precioso dom do Espírito Santo (Efés. 4:11-13). Milhares de páginas de orientação e conselho não deixam nenhuma desculpa para o desconhecimento dos eventos programados por Deus. Os livros da série ‘O Conflito dos Séculos’, que constituem indubitavelmente o melhor conjunto de literatura espiritual fora a Bíblia, pintam um quadro do futuro que desmascara os embustes de Satanás e revela claramente o plano de Deus para o livramento de Seu povo.
“Precisamos perguntar a nós mesmos: Estamos despertos, atentos e preparados? Estamos livres da cegueira espiritual de que foi advertida a Igreja de Laodicéia? Estamos examinando diligentemente a Bíblia? Preparamo-nos diariamente para o encontro com o nosso Senhor?” – LES893, p. 109.
A profecia destina-se a exaltar a Cristo. Os cristãos não devem olvidar que a profecia não é somente uma revelação da parte de Jesus, mas também uma revelação a Seu respeito, destinada a confirmar a fé e confiança nEle. ‘Até que o dia clareie e a estrela da alva [Cristo] nasça em vossos corações.’ II S. Ped. 1:19. Cristo é o grande centro de atração em todas as partes das Escrituras.
                “ ‘De todos os professos cristãos, devem os adventistas do sétimo dia ser os primeiros a levantar a Cristo perante o mundo. A proclamação da terceira mensagem Angélica pede a apresentação da verdade do sábado. Esta verdade, juntamente com outras incluídas na mensagem, tem de ser proclamada; mas, o grande centro de atração, Cristo Jesus, não deve ser deixado à parte. É na cruz de Cristo que a misericórdia e a verdade de encontram, e a justiça e a paz se beijam. O pecador deve ser levado a olhar ao Calvário; com a fé singela de uma criancinha, deve confiar nos méritos do Salvador, aceitando Sua justiça, confiando em Sua misericórdia.’ – Obreiros Evangélicos, págs. 156 e 157. (Grifo acrescentado.)
                “Cristo está no centro da profecia das duas ceifas. Ele é o grande Ceifeiro na colheita final da Terra.” – LES893, p. 110.
                Ver Apêndice: “Figuras de linguagem e símbolos para descrever a Segunda Vinda de Cristo”.
                Tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro – “Esta é uma coroa de vitória. Que contraste com a coroa de espinhos usada por Ele no dia em que morreu por nós! Essa coroa representava a crueldade daqueles que O rejeitam. A coroa que Ele usará no Segundo Advento representa a vitória espiritual ganha para a humanidade a um preço tão elevado na cruz do Calvário (Ver Apoc. 5:5; 9 e 10.) – LES893, p. 112.
                Na mão uma foice afiada – “Esta é a ocasião em que o Juiz (S. João 5:22 e 23) executa o juízo. Primeiro Ele salva os que Lhe são fiéis e amam a verdade (II Tess. 2:10), e cujo amor os impeliu e habilitou a guardarem os Seus mandamentos (S. João 14:15). Foram tão transformados pela graça que são ‘semelhantes a Ele’ (I. S. João 3:2). O trecho que vem em seguida retrata o juízo de Cristo sobre os que recusaram demonstrar sua lealdade adorando só a Ele.” – LES893, p. 112.

14:15 E outro anjo saiu do santuário, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, porque já a seara da terra está madura.

