sexta-feira, 10 de julho de 2015

Apocalipse 22

O rio da vida - A árvore da vida - Admoestações e promessas finais


22:1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

22:2 No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.

                Árvore da vida – ver comentário sobre Apoc. 2:7.

22:3 Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão,

22:4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.

22:5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.

                O Éden Restaurado – “Tudo que Adão e Eva perderam quando pecaram (Gen. 3) será restaurado na Nova Terra. Note estas comparações:
                “* Adão e Eva perderam o privilégio de comunicar-se com Deus face a face. Na Nova Terra ‘contemplarão a Sua face. (Apoc. 22:4).
                “* Adão e Eva perderam sua pureza – sua veste de inocência. Os remidos recebem as vestes da justiça de Cristo – o Seu ‘linho finíssimo’ (Apoc. 19:8).
                “* Adão e Eva perderam seu lar edênico. Os santos de Deus serão reintegrados no Éden restaurado. ‘Adão tinha assuntos para meditação nas obras de Deus no Éden, que era o Céu em miniatura.’ – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 1, pág. 1.082.
                “* Adão e Eva não puderam mais comer da árvore da vida. Os salvos comerão para sempre da árvore da vida (Apoc. 22:2).
                “* Adão e Eva perderam sua perfeita felicidade familiar. Na Nova Terra cumprir-se-ão os propósitos originais de Deus.
                “* Adão e Eva perderam o domínio sobre os outros seres criados. Na Nova Terra, leões, cordeiros, leopardos e bezerros andarão juntos, e ‘um menino pequeno os guiará’ (Isa. 11:6).
                “* Estresse, medo, confusão, ansiedade, e tudo o mais que resultou do pecado terá desaparecido. Em seu lugar existirá ‘a paz de Deus, que excede todo o entendimento’ (Fil. 4:7; ver também Isa. 26:3 e 4).” – LES893, p. 182.

22:6 E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer.

                Deus dos profetas – “Devido a Sua natureza divina é que São Pedro disse que foi Jesus que inspirou os profetas (I São Pedro 1:10, 11) e em Apocalipse 22:6 diz-se ser Ele ‘O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas’. A Bíblia proclama que Jesus é o Verbo, é Deus eterno e coeterno com o Pai. Ex: São João 1:1-3, 14. ” – SRA/EP, p. 22.

22:7 Eis que cedo venho! Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.

                Eis que venho sem demora (ou: Eis que cedo venho)– “Os cristãos têm interpretado essa declaração de maneiras diferentes. É possível que estejamos lendo um idiomatismo oriental com as nossas lentes ocidentais, não interpretando, portanto, corretamente o que Cristo está dizendo nessas passagens. Por exemplo, Cristo assegurou aos discípulos que Deus ‘depressa’ fará justiça a Seu povo (S. Luc. 18:7 e 8).  A palavra ‘depressa’ constitui a tradução da forma substantivada do adjetivo grego usado em Apoc. 22:7, 12 e 20. Jesus disse, porém, que Seu povo clama ‘dia e noite’ e que Deus parece ser ‘demorado’ em defende-los. Afigura-se que a tradução apresenta uma incoerência: Como Deus pode fazer justiça rapidamente, se ao mesmo tempo parece ‘demorado em defende-los’?
                “A explicação mais simples é que a referida expressão pode ser às vezes usada como idiomatismo que significa certeza. Jesus estava dizendo que, embora pareça que Deus está sendo moroso em resolver essa situação injusta, é certo e seguro que Ele fará justiça.
                “Usando palavras diferentes, Moisés e Pedro expressaram o conceito similar de certeza da destruição dos inimigos de Israel (Deut. 32:35) e dos falsos mestres na igreja (II S. Ped. 2:3).
                “Se isto for correto, a reiterada declaração de Cristo ao apóstolo João, no fim do primeiro século, visava assegurá-lo, bem como os outros cristãos, da certeza da Segunda Vinda. Também é possível que o vocábulo grego tenha sido usado com o sentido de ‘inesperadamente’. (Comparar com I Tess. 5:1-3.)
                “Por outro lado, parece ser razoável interpretar a promessa de Cristo: ‘Eis que venho sem demora’, em conexão com o cumprimento das profecias do Apocalipse referentes ao fim do tempo, especialmente a importante profecia que trata do conflito final acerca do selo de Deus e o sinal da besta. ...
                “A mensagem de todo o livro do Apocalipse gira em torno do interesse pela prontidão diária para o encontro com o Senhor no fim do tempo. Em Apocalipse 1:1 e 3 é apresentada a idéia da proximidade. Foram mostradas a João ‘as coisas que em breve devem acontecer’, as quais eram urgentes, ‘pois o fim do tempo está próximo’.” – LES893, p. 183.