                Duas colheitas – “Deste versículo em diante, até o fim do capítulo, são descritos dois eventos distintos. O primeiro é a colheita dos justos, que são comparados ao cereal maduro. O verso 15 apresenta a seara da Terra como plenamente amadurecida. O segundo evento (versos 17-20) se refere à colheita dos ímpios, que são simbolizados por cachos de uvas maduras.” – LES893, p. 113.
                “A profecia da ceifa terrestre se baseia no ano agrícola da Palestina, o qual, em termos gerais, tinha duas importantes temporadas de colheita: 1ª A colheita dos cereais (a começar com a cevada, em abril, e terminando com a safra do trigo, em junho/julho); 2ª A colheita das frutas (uvas e azeitonas, no fim do verão e começo do outono). Assim, a colheita dos cereais e a colheita das uvas não ocorriam ao mesmo tempo, mas com um intervalo de vários meses. Este pormenor não deve, porém, ser salientado em demasia. Certamente não significa que o tempo da graça terminará mais cedo para os justos (o trigo), do que para os ímpios (as uvas)! Na realidade, a ceifa significa o fim do tempo da graça para todos os seres humanos. O Espírito Santo tinha outras razões para representar os justos pelo trigo e os ímpios pelas uvas, segundo indica a profecia.” – LES893, p. 114.
                Seara madura – “Nas terras bíblicas a chuva temporã caía por ocasião da semeadura, para que a semente pudesse germinar. A chuva serôdia caía perto do fim do período de crescimento, para amadurecer o cereal e prepara-lo para a ceifa.” – LES893, p. 113 e 114.
                “O Senhor emprega essas operações da natureza para representar a obra do Espírito Santo. Como o orvalho e a chuva são dados primeiro para fazer com que a semente germine, e então para amadurecer a colheita, assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de um estágio para outro, o processo de crescimento espiritual. O amadurecimento do grão representa a terminação do trabalho da graça de Deus na alma...
“A chuva serôdia, amadurecendo a seara da terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem.” – testemunhos Para Ministros, p. 506, citado em LES893, p. 114.
Ver Apêndice: “A importância da chuva serôdia“.
Ceifa – “As Escrituras falam de uma colheita de pessoas simbolizada pela ceifa dos cereais. Estude estas passagens, e note a linguagem figurada em cada uma delas:
“Jer. 8:19 e 10
“Joel 3:12 e 13
“S. João 4:28-30 e 35
“S. Mat. 13:30 e 39
“Estas e outras passagens apontam para a colheita final, com recompensa para os bons e punição para os maus. Apocalipse 19 focaliza o mesmo assunto.” – LES893, p. 114
                Seara madura – “Estamos orando pela chuva serôdia? Jesus recomendou que Seus primeiros discípulos esperassem e orassem pelo derramamento especial do Espírito Santo (S. Luc. 24:49; At. 1:4 e 5). A resposta veio quando o Espírito Santo desceu sobres os crentes no dia do Pentecostes (At. 2:1-4). Quando o Espírito for derramado sobre o povo de Cristo que hoje se mantém vigilante e continua orando, toda a Terra se iluminará ‘com a Sua glória’ (Apoc. 18:1). A Igreja nunca necessitou mais dessa bênção do que agora. Deus está muito desejoso de conceder-nos o Espírito Santo.” – LES893, p. 114.
               
14:16 Então aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi ceifada.

                Ceifa dos cereais – “Os anjos de Deus recolherão a todos os escolhidos ou fiéis. Os que morreram amparados pela graça de Deus, havendo aceitado a Jesus como Seu Salvador e Mediador, ressuscitarão (I Tessalonicenses 4:13-16), e formarão um mesmo grupo com os fiéis crentes em Jesus que estarão vivos. Todos ascenderão nas nuvens para estar para sempre com o Senhor (I Tessalonicenses 4:17). A ascensão será possível porque o Senhor transformará nosso corpo à semelhança do que Ele tinha ao ascender ao Céu (I Coríntios 15:51-54; Filipenses 3:20, 21).” – SRA/EP, p. 41.
Ceifa dos cereais: transladação de companheiros – “Podemos ter o que teve Enoque. Podemos ter a Cristo como nosso companheiro de todos os momentos. Enoque andou com Deus, e quando assaltado pela tentação, ele podia conversar com Deus a respeito disso. Ele não possuía uma lei escrita como possuímos, mas conhecia seu Companheiro celestial. Ele fez de Enoque o seu Conselheiro, e tinha muita afinidade com Jesus. Por isso Enoque foi honrado. Ele foi transladado para o Céu sem ver a morte. E os que forem transladados no final dos tempos, serão os que mantiveram comunhão com Deus na Terra.” – Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 1, p. 1.087, citado em LES963, lição 10, p. 2.

14:17 Ainda outro anjo saiu do santuário que está no céu, o qual também tinha uma foice afiada.

                O anjo ceifador – “A punição final dos rebeldes. Parece haver acentuada distinção entre a representação da ceifa dos justos e a da ceifa dos ímpios. Jesus mesmo faz a colheita dos remidos (I Tess. 4:16), ao passo que um anjo é encarregado de fazer a colheita dos perdidos. É como se o Céu estivesse dizendo para eles: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade.’ S. Mat. 7:23.” – LES893, p. 117.

14:18 E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras.

                Vindima – “A figura das duas colheitas é tomada emprestada do antigo ano agrícola da Palestina, que consistia de duas colheitas principais: a ceifa dos cereais [na primavera] e a vindima [no outono]... . Aqui a vindima representa os ímpio colhidos para destruição.” – SDABC, vol. 7, p. 834, citado em LES893, p. 117.
A parábola do trigo e do joio, contada por Jesus (S. Mat. 13:24-30 e 36-43). E as ceifas de que fala Apocalipse 14 enfatizam as mesmas lições? ...
                “Na parábola ‘a boa semente são os filhos do reino’ (S. Mat. 13:38). Eles representam, portanto, a Igreja de Deus na Terra. O joio é semeado entre a boa semente (verso 25) e cresce no meio do trigo. Assim Cristo indicou figuradamente que a igreja se compõe de crentes genuínos e de falsos crentes. Essa condição continuará até que a colheita final os separe.
                “A profecia do Apocalipse apresenta um quadro mais amplo. A ceifa do cereal simboliza todos os verdadeiros filhos de Deus (os mortos, bem como os vivos) que já viveram sobre a Terra. No simbolismo da colheita do Apocalipse, os que foram retratados como joio são considerados como fazendo parte da vindima dos perdidos, completamente separados do verdadeiro cereal, e identificados com os inimigos de Deus.