22:8 Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar.

22:9 Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.

                Adora a Deus – “Recapitule as advertências acerca da falsa adoração em Apocalipse 13:8 e o apelo da primeira mensagem Angélica, em Apocalipse 14:7. O conflito final concentrar-se-á nesta questão simples, mas crucial: A quem iremos adorar?” – LES893, p. 184.

22:10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.

                Não seles – “Partes do livro de Daniel foram ‘seladas’ até o tempo do fim (Dan. 12:4). O livro do Apocalipse é, porém, um livro aberto que deve ser proclamado até os confins da Terra. Depois de 1798 foram desseladas as partes seladas do livro de Daniel, e elas têm sido proclamadas junto com o Apocalipse. Estes dois livros revelam que o tempo para a volta de Cristo ‘está próximo’.
                “O livro do Apocalipse deve ser aberto perante o público. A muitos lhes foi ensinado que é um livro selado; mas está selado unicamente para quem rejeita a luz e a verdade. A verdade que contém deve ser proclamada, a fim de que as pessoas tenham uma oportunidade de preparar-se para os acontecimentos que logo ocorrerão. A mensagem do terceiro anjo deve ser apresentada como a única esperança de salvação de um mundo que perece.” – Evangelismo, p. 195 e 196.

22:11 Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.

Fim do tempo da graça - “O começo e a terminação da mensagem do terceiro anjo estão dentro do período de tempo abrangido por Apocalipse 11:15-19. A cena se desenvolve depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, e culmina no fim do tempo da graça, quando os ímpios e os justos são separados para sempre (Apoc. 22:11).” – LES893, p. 98.
Ainda – “O sentido do versículo é o de que aqueles que cometem a injustiça continuarão a comete-la, e os que praticam a justiça continuarão a praticá-la para sempre. Depois do fim do tempo da graça ninguém alterará seu modo de proceder. ‘Aquele que tem sido o nosso intercessor ... logo terminará Sua obra no santuário celestial.’ – Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, pág. 989. ‘Não haverá um segundo tempo de graça para pessoa alguma.’ – Ibidem.” – LES893, p. 184.

22:12 Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.

                Eis que venho sem demora (Eis que cedo venho) – “O apóstolo S. Paulo advertiu a igreja a não esperar a vinda de Cristo em seu tempo. ‘Porque não será assim’, diz ele, ‘sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado.’ II Tessalonicenses 2:3. Não poderemos esperar pelo advento de nosso Senhor senão depois da grande apostasia e do longo período do domínio do ‘homem do pecado’. Este ‘homem do pecado’, que também é denominado ‘mistério da injustiça’, ‘filho da perdição’, e ‘o iníquo’, representa o papado, que conforme foi anunciado pelos profetas, deveria manter sua supremacia durante 1.260 anos. Este período terminou em 1798. A vinda de Cristo não poderia ocorrer antes daquele tempo. S. Paulo, com a sua advertência, abrange toda a dispensação cristã até o ano 1798. É depois dessa data que a mensagem da segunda vinda de Cristo deve ser proclamada.” – O Grande Conflito, p. 356.
                “Estamos vivendo no ‘tempo do fim’ (o período entre 1798 e o fim). Estamos vivendo na era da besta de dois chifres; estamos presenciando o ressurgimento papal de maneira surpreendente. Vemos o fortalecimento das ligações entre o protestantismo, o catolicismo e o espiritismo. Vemos os movimentos em direção ao conflito final acerca do selo de Deus e o sinal da besta – a última profecia básica a ser cumprida antes do retorno de nosso Rei com os exércitos do Céu. Em conexão com essas profecias que se estão cumprindo, as palavras de Jesus são significativas: ‘Eis que venho sem demora.’ Apoc. 22:7.” – LES893, p. 185.
                Recompensa – “Não há dúvida de que as glórias da Nova Terra e da Cidade Santa, com a ausência de pecado e morte, doença e tristeza, exercem forte atração. O galardão tem o seu devido lugar, e Jesus declara que virá traze-lo (Apoc. 22:12). Para o seguidor de Cristo, a Cidade Santa é, porém, mais do que uma recompensa: é o seu ‘lar’. Ao tornar-se cristão, ele passou voluntariamente a ser súdito de outro reino. Sua pátria está nos Céus (Fil. 3:20). ‘A Jerusalém lá de cima é mãe de todos nós.’ Gál. 4:26.
                “’O Senhor deseja que descansemos nEle sem pensar na medida do galardão. Quando Cristo habita na alma, o pensamento de remuneração não é supremo. Este não é o motivo impelente do nosso serviço. Verdade é que num sentido secundário devemos olhar à recompensa. Deus deseja que apreciemos as bênçãos prometidas; mas não que sejamos ávidos de remuneração, nem sintamos que para cada serviço devamos receber compensação. Não devemos estar tão ansiosos de obter o galardão, como de fazer o que é justo, independentemente de todo o lucro. O amor a Deus e a nossos semelhantes deve ser o nosso motivo.’ – Parábolas de Jesus, págs. 398 e 399.” – LES893, p. 186.