14:19 E o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.

                A vindima – “Esta é a fase executiva do juízo. Assim como em Apocalipse 14:15, 16, no fim do juízo investigativo sai do santuário o anjo com a ordem de ceifar a messe (juntar os fiéis redimidos), nos versículos 17 a 20 sai do templo a ordem de completar a purificação pela erradicação do pecado (e dos pecadores rebeldes) para sempre. As uvas são lançadas no lagar da cólera de Deus, e o diabo, seus anjos e os seus adeptos são destruídos no lago de fogo, que é a segunda morte (Apocalipse 20:14). A promessa é que o mal não se levantará novamente (Naum 1:9; Apocalipse 21:1-6).” – SRA/EP, p. 81
                Lagar – “As uvas são lançadas ‘no grande lagar da cólera de Deus’ (Apoc. 14:19). Isto se refere à execução da sentença contra os impenitentes no fim da fase executiva do juízo final.” – LES893, p. 117.
                “...esse lagar da ira de Deus começa antes da Segunda Vinda, ao serem derramadas as sete últimas pragas.” – LES893, p. 118.
                A ira de Deus – “Alguns ficam perturbados com o pensamento de um Deus de ira e punição. Lembremo-nos, porém, do Dilúvio (Gen. 6:5-7 e 17), dos 185.000 assírios mortos por um anjo em uma só noite (II Reis 19:35), da história de Ananias e Safira por haverem mentido (Atos 5:1-11). E II Tessalonicenses 1:7-10 fala da punição dos ímpios em conexão com a colheita final da Terra.
                “A ira de Deus explicada. Como devemos encarar estes exemplos de ira e destruição da parte de Deus? Conhecemos diversos fatos fundamentais a respeito de nosso Deus:
                “a) Ele ‘é amor’ (I S. João 4:8). Dizemos que Ele tem amor. O fato é, porém, que Ele é amor. Sempre age por amor. Deus é a própria ‘justiça’. (Ver Neemias 9:33; Isa. 45:21.) O grande conflito foi iniciado por um anjo que antes era perfeito, mas acusou o Deus justo de ser injusto.
                “b) Deus concedeu a todo ser humano a oportunidade de estar do lado certo na colheita. (Ver S. João 3:16.) Ele não pode dar a vida eterna aos que rejeitaram a Fonte da vida. Os remidos cantarão: ‘Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das Nações!’ Apoc. 15:3.
                “c) Há fatores que conduzem à destruição pela qual Deus não é responsável:
                “* Ele não causa arbitrariamente a perdição de quem quer que seja. Cada pessoa, usando seu livre-arbítrio, decide por si mesma se amará e servirá a Deus, ou se desobedecerá e se perderá eternamente. Sem dúvida, era isso que Ellen White queria dizer ao afirmar: ‘Deus não destrói a ninguém. Todo aquele que for destruído ter-se-á destruído a si mesmo.’ – Parábolas de Jesus, pág. 84.
                “* Deus não é responsável pelas conseqüências de um estilo de vida pecaminoso. Colhemos o que semeamos (Gál. 6:7). ‘O pecador mesmo acarreta sobre si a punição. Suas próprias ações dão princípio a uma cadeia de circunstâncias que trazem o resultado seguro.’ – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 235.
                “* Deus não é responsável pela destruição causada por Satanás e seus seguidores. Quando as pessoas se afastam de Deus, Ele retira Sua proteção, e elas tornam-se vítimas daquilo que é praticado pelo diabo. O rei Saul é um exemplo deste fato.
                “d) Depois do fim do tempo da graça, o ‘estranho ato’ de Deus (Isa. 28:21) abrange a punição judicial de Satanás e dos ímpios. As sete últimas pragas ocorrerão por ação direta de Deus (nelas se consumirá a cólera de Deus. Apoc. 15:1; comparar com 16:5-7). A destruição dos ímpios que estiverem vivos por ocasião do Segundo Advento e a punição final de Satanás e de todos os seus seguidores, no fim do Milênio, também ocorrerão por ação direta da parte de Deus. Não devemos comparar Sua ira com a ira humana. A ira de Deus é Sua reação justa e santa contra o pecado.” – LES893, p. 116 e117.
                Deus lança a destruição sobre Satanás e seus seguidores. “Satanás precipita-se para o meio de seus seguidores, e procura instigar a multidão à atividade. Mas fogo do Deus, procedente do Céu, derrama-se sobre eles e os grandes homens, e os homens poderosos, os nobres, e os pobres e miseráveis, todos são juntamente consumidos. Vi que alguns foram destruídos rapidamente, enquanto outros sofreram mais tempo. Foram castigados segundo as ações feitas no corpo. Alguns ficaram muitos dias a consumir-se e, precisamente enquanto houvesse uma parte deles a ser consumida, permaneceu toda a sensação de sofrimento. Disse o anjo: ‘O verme da vida não morrerá; seu fogo não se apagará enquanto houver a mínima partícula para ele devorar.’ “ – Primeiros Escritos, p. 294. (ver também a página 291; O Grande Conflito, p. 666 e 679.) – Textos citados em LES893, p. 117.
                O amor e a justiça de Deus - “O amor de Deus é santo. O amor divino e a justiça divina são dois lados da mesma moeda. Eles são atributos do mesmo Deus. A justiça requer adequada punição da transgressão, e não é invalidada pela verdade de que o pecado destrói a si mesmo.
“Um homem iníquo pode morrer do uso de drogas, contrair uma doença fatal por não cuidar do corpo, ou ser morto num tiroteio com a polícia. E diremos que ele destruiu a si mesmo. Mesmo assim, terá de enfrentar o julgamento no tribunal do Deus-Criador. Terá de prestar contas (Rom. 14:10-12; Atos 24:25). E será punido de acordo com as suas ações, e destituído então do dom da vida (II Cor. 5:10; Rom. 2:6; 6:23). A execução dos ímpios será um ato do Deus criador. De modo algum se pode dizer que será simplesmente a retirada de Sua bênção e proteção. A fase executiva do juízo final abrangerá tanto os anjos caídos como os seres humanos impenitentes. (Ver O Grande Conflito, págs. 542-545.) “ – LES893, p. 118 e 119.

14:20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até os freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.

                Fora da cidade – “A alusão aqui é à destruição dos inimigos de Deus descrita pelos profetas do Antigo Testamento. Ela deveria ocorrer fora da cidade de Jerusalém. (ver Joel 3:12 e 13.) – LES893, p. 118.
“Visto que são mencionadas só duas cidades no Apocalipse – A Grande Babilônia (Apoc. 16:19; 17:18) e a Nova Jerusalém (Apoc. 21:1) – o pisotear das uvas no lagar ‘fora da cidade’ (Apoc. 14:20) refere-se à destruição dos ímpios no fim do Milênio, fora da Cidade Santa (Apoc. 20:9 e 11-15). O esmagamento das uvas é uma metáfora que completa a figura da colheita. Descreve a mesma e triste realidade: a punição e destruição dos impenitentes.” – LES893, p. 117.
                O que pisa as uvas – “Aquele que pisa as uvas não é simbolizado em Apoc. 14:20. mas Ele é mencionado em Apocalipse 19:11-16: Cristo, o Rei dos reis. ‘Pessoalmente pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-poderoso.” Apoc. 19:15.” – LES893, p. 117.
                Muito sangue – “A enorme quantidade de ‘sangue’ que sai do lagar (Apoc. 14:20) acentua o deplorável fato de que ‘o número... [dos perdidos será] como a areia do mar’ (Apoc. 20:8). Todo esse quadro do esmagamento das uvas é extraído de Isaías 63:1-4, onde o Messias é retratado como poderoso guerreiro – poderoso para salvar e poderoso para pisotear os Seus inimigos no lagar do juízo.” – LES893, p. 117.
                “O pensamento central é que os inimigos da Igreja de Deus serão derrotados de modo completo e definitivo. A Igreja pode aguardar, portanto, total e completo livramento de todos os seus inimigos e jubiloso triunfo no reino de Deus.” – LES893, vol. 7, p. 835, citado em LES893, p. 118.

                Sumário dos capítulos 12 a 14 – “O período de tempo abrangido é principalmente o que se estende de 1798 até à Segunda Vinda de Cristo. Os eventos de 1844 até o fim do tempo da graça são muito importantes. João retrata a Igreja sendo perseguida antes de 1798, e o ‘remanescente’, depois disso. Ele descreve a apostasia papal da Idade Média como antecedente da enganosa união religiosa dos últimos dias (papado, protestantismo apostatado e espiritismo), que opera sinais e maravilhas. Os característicos espirituais dos crentes que viveriam no tempo do fim e as mensagens destinadas a prepará-los para o Céu, são apresentadas com clareza. Finalmente, somos lembrados do desígnio de Deus, de redimir os que crêem e de destruir os que não crêem.” – LES893, p. 118.

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