22:13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim.

22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

                Bem-aventurados os que lavam as suas vestes (ou: Bem aventurados os que guardam os Seus mandamentos) – “Alguns têm-se preocupado com as traduções diferentes do verso 14: ‘Bem aventurados os que guardam os Seus mandamentos.’ KJV; Almeida, margem. ‘Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras.’ ERAB. Qual é a tradução correta? Os manuscritos gregos se dividem por igual entre essas duas versões do texto, pois algum escriba pode ter cometido um erro ao copiar palavras que diferem bem pouco uma da outra. Ambas as idéias são ensinadas nas Escrituras.
                “Se tivéssemos que resumir o conteúdo desses cinco versículos [Apoc. 22:14; 7:14; 15:2; 2:7; 2:10], diríamos: Os que são justificados pela fé no sangue de Cristo, venceram sobre a besta e sua imagem, permanecendo fiéis a qualquer preço. Mas se quiséssemos resumir estes conceitos a uma só palavra, diríamos: convertidos.” – SRA/EP, p. 125.
O povo remanescente se caracteriza por guardar os mandamentos (Apoc. 12:17). Os ‘santos’ de Deus são os que guardam os mandamentos (Apoc. 14:12). Jesus não deixou dúvidas acerca da importância dos mandamentos. (Ver S. João 14:15; 15:10.) Os mandamentos revelam o caráter de Deus, e os salvos reproduzirão o Seu caráter. (Ver Parábolas de Jesus, pág. 69.)
“Os remidos estão ‘vestidos de vestiduras brancas’ (Apoc. 7:9) e é declarado que eles ‘lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro’ (verso 14). Deus dará o justo galardão final aos que O aceitaram, foram perdoados por Ele, e impelidos e habilitados por Seu amor e graça a guardar os Dez Mandamentos, que constituem a transcrição do caráter divino.” – LES893, p. 185.

22:15 Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.

22:16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.

22:17 E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.

                O último convite – “Compare esta passagem com o convite diário de Jesus (Apoc. 3:20), com o Seu convite aos que têm sede (S. João 4:14 e 15), e com o Seu convite aos que têm fome (S. João 6:32-35). Em Apocalipse 22 é feito o último convite das Escrituras. É o convite de Cristo à humanidade.” – LES893, p. 185 e 186.

O Espírito e a Noiva dizem: Vem! – “À luz de Apocalipse 22:17, o ministério do Espírito e o ministério da Igreja, em certo sentido, são um. E esse único ministério não é outro senão o próprio ministério do Senhor Jesus, e é o próprio ministério de Cristo porque é um ministério conduzido pelo Espírito. Há um senso de unidade entre o ministério de Cristo e o da Igreja. O mesmo Espírito que impulsionou a Cristo naqueles três anos e meio impulsiona a Igreja a partir daquele memorável Pentecostes, cinqüenta dias depois da ressurreição.” – Pastor Dr. José Carlos Ramos, Comentário sobre a lição 11 das Lições da Escola Sabatina do primeiro trimestre de 2004, disponibilizado através do site da Internet: www.cpb.com.br.

22:18 Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro;

22:19 e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.

                Advertência – Ninguém tem o direito de modificar as doutrinas bíblicas nem de pregar idéias próprias acerca da religião. O que se deve pregar é o evangelho eterno, a revelação de Deus tal como se encontra na Santa Bíblia. Por isso a terrível advertência de Deus que está em Apocalipse.” – SRA/EP, p. 131.

22:20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus.

22:21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.


                Bênção – “Que conclusão incentivadora para a Bíblia! É estendido um convite para a eternidade a todo aquele que aceitar o Seu perdão e poder. ‘A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome.’ S. João 1:12.

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